ROMANTISMO LITERÁRIO EM PORTUGAL
Originado na Escócia e na
Alemanha, chegou a Portugal através de Garret em 1825, com o poema Camões. Quando
Portugal participou de grandes transformações políticas europeias.
O Romantismo
português acompanha as principais características do movimento europeu, mas adaptando
– o a sua própria situação socioeconômica e cultural, da época.
Assim, com a evolução do
período, o Romantismo se deu em três momentos:
O primeiro ainda mantenedor
de alguns valores neoclássicos, representados por Garret, Herculano e
Castilho, entre 1825 e 1838. O segundo chamado de Ultrarromantismo,
representada por Soares de Passos e Camilo Castelo Branco, ocorrera entre 1838
e 1860. E o terceiro operando já a transição para o Realismo,
representado por João de Deus e Júlio Diniz, em 1860.
BIOGRAFIA
DE GARRET
João Batista Leitão de
Almeida Garret, nasceu na cidade de Porto em 1799. Forçado ainda jovem a deixar
sua cidade natal, em razão da invasão de Napoleão.
Formou-se em Direito, e no
mesmo ano de 1821 escreve o polêmico poema Retrato
de Vênus, que o faz renomado, e assim, ingressa no Ministério do Reino.
Suas idéias liberalistas o
fazem exilar-se na Inglaterra, onde descobre o Romantismo através de
Shakespeare.
Agora, na França, escreve Camões e D. Branca, publicando – os sucessivamente
em 1825 e 1826.
Após grandes feitos no
exército e em missões diplomáticas, regressa a seu país natal Portugal, em
1838, dando início a campanha em prol do teatro nacional, fundando o Teatro D.
Maria II e o Conservatório Dramático. Durante 1841 e os anos seguintes
constitui grandes feitos em sua vida pessoal e em suas atividades parlamentares
e literárias.
No fim de sua vida é nomeado
Ministro dos Negócios Estrangeiros, e então falece um ano após em 1854.
A
poesia de Garret:
Retrato
de Vênus (1821);
Camões
(1825);
D.
Branca (1826);
Adozinda
(1828);
Lírica
de João Mínimo (1829);
Romanceiro
(1843 a 1851);
Flores
sem fruto (1845);
Folhas
caídas (1853).
O
teatro de Garret.
Catão
(1822);
Mérope
(1841);
Um
auto de Gil Vicente (representado em 1838 e publicado em 1842);
D.
Filipa de Vilhena ( representado em 1840 e publicado em 1846);
O
Alfageme de Santarém (1842);
Frei
Luís de Sousa (1844).
A
prosa de ficção de Garret.
Arco
de Santana (1845 - 1850);
Viagens
na Minha Terra (1846).
A
prosa doutrinária de Garret.
Da
educação (1929);
Portugal
na Balança da Europa (1830).
Após quarenta anos de
grandes realizações marcadas pelas configurações já citadas da estética
romântica, o Romantismo termina em 1865 devido à reforma realista.
O REALISMO LITERÁRIO EM PORTUGAL E SUA INFLUÊNCIA NO BRASIL
Em Portugal, o realismo Literário inicia-se no séc. IX
exatamente em 1865 com a “Questão Coimbra” provocado pelo posfácio (comentário
colocado no fim de um livro) de Castilho ao Poema da Mocidade, no qual
proclama-se as severas restrições aos estudantes de Coimbra adeptos a novas ideias
que afrontavam os românticos.
Antero de
Quental e Eça de Queiroz, foram os principais escritores portugueses do
período realista, sendo Eça de Queiroz
um importante autor de renome estrangeiro, que influenciou o realismo no Brasil,
dentre suas principais obras estão Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro.
Pintura que representa o Realismo em Portugal
O realismo tem como principal característica o ante-
romantismo, e retrata a realidade como ela realmente é.
No Brasil o realismo iniciou-se em 1881, e a obra Memorias
Póstumas de Brás Cubas do autor Machado
de Assis deu início ao realismo literário bem como a obra O Mulato de Casemiro
de Azevedo.
Imagem que representa o realismo no Brasil
Machado de Assis é a principal figura do Realismo no Brasil.
Suas características pessoais são o aprofundamento psicológico, analise de
comportamento, crítica e a ironia.
