segunda-feira, 30 de maio de 2016

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO BRASIL



JESSICA AGATHA F. SILVA - B4800I-1 

JÚLIA BOSSO DA SILVAB7952J-5 

LUCIANA R COSTA B7836J-6 

SÔNIA MATIAS DE PONTES SILVA B6594G-4

INTRODUÇÃO

O presente trabalho irá abordar a história da língua inglesa, contando um pouco sobre sua evolução desde o inglês antigo ao inglês moderno. Em seguida, apresentará a maneira como a língua inglesa é ensinada nas escolas brasileiras, o método de ensino sociointeracionismo, ensino de línguas no Brasil e fará um breve relato sobre metodologias de ensino mais comuns. 
O trabalho está dividido em três tópicos principais para explorar e explanar melhor o conteúdo a ser abordado. 
O objetivo desse trabalho é apresentar situações de ensino-aprendizagem de língua inglesa, explorando sua história como língua da comunicação e multimodalidade e seu método de ensino no Brasil.

UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE A LÍNGUA INGLESA


Devido ao resultado da influência militar, econômica, científica, política e cultural do império Britânico e dos Estados Unidos ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX, o inglês tornou-se a língua franca, em muitas partes do mundo. Atualmente ele é usado extensivamente como segunda língua e como língua oficial em muitos países e organizações internacionais. 

Essa língua, idioma e principal sistema de comunicação do Reino Unido; Estados Unidos; Canadá, Austrália; Nova Zelândia; África do Sul e outros países de influência britânica, pertence ao grupo das línguas germânicas ocidentais, que por sua vez, vem do indo-europeu, no qual várias línguas europeias têm sua descendência. 

O inglês é a mistura dos dialetos dos povos germânicos jutos, anglos e saxões, que, a partir do século V, deram início à conquista da Grã-Bretanha, antes dominadas por celtas. As línguas nórdicas, com as invasões vikings e a língua francesa, com conquista normanda, a partir de 1066, também contribuíram para sua formação. 

A trajetória de evolução da língua inglesa reconhece três etapas fundamentais: 
  • Inglês Antigo: 450 a 1150; 
  • Inglês Médio: 1150 a 1500; 
  • Inglês Moderno: a partir de 1550. 

Inglês Antigo


O Old English, também denominado Anglo-Saxon, foi utilizado durante a fase compreendida entre 450 d.C. e 1150 d.C. Nesse ínterim, os francos-normandos invadiram a Inglaterra, fazendo com que a língua da corte e da administração passasse a ser a língua francesa. E por 300 anos que se seguiram, principalmente nos 150 anos iniciais, a língua usada pela aristocracia na Inglaterra foi o francês. Ainda no decorrer desse período, durante a ocupação romana, a língua dos anglo-saxões incorporaram algumas palavras latinas. 

Nesse período, o idioma inglês era composto por quatro dialetos: o nortúmbrio, o saxão ocidental, o kentiano e o mércio. 

Em comparação ao inglês moderno, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na gramática, o inglês antigo muito se diferenciava. A correlação entre pronúncia e ortografia era muito mais próxima. E, na gramatica, os substantivos declinavam em gênero masculino, feminino e neutro, e os verbos eram conjugados. 

No inglês antigo, assim como no médio, a sílaba tônica estava sempre na raiz silábica das palavras derivadas, enquanto que no inglês moderno, a sílaba tônica pode estar em quase qualquer sílaba de uma palavra.

Inglês Médio


O Middle English ou medieval se caracteriza pela fase compreendida entre o ano de 1150 a.C. ao ano de 1500 a.C. Nessa fase, temos o reinado da Dinastia Tudor, quando o inglês perdeu muitas de suas flexões nominais e verbais, e muitas palavras francesas foram incorporadas ao léxico. Esse processo resultou, principalmente, em um enriquecimento considerável de vocabulário. 

Lá pelo final do século 15, em decorrência de inúmeras disputas por poder e território, que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os do continente, o inglês começa a se consolidar como linguagem escrita, substituindo, dessa forma, o francês e o latim como língua oficial para documentos. Uma literatura nacional também começa a surgir. 

Com a introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes, novos vocábulos forma incorporados ao idioma inglês. Algumas palavras de origem germânica foram substituídas ou passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes. Exemplos:

Anglo-Saxão
Frances
Anglo-Saxão
Frances
Answser
Respond
Come
Arrive
Begin
Commence
End
Finish
Bill
Beak
Folk
People
Ghost
Phantom
house
mansion


Além da influência do francês sobre seu vocabulário, nessa época ocorreu também a gradual perda de declinações, por meio da neutralização e perda de vogais atônicas, em final de palavra. 

