sexta-feira, 6 de junho de 2014


ROMANTISMO LITERÁRIO EM PORTUGAL

Originado na Escócia e na Alemanha, chegou a Portugal através de Garret em 1825, com o poema Camões. Quando Portugal participou de grandes transformações políticas europeias.

 O Romantismo português acompanha as principais características do movimento europeu, mas adaptando – o a sua própria situação socioeconômica e cultural, da época.

Assim, com a evolução do período, o Romantismo se deu em três momentos:

O primeiro ainda mantenedor de alguns valores neoclássicos, representados por Garret, Herculano e Castilho, entre 1825 e 1838. O segundo chamado de Ultrarromantismo, representada por Soares de Passos e Camilo Castelo Branco, ocorrera entre 1838 e 1860. E o terceiro operando já a transição para o Realismo, representado por João de Deus e Júlio Diniz, em 1860.

                                                         BIOGRAFIA DE GARRET




João Batista Leitão de Almeida Garret, nasceu na cidade de Porto em 1799. Forçado ainda jovem a deixar sua cidade natal, em razão da invasão de Napoleão. 

Formou-se em Direito, e no mesmo ano de 1821 escreve o polêmico poema Retrato de Vênus, que o faz renomado, e assim, ingressa no Ministério do Reino.
Suas idéias liberalistas o fazem exilar-se na Inglaterra, onde descobre o Romantismo através de Shakespeare.
Agora, na França, escreve Camões e D. Branca, publicando – os sucessivamente em 1825 e 1826.
Após grandes feitos no exército e em missões diplomáticas, regressa a seu país natal Portugal, em 1838, dando início a campanha em prol do teatro nacional, fundando o Teatro D. Maria II e o Conservatório Dramático. Durante 1841 e os anos seguintes constitui grandes feitos em sua vida pessoal e em suas atividades parlamentares e literárias.


No fim de sua vida é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, e então falece um ano após em 1854.
A poesia de Garret:
Retrato de Vênus (1821);
Camões (1825);
D. Branca (1826);
Adozinda (1828);
Lírica de João Mínimo (1829);
Romanceiro (1843 a 1851);
Flores sem fruto (1845);
Folhas caídas (1853).
O teatro de Garret.
Catão (1822);
Mérope (1841);
Um auto de Gil Vicente (representado em 1838 e publicado em 1842);
D. Filipa de Vilhena ( representado em 1840 e publicado em 1846);
O Alfageme de Santarém (1842);
Frei Luís de Sousa (1844).

A prosa de ficção de Garret.
Arco de Santana (1845 - 1850);
Viagens na Minha Terra (1846).

A prosa doutrinária de Garret.
Da educação (1929);
Portugal na Balança da Europa (1830).
Após quarenta anos de grandes realizações marcadas pelas configurações já citadas da estética romântica, o Romantismo termina em 1865 devido à reforma realista.



O REALISMO LITERÁRIO EM PORTUGAL E SUA INFLUÊNCIA NO BRASIL

Em Portugal, o realismo Literário inicia-se no séc. IX exatamente em 1865 com a “Questão Coimbra” provocado pelo posfácio (comentário colocado no fim de um livro) de Castilho ao Poema da Mocidade, no qual proclama-se as severas restrições aos estudantes de Coimbra adeptos a novas ideias que afrontavam os românticos.

 Antero de Quental e Eça de Queiroz, foram os principais escritores portugueses do período realista, sendo Eça de Queiroz um importante autor de renome estrangeiro, que influenciou o realismo no Brasil, dentre suas principais obras estão Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro. 





Pintura que representa o Realismo em Portugal



O realismo tem como principal característica o ante- romantismo, e retrata a realidade como ela realmente é.

No Brasil o realismo iniciou-se em 1881, e a obra Memorias Póstumas de Brás Cubas do autor Machado de Assis deu início ao realismo literário bem como a obra O Mulato de Casemiro de Azevedo.



