terça-feira, 4 de junho de 2013

Tecnologia Influenciando a Educação: Brasil X Mundo

 Introdução
O século XXI está sendo marcado pelo aceleramento da tecnologia eletrônica, com atenção especial para a informática, o computador e a Internet.
Atualmente, o meio em que vivemos está permeado pelo uso de técnicas e recursos tecnológicos, fazendo do computador, mais recentemente tablets, smarthphones e lousas interativas, ferramentas que vêm auxiliar o processo ensino/aprendizagem nas questões do cotidiano trazidas até a sala de aula.
Enquanto, para alguns alunos, a adaptação à tecnologia no ambiente escolar é fácil, muitos professores enfrentam certas dificuldades com a inovação, que está cada vez mais  presente no cotidiano. As novidades podem ajudar na aprendizagem e no preparo dos jovens para o mercado de trabalho. Novas formas de lecionar estão surgindo, com isso adentram-se as inovações tecnológicas que favorecem em curto prazo os déficits educacionais mais temidos.
Nota-se a importância que as inovações tecnológicas estão tendo diariamente no setor educacional, com isso se percebe que as novidades que surgem estão alcançando desde alunos a professores e isso favorece o conhecimento em ambos.
Com os avanços tecnológicos em sala de aula os índices de aprendizados sofrem alterações perceptíveis, fazendo disso um grande auxiliar para os docentes. Entretanto, é indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico.

Veremos neste trabalho como a tecnologia influencia a educação de maneira positiva e, algumas vezes, de maneira negativa. Veremos, também, como o mundo é influenciado tecnologicamente, bem como o Brasil, e o que tem sido feito para o desenvolvimento do país nesse âmbito.

Desenvolvimento

1.    O lado positivo
A sociedade passa constantemente por diversas transformações, o setor educacional não é diferente e com isso mudanças acontecem para favorecer os discentes. Nota-se que em determinadas aulas os alunos não absorvem os conhecimentos necessários para serem utilizados em seu cotidiano.
A sociedade não admite mais aulas arcaicas, com apenas giz e saliva do professor, uma vez que convivem com outra realidade. São necessárias inovações, dinamismo e interatividade que beneficie os discentes preparando-os para vida e para o mercado do trabalho.
O universo tecnológico é amplo e pode ser utilizado de diversas formas; na área educacional a motivação é principal fator que leva a sua utilização, porque os alunos aprendem sem perceber.
Para manter o aluno dentro da sala de aula, a escola também precisa fazer parte da realidade que o educando vive fora dela.
Observa-se que aulas com recursos tecnológicos são mais interessantes e que instigam a atenção e participação dos alunos envolvidos. O uso de meios que o aluno utiliza em sua vida diária facilita a obtenção de informações.
A maior parte dos especialistas defende a sua utilização como forma de auxilio ao processo de aprendizagem desde, que não seja usada como um fim em si mesma e não sirva apenas como chamariz para motivar os alunos.
A partir das diversas transformações tecnológicas o professor ganha novas formas de ensinar, chamando a atenção de seus alunos para as informações a serem recebidas.
Com todas essas mudanças tecnológicas, a instituição escolar terá em suas mãos novas técnicas para ensinar, orientar, motivar e avaliar seus alunos. Estes, por sua vez, estarão aptos a desenvolver competências e habilidades de auto-aprendizagem e avaliação.
O maior dilema entre os docentes é fazer com que seus alunos contextualizem seus conhecimentos; com o uso das tecnologias isso se torna viável, pois é um meio usado pela grande maioria, como o uso do computador, tablets e lousas interativas em sala de aula, fazendo disso um princípio de interação entre ambos. A escola pode transformar-se em um conjunto de espaços ricos de aprendizagens significativas, presenciais e digitais que motivem os alunos a aprender ativamente a pesquisar o tempo todo, a serem pró-ativos, a saberem tomar iniciativas, a saberem interagir. Tudo que é novo desperta curiosidade e conseqüentemente desperta sabedoria, então usando em sala de aula um recurso tecnológico que motive ao aluno o interesse para descobrir algo novo, pode-se usá-lo para ensiná-lo a ler, a escrever e a se tornar um pesquisador.
É a forma com que são repassadas as informações aos alunos que faz a diferença, inovar em sala de aula com vários recursos tecnológicos não quer dizer obtenção de sucesso no desenvolvimento da aprendizagem. Para chegar até os alunos deve-se usar a linguagem que eles entendam e não ser apenas um mediador, mas também aprender e assim inovar nas aulas e aplicar novas metodologias.
              O professor sempre foi em sala de aula um líder, mas há algum tempo tem sido deixado para trás pelo fruto de muitos continuarem acreditando no modo tradicional do repasse de conhecimento, enquanto a nova geração de professores tem sido mais aceita por suas inovações e suas aulas mais interessantes e a maioria desses professores inovadores conta com o uso dos recursos tecnológicos em suas aulas. Além de adiantar muito o trabalho do professor, tais recursos por ser ainda hoje uma novidade, chama a atenção do aluno e faz com que conteúdos ditos “chatos” se tornem mais dinâmicos e divertidos.
A tecnologia  está presente na vida da maioria da população, esse fato não se limitou apenas ao lazer, mas também de sua utilização na escola. Observa-se a eficácia de seu uso, pois os alunos ficam mais dispostos a interagir em sala de aula. Com isso ocorre um maior número de participação e conseqüentemente de um melhor ensino de aprendizagem. Sua utilização visa também uma contextualização enfatizando constantemente a formação crítica do aluno.