Durante o século XV e XVI aconteceu uma acentuada mudança na pronúncia das vogais. Praticamente todos os sons de vogais, inclusive ditongos, sofreram alterações e algumas consoantes deixaram de ser pronunciadas. Os sons vocálicos da língua inglesa antes do século XV eram bastante semelhantes ao das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do português de hoje. 

Pronúncia antes do século 15
Pronúncia moderna
Fine/fi:ne/
/fain/
Hus/hu:s/
House /haus/
To/to:/ semelhante a atual pronúncia de toe
/tu/

Inglês Moderno


O Modern English compreende o espaço entre o ano de 1500 até os dias atuais. Com base no dialeto falado na cidade de Londres, o centro político, social e econômico da Inglaterra, promovido pelo surgimento da imprensa, em 1475, e a criação de um sistema postal,41 anos mais tarde, foi uma fase de unificação e padronização da língua. 

A disponibilidade de materiais impressos também deu impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média. 

Houve também a disseminação de uma ortografia padronizada que, entretanto, não acompanhou as mudanças ocorridas na pronúncia, o que revela um caráter conservador da cultura inglesa. Temos a origem da atual falta de correlação entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. 

A partir de 1500 começa o período da expansão geográfica do inglês; primeiro nas regiões vizinhas da Cornuália, Gales, Escócia e Irlanda, onde substitui quase completamente o céltico e nas ilhas Shetlands e Órcadas substitui a língua descendente do Norueguês Antigo chamada norn. 

Atualmente, o inglês é a terceira maior língua em número de falantes nativos depois do chinês mandarim e do espanhol. Os falantes do inglês como segunda língua variam entre 470 milhões a mais de um bilhão, dependendo de como a alfabetização ou o domínio é definido e medido.

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO BRASIL


Para a sociedade atual a formação do aluno deve ter como finalidade principal a conquista de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias às áreas de atuação. 

É um grande desafio lecionar a disciplina de língua estrangeira nas escolas, pois conforme os PCN’S Língua Estrangeira (2002, p.38): 

“(...) o ensino de língua estrangeira não é visto como elemento importante da formação do aluno, como um direito que lhe deve ser assegurado. Ao contrário, frequentemente, essa disciplina não tem lugar privilegiado no currículo... tem status de simples atividade, sem caráter de promoção ou reprovação”. 

Além dessa situação, a disciplina enfrenta outros desafios, principalmente em instituições públicas de ensino fundamental e médio: falta de livros didáticos, indisponibilidade de impressoras e máquinas de xerox, salas de aula lotadas, com dificuldade de desenvolver as habilidades linguísticas: ler, escrever, ouvir e falar. 

O ensino da língua inglesa vai além da gramática, a própria natureza da linguagem exige que considere seu uso social. É importante incorporar o contexto de produção dos discursos e permitir a compreensão do seu uso. Segundo pesquisadores e professores, as atividades mais significativas são aquelas que criam em sala situações reais de comunicação, ou seja, os alunos têm de ser ativos diante do conhecimento. 

Quando o ensino aborda o vocabulário, sua gramática e função (cumprimentar, conversar, pedir informação), a língua e sua estrutura são entendidas como objeto de ensino, permitindo a compreensão do seu uso em sociedade. 

"Os pesquisadores estão ampliando o conceito de texto, inserindo nele outras unidades linguísticas, como fotografias, ilustrações, vídeos e obras de arte", diz Walkyria Monte Mór, da USP. Isso propõe novas habilidades de leitura que possibilita inter-relacionar textos, imagens, sons e movimentos. 

O trabalho com gêneros também possibilita o estudo de questões relacionadas à diversidade cultural e social. "Uma atividade com hip hop com uma turma que aprecia o estilo permite uma reflexão sobre diferentes realidades e modos de viver", diz Luiz Paulo da Moita Lopes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos autores dos PCNs. 

A língua estrangeira requer habilidades comunicativas, logo o conceito de mediação, centro do pensamento vygotskyano, que é a interação com outra pessoa ou colega, é um meio essencial de prosperar no aprendizado. Porém, as novas tecnologias em si não bastam: não adianta utilizar uma tecnologia nova com uma prática docente ultrapassada, deve-se alinhar a alfabetização tecnológica do professor à reformulação de sua própria docência. 