Imagem que representa o realismo no Brasil



Machado de Assis é a principal figura do Realismo no Brasil. Suas características pessoais são o aprofundamento psicológico, analise de comportamento, crítica e a ironia.
Outros principais autores do Realismo:
·         Cesário Verde;
·         Fialho de Almeida;
·         Guerra Junqueiro;
·         Gomes Leal;
·         Aloísio Azevedo;
·         Raul Pompéia;
·         Artur de Azevedo;
·         Adolfo Caminha;
·         Domingos Olímpio.


No contexto histórico o realismo traz as principais características:

  • ·         2ª Revolução Industrial;
  • ·         2º reinado de D. Pedro II;
  • ·         Abolição da Escravatura;
  • ·         Proclamação da República.


·         No Brasil acontece a fundação da Academia Brasileira e o escritor passa a ser valorizado e participa dos grandes eventos da sociedade.

Observações: A mão de obra escrava é substituída pela mão de obra europeia, e as famílias buscam os grandes centros.

Alguns fatores mudaram a produção literária da época como:

·         O engajamento social e político;
·         Novas ideologias;
·         Retrato fiel da sociedade (os problemas em cada classe);
·         Teorias cientificas;
·         Críticas as instituições (a igreja católica e o casamento são analisados).


 Como características do Realismo estão a:

·         Objetividade;
·         A verossimilhança (o mais semelhante a verdade);
·         Descritivismo;
·         Razão, observação e analise.
·         Universalismo (todos devem estar inseridos)
·    O retrato fiel das personagens (a psicologia adentra e as análises são fieis a cada personagem).

    

A poesia da época destaca-se em quatro tipos:

  •     A Poesia Realista: representada por autores como Guerra Junqueiro, Gomes Leal, Antero de Quental, Teófilo Braga, e outros da geração de 1870, com ideias revolucionarias; 
  •   A Poesia do Cotidiano: representada por Cesário Verde, com temas até então considerados não poéticos;
  •     Poesia Metafisica: representada por Antero, Gomes Leal e Guerra Junqueiro;
  •   Poesia de Veleidades Parnasianas: Representada por João Penha, Antônio Feijó, Guilherme de Azevedo, Guilherme Braga e outros, suas obras constitui tendências filiadas ao Parnasianismo francês, onde as poesias eram formais e lírica ou satírica.    



Dentre os poetas destacaremos Antero de Quintal;





Antero Tarquínio de Quental, escritor e poeta português, também adepto de novas ideias fazendo parte da geração de 70, nasceu em Delgada aos 18 de abril de 1842, mudou-se para Coimbra aos 16 anos para cursar Direito, onde logo manifestou as primeiras ideias socialistas o qual mais tarde foi um dos fundadores do Partido Socialista Português. Com o desejo de renovar o país pela leitura, fundou em Coimbra a Sociedade do Raio.

Antero de Quental suicidou-se em 11 de Setembro de 1891, deixando uma extensa obra;

·         Sonetos de Antero, 1861 
·         Beatrice e Fiat Lux, 1863
·         Odes Modernas1865 (na origem da polêmica Questão Coimbra).
·         Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculos)
·         A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais,1865 (na origem da   polêmica Questão Coimbrã)
·         Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX,1865
·         Portugal perante a Revolução de Espanha 1868 
·         Primaveras Românticas, 1872
·         Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa, 1872 
·         A Poesia na Actualidade, 1881
·         Sonetos Completos, 1886 
·         A Filosofia da Natureza dos Naturistas, 1886
·         Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX, 1890
·         Raios de extinta luz, 1892
·         A Biblia da Humanidade 
·         Leituras Populares 
·         Liga Patriotica do Norte 
·         Prosas
·          
 Antero de Quental considerado, ao lado de Bocage e Camões, os grandes sonetistas da literatura portuguesa.
Expressa em seus sonetos uma ideia revolucionaria, inquietação religiosa e metafisica, mostrando em seus sonetos a busca de um sentido para a existência.

           
Referências:

               http://www.vidaslusofonas.pt/antero_de_quental.htm





Responsáveis: Anderson Moraes
                          Bruna Gabrielle
                       Elaine Cristina
                    Flávia Araújo


Postado por Flávia Araújo