2.    O Lado Negativo
É importante ressaltar que há uma discussão em torno do assunto, acredita-se que existem pontos negativos em relação ao uso da tecnologia no auxílio da educação.
A rotina das crianças e dos adolescentes mudou muito nos dias atuais. O número de internautas entre 6 e 14 anos cresce a cada dia e esse público já constitui 12% da população online do Brasil (pesquisa Score.com).
É uma geração que domina as tecnologias, aprende a se comunicar online desde pequenas e tem acesso a diferentes meios de informação.
Está claro que a tecnologia vem influenciando o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Já há pesquisas mostrando que os estudantes estão lendo mais, ampliando o conhecimento de mundo e relacionando dados com o uso da internet. Os usos da tecnologia permitem a criação de redes sociais, interações, entretenimento e ainda viabilizam recursos para estudo. Habilidades estão sendo construídas.
Entretanto, é indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico. Não é novidade que o número de crianças e adolescentes obesos e sedentários aumentou, assim como a interação em salas de bate papo, MSN , Orkut e Twitter diminuiu o contato físico dessa Geração Z.
Surge agora um novo questionamento quanto a cultura da fragmentação da internet, que deteriora a aprendizagem, pois ninguém mais lê textos longos e nem assiste vídeos longos.
Especialistas no assunto acreditam que esse mundo do “ponto com, ponto br”, de buscas rápidas, faz com que o aluno não se aprofunde em nada, devido ao excesso de informações em tela e que essa superficialidade toda prejudica a aprendizagem.
Com todas essas possibilidades em disponibilidade é preciso formação e com ela a capacidade de seleção dos instrumentos, dos canais e dos documentos; a escolha
deve ocorrer em relação aos aspectos econômicos e pedagógicos, pois sobre eles se darão as ações administrativas. Ocorre que tem havido
“...excesso nas mídias, onde as performances tecnológicas e o
consumo de informação submergem, “anestesiam” a capacidade de
análise dessa informação e de reflexão tanto individual quanto social.
Saturação e superabundância ameaçam o navegador da Internet que,
como certas pesquisas mostram, não tira partido das riquezas de
informação pertinente, não estando formado para ir diretamente ao
essencial. (Marchessou, 1997:15).”
Ainda não é possível chegar a uma conclusão quanto aos limites e possibilidades dos recursos oferecidos pela web e seus respectivos recursos tecnológicos. Faz-se necessário refletir sobre o momento histórico importante que vivemos, com a necessidade de integração eficiente das áreas de educação e tecnologia. Deste modo, torna-se objetivo dos educadores aprender a utilizar esses recursos de forma inteligente no processo de ensino dessas crianças e adolescentes do século XXI.

3.    Brasil X Mundo
Feito pela primeira vez no Brasil um estudo pela NMC Horizon Report (New Media Consortium é uma comunidade internacional de especialistas em tecnologia educacional - profissionais que trabalham com novas tecnologias no campus todos os dias, visionários que estão moldando o futuro da aprendizagem em grupos de reflexão, laboratórios e centros de investigação) que  analisou o uso da tecnologia no Brasil e que faz previsões sobre o uso da tecnologia no universo educacional. O panorama global permitiu também comparações entre o contexto brasileiro e o internacional. Bruno Gomes, assessor de tecnologias educacionais do Sistema Firjan e participante tanto da pesquisa global quanto da nacional, ressalta alguns pontos em que nós nos distanciamos muito do mundo. “No Brasil, a gente já consegue ver o hardware, as coisas físicas em sala de aula, como o celular e o tablet. Mas falta a internet, então tudo que é feito na nuvem ou depende de uma rede boa e estabilizada, vem depois”, diz.
Por isso, enquanto nos países ibero-americanos e na pesquisa global a computação em nuvem é uma realidade esperada em um ano, os especialistas brasileiros nem sequer apostaram nela para um panorama de até cinco anos. “Outra curiosidade é que, conteúdo livre, que já está acontecendo no mundo, ainda não vai acontecer no Brasil neste ano (2012-2013). O brasileiro ainda é apegado à autoria”, acrescenta Gomes.
Apesar das diferenças, alguns pontos são comuns em todas as partes do mundo, principalmente no que diz respeito aos desafios encontrados. “Formação de professores é um problema para o mundo”, ressalta Gomes. Os especialistas destacam também outra relevante coincidência entre o que esperam ver no Brasil e o que está posto no mundo. “Os 30 membros do conselho deste projeto concordaram com o conselho global em relação à tendência mais importante. Eles perceberam as portas se abrindo nas escolas de educação básica no Brasil para modelos de aprendizado híbrido e colaborativo”, afirmam os autores do relatório.