Todo professor deve ser um eterno aprendiz, pois sempre terão de enfrentar obstáculos, porém, haverá prosperidade a cada dia através de uma troca de experiências, professor-aluno e vice-versa. Deve-se, também, ser flexível, paciente ou crítico naquilo que se propõe a fazer. Esse mesmo compromisso professor deve assumir ao orientar seus alunos, deve acumular conhecimento de modo que venha atender às exigências que a vida poderá exigir futuramente.

 O SOCIOINTERACIONISMO  E O ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL


O sociointeracionismo é uma teoria de aprendizagem com o foco na interação. Segundo ela, a aprendizagem acontece em contextos históricos, sociais e culturais. Assim, o conhecimento real da criança é o ponto de partida para o conhecimento potencial.

No início do século XX, o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934) buscava reformular a psicologia por meio de uma abordagem que permitisse entender as relações entre os indivíduos, as suas funções psicológicas e seu contexto social. Suas pesquisas revolucionárias propõem uma situação de ensino-aprendizagem em que o aprendiz, por meio do seu convívio social e da interação com outras pessoas, é capaz de construir o seu conhecimento.

A metodologia sociointeracionista acredita que a vivência em sociedade é essencial para a transformação da criança. Assim, o conhecimento é construído e concretizado progressivamente. Nessa esfera o professor age como alguém que conduz a criança ao aprendizado. Seu papel é ativo em sala de aula – não como o detentor e o transmissor de conhecimentos, mas como mediador e estimulador da aprendizagem. Incentivar a curiosidade e a vontade de aprender são os principais desafios de uma escola sociointeracionista.
Portanto, o aluno aprende identificando-se, imitando, brincando, fazendo analogias, opondo-se, codificando e decodificando símbolos e seus significados, sempre em um ambiente social que preza a construção do conhecimento e que valoriza o seu próprio saber.

Os jovens – sejam eles brasileiros ou não – veem os mesmos filmes, escutam músicas de sucesso internacional, leem best-sellers e acessam ao mesmo tempo as páginas da internet. E fazem tudo isso usando, além da língua materna, o inglês (ou outra língua estrangeira). Por isso, o ensino de Língua Estrangeira vem se modificando e hoje busca, como principal objetivo, fazer com que os estudantes participem ativa e criticamente de um mundo sem fronteiras no que diz respeito ao acesso à informação.

As pesquisas mais recentes no ensino das disciplinas estão vinculadas à perspectiva sociointeracionista, defendida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Essa visão leva em conta as necessidades dos alunos: o professor deixa de ser o detentor de todo o conhecimento e passa a ser um mediador.

O sociointeracionismo critica a concepção de aprendizagem de abordagens e métodos que valorizam apenas as questões relativas à cognição e a comportamentos (métodos tradicionais), sem considerar o contexto social, a interação e a mediação. De acordo com essa perspectiva, a interação mediada pela linguagem sempre ocorre em um determinado lugar social e em um momento da história, e os professores têm de saber disso. Críticas a outras teorias de cunho tradicionalista aparecem também pela falta de preocupação com aspectos políticos, culturais e ideológicos que sempre estão associados à linguagem.

A própria natureza da linguagem exige que se considere seu uso social, e não apenas sua organização. Quando o ensino se resume a vocabulário, gramática, funções e questões ligadas ao conhecimento sistêmico, a própria língua e sua estrutura passam a ser entendidas como objeto de ensino. O importante é incorporar o contexto de produção dos discursos, permitindo a compreensão do uso que as pessoas fazem do idioma ao agir na sociedade.

É importante que o professor faça uso de diferentes recursos para ensinar as práticas sociais de leitura e escrita e participar delas. Para pesquisadores e formadores de professores, as atividades mais significativas são aquelas que criam em sala situações reais de comunicação. Também é interessante que os jovens produzam textos na língua estrangeira em foco. 

Ao estudar um segundo idioma, o aluno usa conhecimentos prévios de leitura e escrita e faz analogias com a língua materna. Isso significa que, ao participarem de uma atividade real, os alunos vão aprender os conteúdos linguísticos e também outros ligados à própria ação. Por exemplo, ao buscarem informação em um site em inglês, perceberão, além do vocabulário e da organização da frase, diversos conteúdos relacionados à pesquisa em si e ao assunto investigado.

Nota-se hoje, então, que muitas escolas, sejam elas de educação livre ou regular, pública ou privada, estão aderindo ao método sociointeracional para o ensino de línguas devido à necessidade de dar enfoque ao aluno que tem acesso irrestrito à informação e que almeja saber se comunicar em um mundo cada vez mais globalizado.

