terça-feira, 4 de junho de 2013

Tecnologia Influenciando a Educação: Brasil X Mundo

 Introdução
O século XXI está sendo marcado pelo aceleramento da tecnologia eletrônica, com atenção especial para a informática, o computador e a Internet.
Atualmente, o meio em que vivemos está permeado pelo uso de técnicas e recursos tecnológicos, fazendo do computador, mais recentemente tablets, smarthphones e lousas interativas, ferramentas que vêm auxiliar o processo ensino/aprendizagem nas questões do cotidiano trazidas até a sala de aula.
Enquanto, para alguns alunos, a adaptação à tecnologia no ambiente escolar é fácil, muitos professores enfrentam certas dificuldades com a inovação, que está cada vez mais  presente no cotidiano. As novidades podem ajudar na aprendizagem e no preparo dos jovens para o mercado de trabalho. Novas formas de lecionar estão surgindo, com isso adentram-se as inovações tecnológicas que favorecem em curto prazo os déficits educacionais mais temidos.
Nota-se a importância que as inovações tecnológicas estão tendo diariamente no setor educacional, com isso se percebe que as novidades que surgem estão alcançando desde alunos a professores e isso favorece o conhecimento em ambos.
Com os avanços tecnológicos em sala de aula os índices de aprendizados sofrem alterações perceptíveis, fazendo disso um grande auxiliar para os docentes. Entretanto, é indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico.

Veremos neste trabalho como a tecnologia influencia a educação de maneira positiva e, algumas vezes, de maneira negativa. Veremos, também, como o mundo é influenciado tecnologicamente, bem como o Brasil, e o que tem sido feito para o desenvolvimento do país nesse âmbito.

Desenvolvimento

1.    O lado positivo
A sociedade passa constantemente por diversas transformações, o setor educacional não é diferente e com isso mudanças acontecem para favorecer os discentes. Nota-se que em determinadas aulas os alunos não absorvem os conhecimentos necessários para serem utilizados em seu cotidiano.
A sociedade não admite mais aulas arcaicas, com apenas giz e saliva do professor, uma vez que convivem com outra realidade. São necessárias inovações, dinamismo e interatividade que beneficie os discentes preparando-os para vida e para o mercado do trabalho.
O universo tecnológico é amplo e pode ser utilizado de diversas formas; na área educacional a motivação é principal fator que leva a sua utilização, porque os alunos aprendem sem perceber.
Para manter o aluno dentro da sala de aula, a escola também precisa fazer parte da realidade que o educando vive fora dela.
Observa-se que aulas com recursos tecnológicos são mais interessantes e que instigam a atenção e participação dos alunos envolvidos. O uso de meios que o aluno utiliza em sua vida diária facilita a obtenção de informações.
A maior parte dos especialistas defende a sua utilização como forma de auxilio ao processo de aprendizagem desde, que não seja usada como um fim em si mesma e não sirva apenas como chamariz para motivar os alunos.
A partir das diversas transformações tecnológicas o professor ganha novas formas de ensinar, chamando a atenção de seus alunos para as informações a serem recebidas.
Com todas essas mudanças tecnológicas, a instituição escolar terá em suas mãos novas técnicas para ensinar, orientar, motivar e avaliar seus alunos. Estes, por sua vez, estarão aptos a desenvolver competências e habilidades de auto-aprendizagem e avaliação.
O maior dilema entre os docentes é fazer com que seus alunos contextualizem seus conhecimentos; com o uso das tecnologias isso se torna viável, pois é um meio usado pela grande maioria, como o uso do computador, tablets e lousas interativas em sala de aula, fazendo disso um princípio de interação entre ambos. A escola pode transformar-se em um conjunto de espaços ricos de aprendizagens significativas, presenciais e digitais que motivem os alunos a aprender ativamente a pesquisar o tempo todo, a serem pró-ativos, a saberem tomar iniciativas, a saberem interagir. Tudo que é novo desperta curiosidade e conseqüentemente desperta sabedoria, então usando em sala de aula um recurso tecnológico que motive ao aluno o interesse para descobrir algo novo, pode-se usá-lo para ensiná-lo a ler, a escrever e a se tornar um pesquisador.
É a forma com que são repassadas as informações aos alunos que faz a diferença, inovar em sala de aula com vários recursos tecnológicos não quer dizer obtenção de sucesso no desenvolvimento da aprendizagem. Para chegar até os alunos deve-se usar a linguagem que eles entendam e não ser apenas um mediador, mas também aprender e assim inovar nas aulas e aplicar novas metodologias.
              O professor sempre foi em sala de aula um líder, mas há algum tempo tem sido deixado para trás pelo fruto de muitos continuarem acreditando no modo tradicional do repasse de conhecimento, enquanto a nova geração de professores tem sido mais aceita por suas inovações e suas aulas mais interessantes e a maioria desses professores inovadores conta com o uso dos recursos tecnológicos em suas aulas. Além de adiantar muito o trabalho do professor, tais recursos por ser ainda hoje uma novidade, chama a atenção do aluno e faz com que conteúdos ditos “chatos” se tornem mais dinâmicos e divertidos.
A tecnologia  está presente na vida da maioria da população, esse fato não se limitou apenas ao lazer, mas também de sua utilização na escola. Observa-se a eficácia de seu uso, pois os alunos ficam mais dispostos a interagir em sala de aula. Com isso ocorre um maior número de participação e conseqüentemente de um melhor ensino de aprendizagem. Sua utilização visa também uma contextualização enfatizando constantemente a formação crítica do aluno.