3.1 Tecnologia na educação: Brasil
O estudo “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report”, identifica 12 tecnologias emergentes que têm potencial para impactar o ensino, além das dez principais tendências e os dez maiores desafios da educação brasileira.
Entre as 12 tecnologias apresentadas, quatro foram apontadas entre as que devem começar a fazer parte massivamente das salas de aula em menos de um ano: ambientes colaborativos, aprendizagem baseada em jogos e os dispositivos móveis representados por celulares e tablets; outras quatro estavam entre as que devem começar a ter seu uso mais frequente em dois ou três anos: redes, geolocalização, aplicativos móveis e conteúdo aberto; e mais quatro foram podem ser esperadas em um período de quatro ou cinco anos: inteligência coletiva, laboratórios móveis, ambiente pessoal de aprendizagem e aplicações semânticas.
Especialistas indicam 12 ferramentas que estarão nas escolas brasileiras até 2017
 1 ano ou menos – Polarização de dispositivos
Ambientes colaborativos : Espaços online que visam facilitar a colaboração e o trabalho em grupos. Nesse tipo de ambiente a interação acontece independente de onde os alunos estejam.
Aprendizagem baseada em jogos: Interação de jogos nas experiências educacionais; os benefícios têm se comprovado em desenvolvimento cognitivo, colaboração, solução de problemas e pensamento crítico.
Celulares: Especialmente quando se fala em smartphones, são o ponto de convergência de muitas tecnologias; permitem acesso a um volume muito grande de informações na palma da mão.
Tablets: Como os celulares, têm a facilidade da mobilidade e possibilitam aulas dentro e fora da escola. Dispositivos aumentam o leque de recursos pedagógicos
2 a 3 anos – Uso dos softwares
Redes: Investimento em banda larga para grandes eventos esportivos e o maior número de smartphones facilitam acesso rápido, barato e fácil a todos os tipos de informação.
Geolocalização: Ferramentas recentes permitem a determinação da localização exata de objetos físicos, além da combinação com dados sobre outros eventos, objetos ou pessoas.
Aplicativos móveis: Nova indústria de desenvolvimento de softwares cria um universo de novas possibilidades educacionais, com compartilhamento de descobertas em tempo real.
Conteúdo aberto: Conteúdo disponibilizado gratuitamente, via web, dá acesso não apenas à informação, mas ajuda no desenvolvimento de habilidades de pesquisa, avaliação e interpretação.
4 a 5 anos – Apropriação dos softwares
Inteligência coletiva: Conhecimento existente nas sociedades ou em grandes grupos. Como hoje a produção de conhecimento não é mais um monopólio, várias redes são criadas cotidianamente.
Laboratórios móveis: A tecnologia facilitou que pesados equipamentos, antes disponíveis apenas em bons laboratórios de ciências pudessem ser inseridos em simples celulares.
Ambiente pessoal de aprendizagem: Formado por uma coleção pessoal de ferramentas montadas para apoiar seu próprio aprendizado; lista é organizada de forma independente e é focada em objetivos individuais.
Aplicações semânticas: Aplicativos que organizam informações de várias fontes e fazem associações entre elas, apresentando o resultado de forma atraente ao usuário.


            3.2 Tecnologia na educação: Mundo
Nos Estados Unidos investe-se pesado em tecnologia nas salas de aula. Algumas escolas fornecem para cada aluno um computador, através do qual possam receber tarefas online, livros digitalizados, interagir com o professor e até mesmo acompanhar a aula caso houver necessidade de faltá-la. O percentual de acesso à internet nas escolas públicas chega a 100%. De cursos on-line a laptops fáceis de usar por crianças e professores virtuais, a tecnologia está se expandindo nas salas de aula dos Estados Unidos, reduzindo a necessidade de livros didáticos, cadernos, papel e, em certos casos, das escolas em si. 
Na Europa, os conhecimentos especializados das crianças e dos jovens já excedem largamente os dos seus professores em muitos casos. Alguns exemplos de iniciativas nacionais são:
 Chipre - O novo ‘Unified Lyceum’ ('Liceu Unificado') terá três objectivos principais: elevação das competências dos alunos em matéria de TIC; elevação do nível do equipamento tecnológicodas escolas; e melhoramento das competências do pessoal.
Estônia - Em algumas escolas da Estónia, os alunos do ensino secundário têm obrigatoriamente de dedicar quatro horas por semana a ensinar e a dar orientação a alunos mais novos no domínio das TIC.
Europe - Iniciativa eEurope. Visa tornar a literacia digital numa das competências básicas de todos os jovens europeus. eLearning visa pôr em execução a parte de educação / formação do eEurope.
Hungria – Estão em curso iniciativas que visam promover novos métodos e auxiliares de ensino que utilizam tecnologia TIC numa série de disciplinas escolares.
Itália – O ‘Programma di Sviluppo delle Tecnologie Didattiche 1997-2000’ (Programa de Desenvolvimento das Tecnologias do Ensino) foi promovido para alargar a utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) e visa melhorar os processos de ensinamento/aprendizagem.
Itália - O ‘Multilab’ visa abordar o ensino através da utilização de computadores nas aulas, assim como de tecnologias online e multimedia.
Países Baixos - ‘Knowledge net’ ('Rede dos conhecimentos') - congrega alunos, pais, professores e organizações culturais através de uma rede computorizada que fornece vários serviços, incluindo: informação, grupos de discussão e instalações técnicas.
Polônia - O programa Interkl@sa visa preparar os jovens para a sociedade da informação e desenvolver a escola de modo a que seja um centro moderno de inovação e criação.
Eslováquia – O projecto INFO-AGE visa o melhoramento das TIC nas escolas primárias e secundárias.
Eslovênia - Em 1994, foi instituído um programa de TIC a longo prazo 'Raÿunalniško opismenjevanje’ que visa o alargamento da utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação.
Espanha - Todas as escolas estatais espanholas dispõem de uma conta Internet.
Suécia - O Governo providencia formação no local para dirigentes escolares e equipes de professores, para que possam aprender a utilizar os computadores como instrumento.