Metodologias mais comuns


A disciplina tem duas abordagens teóricas: a estruturalista (voltada ao ensino da forma, da gramática) e a enunciativa. Delas derivam as seguintes perspectivas e maneiras de ensinar presentes na sala de aula. 

Tradicional: Usada no século XVI no ensino do Grego e do Latim.
Foco: dominar a gramática normativa e a tradução literal.
Estratégias de ensino: trabalho com textos, em exercícios de tradução, e memorização de regras gramaticais e vocabulário, com o uso de ditados.

Direta: foi instituída como oficial no Brasil nas décadas de 1930 e 1940. Seu principal defensor, Antônio Carneiro Leão (1887-1966), publicou em 1935 o livro O Ensino de Línguas Vivas.
Foco: o estudante deve começar a pensar na outra língua, sem a traduzir, por meio do contato direto com o idioma.
Estratégias de ensino: exercícios de conversação com base em modelo de perguntas e respostas. Não se usa a língua materna, e a compreensão é feita por gestos, imagens, simulações. O processo de aprendizagem obedece à sequência de ouvir e falar, ler e escrever. As atividades são de compreensão de texto e gramática.

Audiolingual: surge nos anos 1950, influenciada pelo behaviorismo de BurrhusFrederic Skinner (1904-1990) e pelo estruturalismo de Ferdinand Saussure (1857-1913).
Foco: fazer o aluno adquirir o domínio do idioma de forma natural.
Estratégias de ensino: audição, repetição, memorização e exercícios orais de palavras e frases feitas para que o aprendizado se dê por meio de reflexos condicionados.

Sociointeracionista: começou a ser desenvolvida na década de 1970, com base no pensamento do psicólogo russo Lev Vygotsky. É também chamada de sociocultural. Não defende nenhum método específico.
Foco: aprender a língua nos contextos em que ela seja realmente utilizada.
Estratégias de ensino: criação de situações reais de uso do idioma, com atividades que envolvam comunicação entre as pessoas e a utilização de diversos gêneros textuais e orais e a reflexão sobre eles.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Neste trabalho abordou-se sobre a língua inglesa. Mostrou sua trajetória de evolução, dividida em três etapas fundamentais, que consistem em: Inglês Antigo (iniciando no ano de 450 e terminando em 1150), Inglês Médio (de 1150 a 1500) e Inglês Moderno (a partir de 1550) e observou-se a grande mudança ocorrida no idioma em todo seu percurso.

Relatou-se o grande desafio em lecionar língua estrangeira nas escolas brasileiras, pois, além de não ser vista com importância para a formação do aluno, enfrenta outros desafios como a falta de livros didáticos e salas de aula lotadas, dificultando o desenvolvimento das competências linguísticas: de ler, escrever, ouvir e falar.

Foram propostos alguns métodos para uma aula mais eficaz da língua inglesa, como: trabalhos relacionados à diversidade cultural e social.

Ao falar sobre o sociointeracionismo, abordou-se sobre a maneira com que, a partir dele, o conhecimento é construído e concretizado progressivamente.

E por fim, um breve relato de metodologias mais comuns (tradicional, direta, audiolingual e sociointeracionista), explicando sucintamente seu surgimento, seu foco e estratégias de ensino.

Esse trabalho contribuiu para o conhecimento de metodologias de ensino de língua inglesa nas escolas brasileiras, formas para abordagens da mesma em sala de aula – que foquem na assimilação do conteúdo e no aprendizado do aluno–assim como também, problemas/desafios ao se ensinar língua estrangeira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DA ROCHA, Maria. O Ensino de Língua Inglesa e as suas novas abordagens metodológicas. Disponível em: http://pt.slideshare.net/lourdesrocha7758/monongrafia-letras. Acesso em: 24/05/2016. 

GIMENEZ, TELMA. Perspectivas Educacionais e o Ensino de Inglês da Escola Pública. Pelotas: Educat. 241 p. 

POLATO, Amanda. Ensino da Língua Estrangeira vai além da grámatica. Polato. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-estrangeira/fundamentos/alem-gramatica-426788.shtml . Acesso em: 22/05/2016. 

ROCHA, C.H.; BASSO, E.A. Ensinar e Aprender Língua Estrangeira nas Diferentes Idades. São Carlos: Claraluz. 256 págs. 

SCHÜTZ, Ricardo. História da Língua Inglesa. Disponível em: http://www.sk.com.br/sk-enhis.html. Acesso em 14 de maio de 2016. 