2.    O Lado Negativo
É importante ressaltar que há uma discussão em torno do assunto, acredita-se que existem pontos negativos em relação ao uso da tecnologia no auxílio da educação.
A rotina das crianças e dos adolescentes mudou muito nos dias atuais. O número de internautas entre 6 e 14 anos cresce a cada dia e esse público já constitui 12% da população online do Brasil (pesquisa Score.com).
É uma geração que domina as tecnologias, aprende a se comunicar online desde pequenas e tem acesso a diferentes meios de informação.
Está claro que a tecnologia vem influenciando o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Já há pesquisas mostrando que os estudantes estão lendo mais, ampliando o conhecimento de mundo e relacionando dados com o uso da internet. Os usos da tecnologia permitem a criação de redes sociais, interações, entretenimento e ainda viabilizam recursos para estudo. Habilidades estão sendo construídas.
Entretanto, é indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico. Não é novidade que o número de crianças e adolescentes obesos e sedentários aumentou, assim como a interação em salas de bate papo, MSN , Orkut e Twitter diminuiu o contato físico dessa Geração Z.
Surge agora um novo questionamento quanto a cultura da fragmentação da internet, que deteriora a aprendizagem, pois ninguém mais lê textos longos e nem assiste vídeos longos.
Especialistas no assunto acreditam que esse mundo do “ponto com, ponto br”, de buscas rápidas, faz com que o aluno não se aprofunde em nada, devido ao excesso de informações em tela e que essa superficialidade toda prejudica a aprendizagem.
Com todas essas possibilidades em disponibilidade é preciso formação e com ela a capacidade de seleção dos instrumentos, dos canais e dos documentos; a escolha
deve ocorrer em relação aos aspectos econômicos e pedagógicos, pois sobre eles se darão as ações administrativas. Ocorre que tem havido
“...excesso nas mídias, onde as performances tecnológicas e o
consumo de informação submergem, “anestesiam” a capacidade de
análise dessa informação e de reflexão tanto individual quanto social.
Saturação e superabundância ameaçam o navegador da Internet que,
como certas pesquisas mostram, não tira partido das riquezas de
informação pertinente, não estando formado para ir diretamente ao
essencial. (Marchessou, 1997:15).”
Ainda não é possível chegar a uma conclusão quanto aos limites e possibilidades dos recursos oferecidos pela web e seus respectivos recursos tecnológicos. Faz-se necessário refletir sobre o momento histórico importante que vivemos, com a necessidade de integração eficiente das áreas de educação e tecnologia. Deste modo, torna-se objetivo dos educadores aprender a utilizar esses recursos de forma inteligente no processo de ensino dessas crianças e adolescentes do século XXI.