Conclusão
A vida escolar passa constantemente por transformações com isso as metodologias sofrem grandes alterações, tendo as inovações um papel fundamental na nova forma de saber, que por sua vez desempenham um papel de extrema importância no processo ensino aprendizado, pois facilitam a concentração e participação dos alunos, além de oferecerem formas diversificadas no repasse de conteúdos.
Porém, acredita-se que existem pontos negativos em relação ao uso da tecnologia no auxílio da educação. É indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico. Especialistas no assunto acreditam que esse mundo digital faz com que o aluno não se aprofunde em nada, devido ao excesso de informações em tela e que essa superficialidade toda prejudica a aprendizagem. Com todas essas possibilidades em disponibilidade é preciso formação dos professores e com ela a capacidade de seleção dos instrumentos, dos canais e dos documentos; a escolha deve ocorrer em relação aos aspectos econômicos e pedagógicos, pois sobre eles se darão as ações administrativas.
Nota-se, também, que, em se tratando de educação, os países de primeiro mundo investem pesado em tecnologia, com o objetivo de elevar cada vez mais o grau de competência intelectual de seus alunos. Já o Brasil segue num ritmo mais lento quando o assunto é tecnologia nas escolas.
Porém, especialistas indicam que dentro de alguns anos, os alunos brasileiros desfrutarão de uma vasta diversidade tecnológica, tal qual a dos países de primeiro mundo.
Ainda não é possível chegar a uma conclusão quanto aos limites e possibilidades dos recursos oferecidos pela web e seus respectivos recursos tecnológicos. Faz-se necessário refletir sobre o momento histórico importante que vivemos, com a necessidade de integração eficiente das áreas de educação e tecnologia. Deste modo, torna-se objetivo dos educadores aprender a utilizar esses recursos de forma inteligente no processo de ensino dessas crianças e adolescentes do século XXI. 

Referências
blackboard.grupoa.com.br  
recantodasletras.com.br

Aluna: Luciana Rodrigues Costa  



O USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA



Nas últimas décadas, a preocupação com a disseminação e a democratização do acesso à educação para atender a grande massa de educandos, evidenciou a importância da educação a distância, realizada a princípio por meio de correspondência, posteriormente através do uso de meios de comunicação como o rádio e a televisão associados a materiais impressos enviados pelo correio. O advento das tecnologias de informação e comunicação trouxe novas perspectivas para a educação a distância, levando universidades, escolas, centros de ensino, organizações empresariais e grupos de profissionais de educação, design e hipermídia a se dedicarem ao desenvolvimento de cursos a distância com suporte em ambientes digitais de aprendizagem acessados via internet, os quais assumem distintas abordagens. Este artigo discute as abordagens usuais da educação a distância, destacando o uso crescente das TIC para o desenvolvimento de um processo educacional interativo que incita a evolução de competências de leitura e escrita para enfrentar situações do cotidiano e conseqüentemente a inclusão digital.

A EaD CHEGA AO BRASIL


No Brasil, a metodologia EaD chegou na década de 1904, depois que países como Inglaterra, Alemanha e os Estados Unidos já terem adotado com sucesso a modalidade de ensino por correspondência. Nos anos que se seguiram a EaD alcançou notáveis avanços com a introdução de tecnologias como às emissoras de educação rural, as rádios educativas e nos últimos anos com o advento do telefone, cinema, televisão e mais recentemente a rede mundial de computadores (internet).
     A expansão da EaD no Brasil se deu graças a uma legislação surgida nos anos 1960, com a promulgação do Código Brasileiro de Comunicações em 1967, através do Decreto Lei nº. 236/67, e nos idos de 1970, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a conhecida Lei nº. 5.692/71, que possibilitou que o ensino supletivo fosse ministrado utilizando-se da tecnologia do rádio, da televisão e através da correspondência, como também via outros meios de comunicação.
      Muitas foram às tentativas de emplacar a EaD. Mais recentemente, tivemos a criação das Universidades Abertas, regulamentadas pelo Congresso Nacional, mas que fracassaram diante das dificuldades do primeiro momento. Nos anos 1996, a nova LDB, Lei nº. 9.394/96 contemplou novos avanços a EaD, estabelecendo a regulamentação da modalidade de Educação a Distancia oferecidas por instituições federais e credenciadas, dando tratamento diferenciado nos sistemas de comunicação privados e a “concessão de canais de televisão com finalidades exclusivamente educativas”.
A PRÁTICA DA EAD

     A modalidade de Educação a Distancia é uma prática onde o processo é focado por vezes no professor e outras vezes no aluno, como também nas tecnologias que são utilizadas em etapas sucessivas no desenvolvimento das atividades didáticas. Segundo o Profº. Moran, “Educação a Distancia é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporariamente”. É necessário compreender que a prática da EaD pode ser mais adequada quando ao individuo que já tenham a experiência de aprendizagem individualizada, pois que é um processo de educação continuada, e já acontece nos cursos de graduação, pós-graduação e em algumas escolas nos ensinos fundamental e médio.
     As novas tecnologias podem ser usadas na modalidade de Educação a Distancia de diferentes maneiras, e possa trazer soluções eficazes em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos, na produção conjunta de textos e no desenvolvimento de atividades comuns a prática educacional. O fundamental nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para chegar até as informações que são úteis no crescimento e em projetos de estudo, desenvolvendo a criatividade, e senso crítico.
     Nesta perspectiva, as políticas para o desenvolvimento da EaD devem ser centralizadas nos seres humanos, conforme suas necessidades e dentro de um contexto de direitos humanos e justiça social. Os países em desenvolvimento e os atores sociais deveriam ter um papel-chave na orientação do tal processo e das decisões.