VYGOTSKY, Lev. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes. 520p. 


terça-feira, 24 de maio de 2016

APS - Letramento Crítico e o Ensino de Língua Inglesa

Autores:
Cintia Lima dos Santos- B69JIJ-0 
Dayana Máris dos S. Vicente- B93IHI-0 
Jediel Ulisses- B86341-2 
Júlia Lessa- A77BJI-9 

Letramento Crítico e o Ensino de Língua Inglesa

INTRODUÇÃO 

Sabemos que a Língua Inglesa está constantemente presente em nossa vida, durante o dia podemos nos deparar com palavras como STOP, PLAY, WHATSAPP e muitas outras que foram incorporadas ao nosso idioma há muito tempo. O inglês é também o idioma mais ensinado como língua estrangeira ao redor do mundo e a principal língua de comunicação em vários domínios, como, por exemplo, a aviação, o intercâmbio científico e as novas tecnologias de informação e comunicação. O professor da Língua Inglesa tem um papel importante de mediador entre o aluno interessado em aprender gramaticalmente e oralmente o Inglês e todas as ferramentas de conhecimento disponíveis hoje em dia, principalmente com o uso da internet. Como mediador entre o idioma e o aluno, o professor pode fazer uso de vários recursos multimodais para elaborar suas aulas e assim auxiliar o aluno a desenvolver seu interesse pelo estudo da língua fazendo com que o mesmo assuma o papel de cidadão crítico. No entanto propõe-se com este estudo o conhecimento e utilização das ferramentas multimodais, para elaboração de aulas mais dinâmicas e que ajudem a desenvolver o pensamento crítico dos alunos. O objetivo deste trabalho é apresentar situações de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa.

LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA DA COMUNICAÇÃO 

 A língua inglesa tornou-se uma língua global como resultado de dois fatores principais: a extensão do poder colonial britânico e a hegemonia dos Estados Unidos como poder econômico no século XX. Para se impor como língua global, um idioma deve adquirir um papel especial reconhecido no mundo todo, esse papel é evidente nos países em que o inglês é falado como primeira língua por grandes contingentes da população: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e vários países caribenhos. O inglês tem estatuto de língua oficial em mais de setenta países, a maior parte dos quais tem em comum o fato de serem ex-colônias da Inglaterra, nesses locais, a língua inglesa é usada como meio de comunicação em um ou mais setores: na administração governamental, na educação, no sistema judiciário ou nos meios de comunicação de massa. O inglês é também o idioma mais ensinado como língua estrangeira ao redor do mundo e a principal língua de comunicação em vários domínios, como, por exemplo, a aviação, o intercâmbio científico e as novas tecnologias de informação e comunicação. Estima-se que na atualidade, um quarto da população mundial (mais de 1,5 bilhões de pessoas) possua algum conhecimento de inglês dos quais 500 milhões sejam altamente proficientes no uso do idioma. Dada a sua condição de língua global, não é de se admirar que o número de falantes não-nativos de inglês já tenha ultrapassado em muito o contingente daqueles que falam o idioma como primeira língua e que, no primeiro grupo, o número dos que aprendem o inglês como língua estrangeira tenda a se expandir, enquanto a língua for mantida em evidência. Pode-se considerar o sucesso internacional do inglês como resultado de séculos de exploração e opressão e entender que o poder sobre a língua continua nas mãos dos povos falantes nativos do idioma. Na direção inversa, é possível olhar para o inglês como língua verdadeiramente mundial, no sentido de idioma que se tornou um recurso a ser utilizado cultural e comercialmente por muitos grupos diversos, para além de diferenças nacionais. Alguns linguistas e linguistas aplicados defendem, ainda, uma resistência ideológica ao inglês, na direção de uma mudança de atitude que abandone a subserviência à língua ou a sua rejeição pura e simples, para reconhecer o caráter imperialista e ideológico que tem comandado a expansão dessa língua no mundo e saber dela se servir de modo estratégico.
Nesse sentido, alguns especialistas advogam mudanças no ensino do inglês como língua estrangeira, com o argumento de que os conteúdos devem refletir as necessidades de falantes não-nativos que usam a língua para se comunicar com outros estrangeiros. 