3.    Brasil X Mundo
Feito pela primeira vez no Brasil um estudo pela NMC Horizon Report (New Media Consortium é uma comunidade internacional de especialistas em tecnologia educacional - profissionais que trabalham com novas tecnologias no campus todos os dias, visionários que estão moldando o futuro da aprendizagem em grupos de reflexão, laboratórios e centros de investigação) que  analisou o uso da tecnologia no Brasil e que faz previsões sobre o uso da tecnologia no universo educacional. O panorama global permitiu também comparações entre o contexto brasileiro e o internacional. Bruno Gomes, assessor de tecnologias educacionais do Sistema Firjan e participante tanto da pesquisa global quanto da nacional, ressalta alguns pontos em que nós nos distanciamos muito do mundo. “No Brasil, a gente já consegue ver o hardware, as coisas físicas em sala de aula, como o celular e o tablet. Mas falta a internet, então tudo que é feito na nuvem ou depende de uma rede boa e estabilizada, vem depois”, diz.
Por isso, enquanto nos países ibero-americanos e na pesquisa global a computação em nuvem é uma realidade esperada em um ano, os especialistas brasileiros nem sequer apostaram nela para um panorama de até cinco anos. “Outra curiosidade é que, conteúdo livre, que já está acontecendo no mundo, ainda não vai acontecer no Brasil neste ano (2012-2013). O brasileiro ainda é apegado à autoria”, acrescenta Gomes.
Apesar das diferenças, alguns pontos são comuns em todas as partes do mundo, principalmente no que diz respeito aos desafios encontrados. “Formação de professores é um problema para o mundo”, ressalta Gomes. Os especialistas destacam também outra relevante coincidência entre o que esperam ver no Brasil e o que está posto no mundo. “Os 30 membros do conselho deste projeto concordaram com o conselho global em relação à tendência mais importante. Eles perceberam as portas se abrindo nas escolas de educação básica no Brasil para modelos de aprendizado híbrido e colaborativo”, afirmam os autores do relatório.

3.1 Tecnologia na educação: Brasil
O estudo “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report”, identifica 12 tecnologias emergentes que têm potencial para impactar o ensino, além das dez principais tendências e os dez maiores desafios da educação brasileira.
Entre as 12 tecnologias apresentadas, quatro foram apontadas entre as que devem começar a fazer parte massivamente das salas de aula em menos de um ano: ambientes colaborativos, aprendizagem baseada em jogos e os dispositivos móveis representados por celulares e tablets; outras quatro estavam entre as que devem começar a ter seu uso mais frequente em dois ou três anos: redes, geolocalização, aplicativos móveis e conteúdo aberto; e mais quatro foram podem ser esperadas em um período de quatro ou cinco anos: inteligência coletiva, laboratórios móveis, ambiente pessoal de aprendizagem e aplicações semânticas.
Especialistas indicam 12 ferramentas que estarão nas escolas brasileiras até 2017
 1 ano ou menos – Polarização de dispositivos
Ambientes colaborativos : Espaços online que visam facilitar a colaboração e o trabalho em grupos. Nesse tipo de ambiente a interação acontece independente de onde os alunos estejam.
Aprendizagem baseada em jogos: Interação de jogos nas experiências educacionais; os benefícios têm se comprovado em desenvolvimento cognitivo, colaboração, solução de problemas e pensamento crítico.
Celulares: Especialmente quando se fala em smartphones, são o ponto de convergência de muitas tecnologias; permitem acesso a um volume muito grande de informações na palma da mão.
Tablets: Como os celulares, têm a facilidade da mobilidade e possibilitam aulas dentro e fora da escola. Dispositivos aumentam o leque de recursos pedagógicos
2 a 3 anos – Uso dos softwares
Redes: Investimento em banda larga para grandes eventos esportivos e o maior número de smartphones facilitam acesso rápido, barato e fácil a todos os tipos de informação.
Geolocalização: Ferramentas recentes permitem a determinação da localização exata de objetos físicos, além da combinação com dados sobre outros eventos, objetos ou pessoas.
Aplicativos móveis: Nova indústria de desenvolvimento de softwares cria um universo de novas possibilidades educacionais, com compartilhamento de descobertas em tempo real.
Conteúdo aberto: Conteúdo disponibilizado gratuitamente, via web, dá acesso não apenas à informação, mas ajuda no desenvolvimento de habilidades de pesquisa, avaliação e interpretação.
4 a 5 anos – Apropriação dos softwares
Inteligência coletiva: Conhecimento existente nas sociedades ou em grandes grupos. Como hoje a produção de conhecimento não é mais um monopólio, várias redes são criadas cotidianamente.
Laboratórios móveis: A tecnologia facilitou que pesados equipamentos, antes disponíveis apenas em bons laboratórios de ciências pudessem ser inseridos em simples celulares.
Ambiente pessoal de aprendizagem: Formado por uma coleção pessoal de ferramentas montadas para apoiar seu próprio aprendizado; lista é organizada de forma independente e é focada em objetivos individuais.
Aplicações semânticas: Aplicativos que organizam informações de várias fontes e fazem associações entre elas, apresentando o resultado de forma atraente ao usuário.