O INDIVIDUO APRENDIZ

É inegável que as novas tecnologias são muito importantes no desencadeamento de novas informações, pois vivemos numa sociedade informatizada, onde o uso da informação é de forma rápida e dinâmica e o individuo necessita e muito desta ferramenta.
O individuo que souber utilizar as novas tecnologias como apoio as atividades de aprendizagem poderá ter uma solução eficaz na produção de texto e projetos que serão desenvolvidos, interagindo com o meio nas suas tarefas diárias, dessa forma, poderá o educando acabar com a distancia que existe entre ele e a informação necessária a sua formação intelectual, social e psicológica.
     Percebemos a utilização de alguns instrumentos nas atividades de conhecimento como: multimídias, Pc`s, Tv´s, rádio, jornais, revistas, outdoors entre outros que, favorecem e permitem que os indivíduos vejam de forma prática, aquilo que é necessária a construção do conhecimento e propiciam também compreender os significados, das teorias por meio de programas de rádio, matérias de jornais e na televisão, informações que ajudam na construção de seus novos conceitos sobre os conhecimentos previamente adquiridos.
     A utilização do cinema tem tido de fundamental importância, na colaboração da difusão dos conhecimentos, como vimos nos filmes, “A guerra do fogo” onde observamos as grandes mudanças que ocorreram com um grupo de indivíduos nos campos sociais e tecnológicos, as suas experiências com outros grupos semelhantes. E “2001: Uma Odisséia no espaço” foram feitos questionamentos a respeito de utilização da chamada Inteligência Artificial em favor do conhecimento tecnológico.
     Nas duas dramatizações, foram retratadas informações acerca do passado do homem como também do seu futuro, numa perspectiva de aprendizado, onde ao espectador (educando) caberá o discernimento acerca da nossa origem, do nosso presente, ou do porvir do ser humano na terra ou fora dela.
     “Muito além do Jardim” é um filme que se serve muito bem de reflexão. Até onde as informações que recebemos podem modificar nossas vidas? Até que pontos o bombardeio de informações influenciam na capacidade de sermos pessoas mais conscientes? Expressar nossas idéias com base em um universo aparentemente restrito?
      O filme narra à história de Chance e suas experiências de vida. Restrito ao jardim de uma residência onde vivera praticamente toda sua vida, e ao contato com as poucas pessoas que por ali passavam como, por exemplo: seus patrões e os demais colegas de trabalho. Como distração possuía as informações que conseguia pela televisão. Seu contato mais freqüente era com as plantas, das quais ele entendia que o crescimento se faz a partir de um processo lento.
       Ao expor sua compreensão de mundo e das coisas que o cercava, Chance expressa suas idéias com base em seu universo aparentemente restrito. Ao ponto das pessoas passaram a interpretá-lo como um sábio, que se expressava a partir de parábolas ou metáforas.
      Mesmo sem nunca ter freqüentado a escola, nem tão pouco possuir documentos que o identificasse, ou mesmo ter saído de casa, o protagonista era um homem que possuía muitos conhecimentos diferenciados, possuía uma sabedoria desprovida de orgulho e poderia até indicar caminhos alternativos, onde as prioridades fossem menos ambiciosas, e mais realistas.
     O ser humano é assim, possui diferentes estímulos para aprender, antes de entrar na escola assume uma atitude de quem procura as informações, tem uma predisposição para a aprendizagem, ele busca informações de formas muito precoces, que vão desde o ato de conviver com os colegas, e fazendo assas atividades ele ativa centros cerebrais que constroem estímulos de aprendizagem.
     Aprender nesse caso, significa a capacidade do aprendiz de reproduzir a informação e a experiência de aprender se faz de maneira prazerosa. São os desafios vencidos, e uma vez superados abrem-se em novas perspectivas de crescimento social, afetivo e psicossomático.

VÍDEO SOBRE EAD



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. A Guerra do Fogo. Diretor. Jean-Jaques Arnoud. 141 min. Produção: AMLF, ICC Balstar, Staphan Films, Franca/Canadá>1981.
2. 2001: Uma odisséia no espaço (2001 a Space Odyssey) Direção/Produção e Roteiro: Stanley Kubrick. Duração: 148 min/USA/Inglaterra: 1968.
3. Muito além de um Jardim, Direção [Being There] EUA(1979)
4. IPAE. Os reflexos da nova regulamentação da educação a distância. Estudo técnico sobre o Decreto nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação. Brasília, março de 2006. Disponível em: http://www.ipae.com.br/et/14.pdf
5. KURZ, Roberto. A ignorância da sociedade do conhecimento. Folha de São Paulo, 13 de janeiro de 2002 – Caderno Mais, p. 14-15.
6. MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000 Interferências dos meios de comunicação no nosso conhecimento. Artigo publicado na Revista INTERCOM - Revista Brasileira de Comunicação São Paulo, Vol. XVII, n.2, Julho/Dezembro de 1994.
7. M.U.C. Salgado (http://tvebrasil.com.br/salto ) - boletim 2003. Série Desafios na Escola: uma conversa com professores, Programa 2 (26 agosto)
8. Pozo, Juan Ignácio. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. (Tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC, p.29-32)
9. Tocando em Frente, Satter, Almir & Teixeira, Renato. Disponível em: (www.cifras.com.br). (1992)
  
ALUNOS
Amanda Pereira
Dayane Lima
Thaís Freire

A utilização da tecnologia no ensino


Com o ápice da tecnologia no mundo, o aluno de hoje passou a interagir diretamente com os meios tecnológicos existentes. Essa interação com a tecnologia afetou os métodos de estudo, sendo que os livros foram substituídos por redes de pesquisa, e até mesmo a relação do aluno com a sala de aula e o professor. 

Lousa! Provas! Não, isso ficou no passado para algumas escolas públicas. Quem poderia imaginar que ao invés de provas, os jogos on-line seriam utilizados? E que invés da lousa e do caderno, os tablets agrupassem todo o material necessário para a aula? 

O principal projeto pedagógico é a melhor interação com a aula, criando o interesse do aluno pelo assunto que será abordado. O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância, comunicar-nos quando for necessário e também acessar aos materiais construídos em conjunto na home page, na hora em que cada um achar conveniente. Ou seja, levar para o aluno, uma melhor forma de ensino, buscando a qualidade e visando o melhor aprendizado, pois a tecnologia é uma ferramenta facilitadora. 