1.1 MULTIMODALIDADE 

Falar em multimodalidade não é somente falar em múltiplos modos de transmitir mensagem e conhecimento através de imagens, músicas e filmes. A multimodalidade também está na língua/linguagem, como afirma Kress e Van Leeuwen: Linguagem, por exemplo, é um modo semiótico porque pode se materializar em fala ou escrita, e a escrita é um modo semiótico também , porque pode se materializar como (uma mensagem) gravada em uma pedra, como caligrafia em um certificado, como impressão em um papel, e todos esses meios adicionam uma camada a mais de significado. Assim, todo texto pode ser multimodal, mesmo que só tenha texto escrito. Os simples destaques do título, os usos de diferentes tipos de letras, tamanho, e cor, tornam qualquer texto escrito multimodal. De acordo com Carey Jewitt, uma das maiores pesquisadores do estudo, Multimodalidade é uma abordagem interdisciplinar que entende a comunicação e a representação como envolvendo mais que a língua. Os estudos nesse campo têm se desenvolvido nas últimas décadas de modo a tratar sistematicamente de questões muito discutidas sobre as mudanças na sociedade, por exemplo, em relação às novas mídias e tecnologias. Abordagens multimodais têm proposto conceitos, métodos e perspectivas de trabalho para a coleção e análise de aspectos visuais, auditivos, corporificados e espaciais da interação e dos ambientes, bem como da relação entre os mesmos. Três pressupostos teóricos interconectados estão subjacentes à multimodalidade. Primeiro, a multimodalidade pressupõe que a representação e a comunicação sempre se baseiam em uma multiplicidade de modos, todos contribuindo para o significado. Ela se concentra na análise e descrição do repertório completo de recursos geradores de sentido usados pelas pessoas (recursos visuais, falados, gestuais, escritos, tridimensionais, entre outros, dependendo do domínio da representação) em diferentes contextos, e no desenvolvimento de meios que mostram como esses são organizados para gerar sentido. 
Em segundo lugar, a multimodalidade pressupõe que os recursos são socialmente modelados através do tempo para se tornarem geradores de sentido, os quais articulam os significados (sociais, individuais/afetivos) exigidos pelos requerimentos de diversas comunidades. Esses grupos organizados de recursos semióticos para geração de sentido são chamados de modos, os quais realizam tarefas comunicativas de modos diferentes – o que torna a escolha de modo um aspecto central da interação e do significado. À medida que grupos de recursos são usados na vida social de uma dada comunidade, mais completa e finamente articulados eles se tornarão. Para que algo “seja um modo” há necessidade de um senso cultural compartilhado em uma comunidade de recursos e como esses podem ser organizados para realizar significados. Finalmente, a multimodalidade pressupõe pessoas orquestrando o sentido através de uma seleção e configuração particular de modos, enfatizando a importância da interação entre modos. Portanto, todo ato comunicativo é modelado pelas normas e regras operando no momento de produção do signo, influenciado pelas motivações e interesses das pessoas em contextos sociais específicos. 

1.2 A TEORIA DO LETRAMENTO CRÍTICO 

O letramento crítico se relaciona com a consciência linguística como uma de suas vertentes, a consciência crítica também vê a língua como um fenômeno dinâmico, mas a consciência que busca não é a de conhecimento simplesmente, mas de um processo socialmente situado. Diferente das demais áreas da consciência linguística que questionam a prescrição e promovem a descrição da língua em uso, a consciência linguística crítica vê a noção de propriedade, em substituição a de correção apenas como uma forma de encobrir as razões para se usar uma determinada variedade e toma a situação como veículo para perpetuação de uma ideologia. Para ela o desenvolvimento de habilidades de comunicação não pode estar a serviço de necessidades econômicas, mas da subversão. Isso quer dizer que a reflexão e a metaconversa fomentadas no letramento crítico precisam ir muito além do linguístico para serem capazes de localizar o aluno com relação ao não-dito, ao não-implícito, mas ao silenciado, o publico que o texto serve e a ideologia que ele dissemina.
Atividades comunicativas poderiam facilmente incorporar o letramento crítico, se acrescentar a elas uma fase nova em que uma das etapas anteriores pudesse servir de insumo para a problematização essencial à crítica social. Ou seja, a metaconversa resultante da atividade comunicativa poderia servir tanto para o desenvolvimento da competência comunicativa quanto para o desenvolvimento da consciência crítica. Na prática então, sabe-se que a produção de significados de grande complexidade em uma língua estrangeira demandaria condições de aprendizagem que, em muito iriam se distanciar do cenário brasileiro atual, dizendo a respeito da escola regular. Com o intuito de conciliar o letramento crítico com as abordagens atuais para o ensino de uma língua estrangeira, como indicam as novas orientações curriculares para o ensino médio, podese apontar algumas possiblidades nessa direção, discutindo possíveis pontos de contato entre o ensino comunicativo e o letramento crítico. 