Outros principais autores do Realismo:
·
Cesário
Verde;
·
Fialho
de Almeida;
·
Guerra
Junqueiro;
·
Gomes
Leal;
·
Aloísio
Azevedo;
·
Raul
Pompéia;
·
Artur
de Azevedo;
·
Adolfo
Caminha;
·
Domingos
Olímpio.
No contexto histórico o realismo traz as principais características:
- · 2ª Revolução Industrial;
- · 2º reinado de D. Pedro II;
- · Abolição da Escravatura;
- · Proclamação da República.
·
No
Brasil acontece a fundação da Academia Brasileira e o escritor passa a ser
valorizado e participa dos grandes eventos da sociedade.
Observações: A mão de obra escrava é substituída pela mão de obra
europeia, e as famílias buscam os grandes centros.
Alguns fatores mudaram a produção literária da época como:
·
O
engajamento social e político;
·
Novas
ideologias;
·
Retrato
fiel da sociedade (os problemas em cada classe);
·
Teorias
cientificas;
·
Críticas
as instituições (a igreja católica e o casamento são analisados).
Como características
do Realismo estão a:
·
Objetividade;
·
A
verossimilhança (o mais semelhante a verdade);
· Descritivismo;
·
Razão,
observação e analise.
·
Universalismo
(todos devem estar inseridos)
· O
retrato fiel das personagens (a psicologia adentra e as análises são fieis a
cada personagem).
A poesia da época destaca-se em quatro tipos:
- A Poesia Realista: representada por autores como Guerra Junqueiro, Gomes Leal, Antero de Quental, Teófilo Braga, e outros da geração de 1870, com ideias revolucionarias;
- A Poesia do Cotidiano: representada por Cesário Verde, com temas até então considerados não poéticos;
- Poesia Metafisica: representada por Antero, Gomes Leal e Guerra Junqueiro;
- Poesia de Veleidades Parnasianas: Representada por João Penha, Antônio Feijó, Guilherme de Azevedo, Guilherme Braga e outros, suas obras constitui tendências filiadas ao Parnasianismo francês, onde as poesias eram formais e lírica ou satírica.
Dentre os
poetas destacaremos Antero de Quintal;
Antero
Tarquínio de Quental, escritor e poeta português, também adepto de novas ideias
fazendo parte da geração de 70, nasceu em Delgada aos 18 de abril de 1842,
mudou-se para Coimbra aos 16 anos para cursar Direito, onde logo manifestou as
primeiras ideias socialistas o qual mais tarde foi um dos fundadores do Partido
Socialista Português. Com o desejo de renovar o país pela leitura, fundou em
Coimbra a Sociedade do Raio.
Antero de
Quental suicidou-se em 11 de Setembro de 1891, deixando uma extensa obra;
·
Sonetos de Antero, 1861
·
Beatrice e Fiat Lux, 1863
·
Odes Modernas, 1865 (na origem da polêmica Questão Coimbra).
·
Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculos)
·
A Dignidade das Letras e as
Literaturas Oficiais,1865 (na origem da polêmica Questão Coimbrã)
·
Defesa da Carta Encíclica de Sua
Santidade Pio IX,1865
·
Portugal perante a Revolução de
Espanha 1868
·
Primaveras Românticas, 1872
·
Considerações sobre a Filosofia da
História Literária Portuguesa, 1872
·
A Poesia na Actualidade, 1881
·
Sonetos Completos, 1886
·
A Filosofia da Natureza dos
Naturistas, 1886
·
Tendências Gerais da filosofia na
Segunda Metade do Século XIX, 1890
·
Raios de extinta luz, 1892
·
A Biblia da Humanidade
·
Leituras Populares
·
Liga Patriotica do Norte
·
Prosas
·
Antero
de Quental considerado, ao lado de Bocage e Camões, os grandes sonetistas da
literatura portuguesa.
Expressa em seus sonetos uma ideia
revolucionaria, inquietação religiosa e metafisica, mostrando em seus sonetos a
busca de um sentido para a existência.
Referências:
http://www.vidaslusofonas.pt/antero_de_quental.htm
Responsáveis: Anderson Moraes
Bruna Gabrielle
Elaine CristinaFlávia Araújo
Postado por Flávia Araújo