O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, no chat. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes é importante dar uma bela aula expositiva - com mais momentos de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição e domínio tecnológico. 

Em reportagem, o programa jornalístico “Fantástico” da rede televisiva Globo, apresenta essa inclusão digital em uma escola pública da Rocinha, no Rio de Janeiro. A estrutura física da escola foi modificada para atender uma mudança na rotina escolar, as salas passaram a ser uma só e grupos de seis alunos foram montados para iniciar os estudos. A grande diferença é o uso de notebooks, não somente em pesquisas e atividades, mas sim, para o ensino da disciplina em questão, já que a lousa não existe mais. 



Uma das escolas usadas como referência, fica em Nova York. Os alunos são incluídos em um projeto onde os professores avaliam as dificuldades e os conhecimentos de cada um, a partir de atividades diárias. As atividades são atribuídas conforme o resultado do aluno, no dia anterior. Assim, o professor pode focar no ritmo do aluno e contribuir para a melhoria do aprendizado. O projeto existe há três anos, e desde então, os alunos passaram a melhorar em provas estaduais. 

Este projeto já foi incluído em algumas escolas brasileiras, onde jogos on-line são utilizados para a avaliação do aluno, onde este deve “passar de fase” e ganhar um planeta. Assim, no final, o professor recebe um relatório emitido pelo computador onde pode perceber as necessidades do aluno. 

Todos os projetos, não só os citados, mas os que ainda estão em estudos, se mostram eficazes. Psicólogos também afirmam que o aluno passou a captar melhor as informações dadas em sala de aula, além de querer buscar outras informações fora da escola. Pesquisas ainda indicam que alunos que evoluíram de “fases” em jogos on-line, se sentem interessados a continuar tentando até passar para a próxima fase, realidade que antes víamos somente em vídeo games. 

Porém, quando se trata de recursos financeiros, ainda há algo a se tratar. Segundo o historiador Manuel Franklin de Barros, este incentivo tecnológico devia atingir todos os alunos do Brasil, ou pelo menos, abranger muitas escolas. Manuel explica em sua tese para a revista Veja, que a falta de incentivo na educação, acarretará a exclusão social de muitas crianças e jovens, que poderiam estar incluídos num ensino diferente que visa à qualidade. 

Para finalizar, é importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o audiovisual, o texto sequencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual. 

Referências Bibliográficas 
http://www.tecmundo.com.br/internet/2842-tecnologia-no-ensino.htm http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-tecnologia-sala-aula.htm

BARROS, Manuel Franklin de. A Educação nas escolas, como melhorar? Tese de mestrado para UNICAMP, postada posteriormente na revista VEJA.

Escrito por 
Beatriz Maria
Flavia Araujo 
Mariana Andrade 
Kelli Silva
Ila

domingo, 2 de junho de 2013

O uso de recursos da informática nas aulas de Língua Portuguesa



Figura 1: Crianças com a inovação do Tablet nas aulas de literatura;
Fonte: http//:veja.abril.com.br
     
    O texto - aquela composição escrita ou falada, que nasceu juntamente com a invenção da linguagem - segue sendo o mesmo. Nossa relação com ele, não. Em suas pesquisas, o historiador da leitura Roger Chartier afirma que o suporte material (papel, áudio, vídeo ou formato digital) exerce influência na relação que estabelecemos com o texto. Nesse sentido, blogs, fotologs e podcasts são novos gêneros, com características próprias. É possível, por exemplo, relacionar links para que o leitor tenha a liberdade de seguir diferentes caminhos - é o chamado hipertexto. Cada vez mais, a turma vai precisar conhecer esses aspectos. A boa notícia é que trabalhos recentes como o do professor Jorge Luiz Marques de Moraes, um dos ganhadores do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 em 2008, mostram que dá, sim, para conjugar o aprendizado de novos gêneros (no caso dele, o podcast) com conteúdos tradicionais (a comunicação oral).
   Além de gerar novas demandas, as ferramentas digitais modificam procedimentos consagrados na disciplina. O exemplo mais significativo diz respeito à edição e revisão de textos. Em processadores como o Word, a verificação ortográfica é muito facilitada. "O professor pode deixar o corretor ortográfico ligado para que os estudantes tentem resolver, com autonomia, alguns dos erros - o que não o isenta de seguir ensinando ortografia", aponta Cláudio Bazzoni, assessor da prefeitura de São Paulo e selecionador do Prêmio. Em termos de organização textual, a vantagem é poder mudar de lugar, ampliar, cortar e eliminar frases e parágrafos, experimentando novas soluções para a composição sem precisar escrever tudo de novo a cada nova versão.
     A informática também pode ajudar no trabalho com gêneros textuais. Na Escola da Vila, na capital paulista, a professora Andressa Mille Fernandes propôs à turma do 4º ano a construção de um informativo sobre o ciclo da água, um conteúdo que já havia sido tratado nas aulas de Ciências. Depois de planejar o texto, decidir o destinatário, selecionar as informações e escrever, as crianças foram para o computador fazer títulos e quadros e escolher fontes e cores. Assim, tanto a forma como o conteúdo da produção se aproximaram ainda mais dos exemplos de jornais, aprofundando a caracterização do gênero estudado.
(REVISTA NOVA ESCOLA/ EDITORA ABRIL/ 2012)