1.3 MÉTODOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA 

Sabemos que hoje o armazenamento do conhecimento não é mais prioridade na vida das pessoas, já que o temos à nossa disposição. A função do professor é contribuir para a formação do cidadão crítico agindo como mediador. Tendo como base a Teoria do Letramento Crítico, o objetivo é que os alunos apresentem situações de ensino-aprendizagem de língua inglesa de maneira a contribuir para a formação do cidadão crítico que vive neste mundo globalizado. Portanto, deve-se levar em consideração a língua inglesa como língua da comunicação e multimodalidade. A utilização da linguagem é inerente à interação humana. A cultura subjetiva, isto é, os valores e as normas culturais, determinam os diversos modos de interação entre um falante e um ouvinte. Tais valores e normas encontram-se presentes na competência comunicativa dos participantes, ao fazerem determinadas escolhas durante a interação social. A educação prepara o indivíduo para o exercício da cidadania plena, ajudando o a exercer seus direitos e deveres de todo cidadão consciente e crítico. Para que o homem exerça sua cidadania é preciso que ele domine a linguagem. Com as constantes mudanças, avanços tecnológicos e, principalmente, a globalização, a sociedade necessita, cada vez mais, de um preparo educacional maior e de melhor qualidade. Cabe ao professor, como mediador do ensino da língua inglesa, promover o desenvolvimento de habilidades que permitam ao aluno ser o precursor de seu processo de aprendizado. O aluno aprende a desenvolver sua autonomia e passa a ter consciência de seu cumprimento crítico e ativo no processo de aprendizagem, pois é isto que o diferenciará dos demais indivíduos: O domínio da linguagem, tanto materna quanto estrangeira, que se torna cada vez mais utilizada na comunicação mundial e multimodal. Os métodos de ensino utilizados em sala apresentam diferentes visões acerca do ensino da língua inglesa. Cada abordagem apresenta níveis, métodos e técnicas específicas: 

Método de Gramática-Tradução 

Foca-se apenas na forma da língua e não no significado das expressões. Consiste em possibilitar o acesso a textos literários e o domínio da gramática normativa. A língua é então construída como uma estrutura, na qual o importante é aprender as suas regras e formas. 

Método Direto 

O aprendizado de uma língua estrangeira ocorre por meio do contato direto com esta. Sendo assim, a língua materna passa a ser excluída da na sala de aula. 

Método Oral e Ensino da Língua Situacional ou “Drills” 

Se a língua é concebida como sendo um conjunto de estruturas relacionadas a situações, logo, esta abordagem consiste no tipo de hábito de aprendizagem. Um exemplo simples de se compreender é a aplicação de frases previamente prontas e relacionadas a diferentes situações e/ou contextos para que os alunos memorizem e repitam.

Método Áudio-Lingual 

Utiliza-se de diálogos e 'drills', onde os alunos são colocados em situações dialógicas de forma a ilustrar seu contexto e como as principais estruturas da língua podem ser aplicadas nessas situações. 

Abordagem Comunicativa 

Preocupa-se com o significado ao invés da forma da língua, tendo como suporte os materiais e tarefas levados à sala de aula. Esta abordagem vê o ensino da língua como propiciador do desenvolvimento da chamada "Competência Comunicativa". (RICHARDS e RODGERS, 1986). Todas as abordagens auxiliam o aluno a usar a Língua Inglesa o máximo possível e o professor o ajudará a desenvolver interesse pelo conteúdo a assumir seu papel de cidadão crítico e ativo, seja no âmbito escolar e/ou externo a ele.