            3.2 Tecnologia na educação: Mundo
Nos Estados Unidos investe-se pesado em tecnologia nas salas de aula. Algumas escolas fornecem para cada aluno um computador, através do qual possam receber tarefas online, livros digitalizados, interagir com o professor e até mesmo acompanhar a aula caso houver necessidade de faltá-la. O percentual de acesso à internet nas escolas públicas chega a 100%. De cursos on-line a laptops fáceis de usar por crianças e professores virtuais, a tecnologia está se expandindo nas salas de aula dos Estados Unidos, reduzindo a necessidade de livros didáticos, cadernos, papel e, em certos casos, das escolas em si. 
Na Europa, os conhecimentos especializados das crianças e dos jovens já excedem largamente os dos seus professores em muitos casos. Alguns exemplos de iniciativas nacionais são:
 Chipre - O novo ‘Unified Lyceum’ ('Liceu Unificado') terá três objectivos principais: elevação das competências dos alunos em matéria de TIC; elevação do nível do equipamento tecnológicodas escolas; e melhoramento das competências do pessoal.
Estônia - Em algumas escolas da Estónia, os alunos do ensino secundário têm obrigatoriamente de dedicar quatro horas por semana a ensinar e a dar orientação a alunos mais novos no domínio das TIC.
Europe - Iniciativa eEurope. Visa tornar a literacia digital numa das competências básicas de todos os jovens europeus. eLearning visa pôr em execução a parte de educação / formação do eEurope.
Hungria – Estão em curso iniciativas que visam promover novos métodos e auxiliares de ensino que utilizam tecnologia TIC numa série de disciplinas escolares.
Itália – O ‘Programma di Sviluppo delle Tecnologie Didattiche 1997-2000’ (Programa de Desenvolvimento das Tecnologias do Ensino) foi promovido para alargar a utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) e visa melhorar os processos de ensinamento/aprendizagem.
Itália - O ‘Multilab’ visa abordar o ensino através da utilização de computadores nas aulas, assim como de tecnologias online e multimedia.
Países Baixos - ‘Knowledge net’ ('Rede dos conhecimentos') - congrega alunos, pais, professores e organizações culturais através de uma rede computorizada que fornece vários serviços, incluindo: informação, grupos de discussão e instalações técnicas.
Polônia - O programa Interkl@sa visa preparar os jovens para a sociedade da informação e desenvolver a escola de modo a que seja um centro moderno de inovação e criação.
Eslováquia – O projecto INFO-AGE visa o melhoramento das TIC nas escolas primárias e secundárias.
Eslovênia - Em 1994, foi instituído um programa de TIC a longo prazo 'Raÿunalniško opismenjevanje’ que visa o alargamento da utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação.
Espanha - Todas as escolas estatais espanholas dispõem de uma conta Internet.
Suécia - O Governo providencia formação no local para dirigentes escolares e equipes de professores, para que possam aprender a utilizar os computadores como instrumento.

Conclusão
A vida escolar passa constantemente por transformações com isso as metodologias sofrem grandes alterações, tendo as inovações um papel fundamental na nova forma de saber, que por sua vez desempenham um papel de extrema importância no processo ensino aprendizado, pois facilitam a concentração e participação dos alunos, além de oferecerem formas diversificadas no repasse de conteúdos.
Porém, acredita-se que existem pontos negativos em relação ao uso da tecnologia no auxílio da educação. É indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico. Especialistas no assunto acreditam que esse mundo digital faz com que o aluno não se aprofunde em nada, devido ao excesso de informações em tela e que essa superficialidade toda prejudica a aprendizagem. Com todas essas possibilidades em disponibilidade é preciso formação dos professores e com ela a capacidade de seleção dos instrumentos, dos canais e dos documentos; a escolha deve ocorrer em relação aos aspectos econômicos e pedagógicos, pois sobre eles se darão as ações administrativas.
Nota-se, também, que, em se tratando de educação, os países de primeiro mundo investem pesado em tecnologia, com o objetivo de elevar cada vez mais o grau de competência intelectual de seus alunos. Já o Brasil segue num ritmo mais lento quando o assunto é tecnologia nas escolas.
Porém, especialistas indicam que dentro de alguns anos, os alunos brasileiros desfrutarão de uma vasta diversidade tecnológica, tal qual a dos países de primeiro mundo.
Ainda não é possível chegar a uma conclusão quanto aos limites e possibilidades dos recursos oferecidos pela web e seus respectivos recursos tecnológicos. Faz-se necessário refletir sobre o momento histórico importante que vivemos, com a necessidade de integração eficiente das áreas de educação e tecnologia. Deste modo, torna-se objetivo dos educadores aprender a utilizar esses recursos de forma inteligente no processo de ensino dessas crianças e adolescentes do século XXI. 

Referências
blackboard.grupoa.com.br  
recantodasletras.com.br

Aluna: Luciana Rodrigues Costa  



Nenhum comentário:

Postar um comentário