1-   A implantação da tecnologia nas escolas

   Dentre as reclamações de escolas está a de que os alunos não aguentam mais a forma das aulas. Os alunos reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, do fosso entre o conteúdo das aulas e a vida. Colocou-se tecnologias nas escolas, mas, em geral, não são aproveitadas devidamente, continua – o professor falando e o aluno ouvindo – com um verniz de modernidade. Novos desafios não são criados e as tecnologias não passam de um meio de ilustrar os conteúdos ministrados.
    A escola é a organizadora e certificadora principal do processo de ensino aprendizagem apesar de hoje com a Internet e a maravilhosa evolução tecnológica, poder-se aprender de muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes. A sociedade como um todo é um espaço privilegiado de aprendizagem. Sendo assim, os desafios enfrentados pelo ensinar e aprender são muito mais complexos. Há informações demais, múltiplas fontes, visões diferentes de mundo. A sociedade é mais complexa exigindo competências igualmente complexas. As tecnologias começam a estar ao alcance do estudante e do professor. Precisa-se repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os alunos, a orientar atividades, a definir o que vale a pena fazer para aprender, juntos ou separados.
    Com a Internet e outras tecnologias surgem novas possibilidades de organização das aulas dentro e fora da escola. Os professores de Língua Portuguesa, além disso, também devem estar atentos às mudanças em relação ao ensino da língua. A aula de português, como tradicionalmente concebida, não existe mais. Ao invés de estudar Português, os alunos vão aprender através do Português. O Português deve ser usado como instrumento para se aprender história, geografia, literatura, retórica, educação física, química, etc. Isso significa que os alunos precisam saber, na leitura, produzir sentido “levando em conta os recursos linguísticos presentes [no texto] e percebendo sua inter-relação” e, na escrita, “saber escolher e usar os recursos linguísticos adequados aos propósitos da interlocução” (COSTA, VAL, 1998, p.2).
  
    O computador pode ser de grande ajuda nessa tarefa nada fácil, pois será o instrumental que ajudará o professor a propiciar as condições necessárias para os estudantes exercitarem a capacidade de procurar e selecionar informação, resolver problemas e aprender independentemente (VALENTE, 1989). Ele trouxe uma série de novidades, de fazer mais rápido, mais fácil. Mas continua sendo utilizado mais como uma ferramenta de apoio ao professor e ao aluno.      As atividades principais ainda estão focadas na fala do professor e na relação com os textos escritos. Não há dúvidas de que o computador é realidade presente na sala de aula. O problema hoje é o que fazer com essa tecnologia. Muitos professores não sabem usar o computador, portanto, a primeira medida a se tomar é aprender a fazer isso. É preciso dominar o que este recurso pode fazer, para depois saber o que fazer com ele. É preciso, pelo menos, ter intimidade com os editores de textos, apresentações de slides entre outros tantos, bem como, estar apto para usar a Internet. A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as escolas.
   Os professores precisam utilizá-las de forma equilibrada e inovadora. É por isso que este trabalho foi concebido, pois as dificuldades enfrentadas pelos professores mediante os novos rumos da educação são muito grandes e portanto, há de se trabalhar para superá-las, oferecendo aos educadores possibilidades e condições de enfrentarem esses desafios.
   Através de oficinas realizadas com os professores de Língua Portuguesa do Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos Universidade Estadual de Ponta Grossa – CEEBJA-UEPG objetivou-se proporcionar conhecimentos para que eles pudessem utilizar, de forma adequada, o laboratório de informática tanto no planejamento de aulas como com os alunos.
  O trabalho foi realizado no laboratório do CEEBJA-UEPG no período de 15 de maio de 2008 a 19 de setembro de 2008, perfazendo um total de trinta e duas horas. Cada oficina teve a duração de quatro horas e em cada uma delas abordou-se um tema. As oficinas serão descritas detalhadamente mais adiante.
   A organização deste artigo privilegia na seção “Informática e Educação” um breve histórico da introdução do computador nas escolas. Em seguida aborda-se a questão polêmica da “Internet na sala de aula”. E ainda discorresse a respeito da “Aula de Português e o uso da tecnologia”, levantando-se as hipóteses pertinentes a esse tema. Na seção seguinte “O CEEBJA-UEPG e a Informática” apresentá-se as condições dessa escola e o processo de implementação de oficinas na tentativa de mudar a realidade ali encontrada.
(INDEZEICHAK, 2009)

2-   Só 2% dos professores usam tecnologia em sala de aula
  
Apesar de contarem com conexão à internet no trabalho e em casa, apenas pequena parte dos professores da rede pública usam a tecnologia como suporte na sala de aula. São Paulo - Mesmo tendo acesso a computadores com conexão à internet no trabalho e em casa, apenas 2% dos professores brasileiros da rede pública urbana usam a tecnologia como suporte em sala de aula. E os que usam se limitam - na maior parte do tempo - a ensinar a alunos como utilizar o computador, em vez de desenvolver práticas pedagógicas.
    As constatações fazem parte da pesquisa TIC Educação 2012, divulgada, na quinta-feira, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) - entidade oficial que coordena serviços da web no País. Para chegar a esses indicadores, foram entrevistados pessoalmente 1.236 professores de mais de 570 escolas públicas de todas as regiões do Brasil, escolhidas aleatoriamente.
   O estudo mostra que 92% dos docentes da rede pública já têm conexão à internet em casa. Praticamente todos os professores (99%) são considerados usuários em rede, ou seja, usaram a internet pelo menos uma vez nos últimos três meses.
    Na escola, a realidade de acesso é semelhante. Quase todas as unidades têm ao menos um computador. Nas escolas que dispõem do equipamento, 89% possuem acesso à internet. "O primeiro passo está sendo dado: existe o acesso. Falta agora usar a tecnologia de forma qualitativa, para melhorar a educação", afirma Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic.br), unidade vinculada ao CGI.br que realizou a pesquisa.
   O uso esporádico também é relatado pela aluna da rede estadual paulista Valéria Lage, de 17 anos, do 3.º ano do ensino médio da Escola Maria Juvenal Homem de Melo, no Grajaú, zona sul. "Os professores usam de vez em quando - de uma a duas vezes por semestre - o netbook e o projetor. Com o projetor, é mais fácil entender a aula." Políticas. Para Priscila Gonsales, diretora do Instituto Educa digital, faltam políticas públicas específicas para um melhor uso da tecnologia nas escolas. "Não adianta só comprar equipamentos."
   Em São Paulo, a Secretaria Municipal de Educação espera melhorar a qualidade da conexão - um dos problemas identificados no estudo. "Efetuamos a troca de maquinários obsoletos e esperamos até o fim do ano aumentar a velocidade de internet das escolas", afirma Jane Reolo, coordenadora de Informática Educativa da cidade.
    Procurada, a Secretaria Estadual de Educação informou que a rede paulista dispõe de computadores e acesso à internet e seus docentes recebem orientação contínua para o uso pedagógico de tecnologia. Já o Ministério da Educação afirmou que, com o programa Banda Larga nas Escolas, de 2008, 60 mil escolas públicas vêm se beneficiando da "ampliação periódica de conexão em alta velocidade". O MEC cita iniciativas como o Portal do Professor, que oferece "recursos educacionais com grande potencial".
(JORNAL: O ESTADÃO/ DAVID LIRA/2013)


 3– A aula de português e o uso da tecnologia
E qual é a melhor forma de usar toda essa tecnologia na aula de português. Afinal, o que fazer com ela?
  Deve-se lembrar que para usar o computador na sala de aula, é preciso uma nova realidade de ensino. Nessa nova realidade não há lugar para conteúdos que devem ser decorados nem para o que não é significativo para o aluno e sim são todas as tentativas de fazer com que o aprendiz se envolva na construção do seu próprio conhecimento.
    É também importante lembrar que a obtenção de resultados satisfatórios com o uso do computador depende de como esse equipamento está sendo usado. O computador não faz nada sozinho e nem faz milagres. Ele tem muitos recursos e nos dá acesso a uma infinidade de informações, no entanto, cabe ao professor planejar o uso desses recursos e informações em sua sala de aula.
   Tão importante quanto a tecnologia em si, é como ela está sendo usada para fins educacionais. Uma nova tecnologia mal usada pode ser perigosa e quem vai sofrer as consequências disso são os alunos, cidadãos de nossa sociedade que merecem a melhor educação que podemos oferecer a eles.
   Ao professor cabe o papel de preparar bem as aulas oferecendo desafios e questões interessantes para os alunos, explorando da melhor maneira possível os recursos que o computador lhe oferece. Cabe a ele também estimular a reflexão crítica e competente dos alunos em relação aos elementos linguísticos envolvidos nas leituras e produções de texto dos alunos.
  Sabe-se que há textos mal escritos e com informações equivocadas que às vezes estarão ao alcance dos alunos na Internet. Isso não pode ser encarado como um problema. O professor que está consciente desse fato alertará seus alunos para ele e, inclusive, usará os textos com problemas em discussões com os alunos a respeito do uso de mecanismos linguísticos, da estruturação e organização dos textos, para fazer críticas à estrutura argumentativa, entre muitas outras reflexões que um texto mal escrito pode suscitar.
E por que não fazer um trabalho interessante de reescrita desses textos?
Cada grupo de alunos pode escolher um texto para apontar os problemas e propor soluções para os problemas encontrados. É justamente a riqueza na variedade de textos que se pode encontrar na Internet que a torna tão fascinante e tão útil ao professor de português.
(NOGUEIRA, 2002)


 Fonte: http//:scielo.com
Figura 2: Exemplo da utilização da informática nas aulas de Língua Portuguesa;

                              4-   Considerações Finais
  Contudo, devemos nos ater à tecnologia digital como uma estratégia pedagógica adicional e, portanto, não é necessário que esteja em todas as aulas.
  Mas o que fazer quando a escola não tem recursos tecnológicos para serem utilizados?  Neste caso, o professor não pode desanimar ou acomodar com aulas apenas de giz e quadro, a não ser que a escola exija. Há outras maneiras de introduzir as linguagens da mídia em sala, basta o educador improvisar e ser criativo.
     O professor pode mandar pesquisas para casa sobre a linguagem verbal e não verbal (gestos dos apresentadores ao passar uma notícia) no telejornal e depois trabalhar a persuasão; trabalhar com as propagandas da mídia e linguagem persuasiva e o uso do imperativo através de jornais impressos e revistas; desenvolver um trabalho com o uso de fotografias do passado e futuro nas aulas de História ou para ensinar os tempos verbais; usufruir dos canais de notícias da rádio para trabalhar a linguagem e montar com os alunos sua própria rádio; propor aos alunos desenvolver o jornal da escola ou da sala; orientar uma pesquisa pela internet com sites educativos e direcionados pelo próprio professor, dentre outros.
   O que não pode ocorrer é o professor ignorar o fato de a tecnologia digital fazer parte do dia-a-dia do aluno e cobrar do pupilo interesse pelas aulas. Os recursos tecnológicos são armas fundamentais para tornar as aulas mais instigantes e apreciadas.
(VILARINO,2012)
  
   
Bibliografia:
  • (REVISTA NOVA ESCOLA/ EDITORA ABRIL/ 2012);
  • HTTP//: SCIELO.COM;
  • HTTP// YOUTUBE.COM;
  • JORNAL ESTÃO/ EDITORA ABRIL/2013);


Alunos:
  • Ana Cristina dos Santos    R.A:    B79899-8
  • Cintia Lima dos Santos      R.A: B69JI-0
  • Pamela Sousa de Araujo    R.A: B70AJI-8