CONCLUSÃO 

Neste trabalho abordamos como assunto, a Língua Inglesa e como ela se tornou um idioma global, os métodos multimodais de ensino-aprendizagem para despertar o interesse e a criticidade do aluno na aprendizagem de uma língua estrangeira. Concluímos que o professor tem um papel muito importante para o ensino do inglês, desde que ele faça uso de ferramentas que o apresentem como um mediador entre a língua estrangeira e o aluno e que também ele desperte nos educandos o pensamento crítico. Cumprimos todos os objetivos que tínhamos proposto, porque utilizamos como base de estudos, artigos científicos que foram pesquisados na internet. Este trabalho foi relevante para podermos perceber o quanto é importante o trabalho do professor no desenvolvimento do interesse do aluno em aprender uma língua estrangeira e também para se tornar um ser crítico perante a sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A importância do Letramento Crítico. Disponível em:https://prezi.com/nx70tvocxdj8/a-importancia-do-letramento-critico/ Acesso em: 08/05/2016 
Approaches and Methods in Language Teaching. Disponível em: https://Users/User/Downloads/approaches-and-methods-in-language-teaching2-paperback-frontmatter.pdf Acesso em: 28/04/2016. 
Letramento Crítico e Ensino Comunicativo. Disponível em: http://www.scielo.com.br/pdf/rbla/v10n1/08.pdf 
Multimodalidade: enfoque para o professor de ensino médio. Disponível em: http://www.letras.pucrio.br/unidades&nucleos/janeladeideias/biblioteca/B_Multimodalidade.pdf Acesso em: 26/04/2016. 
Multimodalidade e Leituras. Funcionamento cognitivo, recursos semióticos, convenções visuais. Disponível em: http://pibidletras.com.br/serie-experimentando-teorias/ET1-Multimodalidadese-Leituras.pdf Acesso em: 01/05/2016. 
O inglês na atualidade: uma língua global. Disponível em: http://www.labeurb.unicamp.br/elb2/pages/artigos/lerArtigo.lab?id=98 Acesso em: 26/04/2016. 
Blog da sala de Letras (Português/Inglês) do 6º e 7º período da Universidade Paulista. Disponível em: http://linguaportuguesamorfossintaxeeensino.blogspot.com.br/ Acesso em 25/05/ 2016.


segunda-feira, 23 de maio de 2016

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA: OS DESAFIOS EM SALA DE AULA

DÉBORA RIBEIRO - B70312-1
JORGE MARCOS - B63GFH-0
JULIANA CAETANO - B6108-9
PAMELA SOUSA - B70AJI-8
RODRIGO OLIVEIRA - B82826-9

         RESUMO
A pesquisa traz uma sucinta abordagem sobre o ensino da Língua Inglesa nas escolas públicas e particulares, apontando suas principais diferenças e os novos desafios encontrados pelos docentes em a sala de aula.
Palavras-chave: Ensino da Língua Inglesa; Desafios e diferenças; Atuação docente;


SUMMARY
The research provides a succinct approach to the teaching of English in public and private schools, pointing their main differences and new challenges faced by teachers in the classroom.
Keywords: English Language Teaching; Challenges and differences; teaching practice;


INTRODUÇÃO
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) na Seção IV das disponibilidades do Ensino Médio no Artigo 36 diz que será incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória decidida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo dentro das disponibilidades da instituição.
A Língua estrangeira adotada pelas instituições pública e privada de ensino é a Língua Inglesa, pois considera-se o Inglês como dialeto universal responsável por promover conexões econômicas( considera-se a Língua mais utilizada comercialmente ao redor do mundo), culturalmente (promovendo o contato com falantes de outras Línguas) e profissionalmente (as grandes empresas exigem a Língua Inglesa como principal instrumento de interação com pessoas influentes do mundo).
Segundo o PCN-LE (1998, p 54) “o ensino de uma língua estrangeira na escola tem um papel importante á medida que permite aos alunos entrar em contato com outras culturas, com modos diferentes de ver e interpretar a realidade.”
São evidentes que a maioria dos docentes encontram dificuldades no caminho da aprendizagem de uma nova Língua, muitos são os problemas, dentre eles estão: a falta de recursos didáticos, leituras por parte dos discentes através apenas da decodificação de informação presente nos textos e a falta de habilidades em manusear dicionários, vocabulário restrito e a escassez de concentração nas aulas. 
Nesta pesquisa iremos pontuar as principais dificuldades do ensino da Língua Inglesa nas escolas públicas e suas diferenças com as escolas da rede particular de ensino e as possíveis soluções encontradas no uso da tecnologia em sala de aula. 


      O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES

As escolas públicas ensinam a Língua Inglesa conforme o cronograma e mapa da aula instituída pelo governo através do material nomeado “Caderno do Aluno”, este material apresenta textos pequenos adaptados e questões sobre vocabulários e gramática, o tema quase sempre consiste no ensino do verbo “tobe”. Mesmo os docentes seguindo o mesmo padrão de ensino são permitidos incluir novas técnicas em suas aulas como vídeos e áudios.
Nas escolas particulares a Língua Inglesa não é vista apenas como uma aula extracurricular, mas como ementa essencial na vida acadêmica de seus discentes sendo que seu ensino engloba livros didáticos, laboratório oral e escrito da Língua Inglesa e a divulgação de intercâmbios promovendo o contato como falantes nativos.
Apesar da língua em estudo ser a mesma as vertentes são diferentes quando o assunto são sistemas de ensino, pois nas escolas públicas a verba é restrita e em uma sala de aula é possível encontrar em média 38 alunos, tornando difícil adequar o nível de Inglês e o tratamento individualizado de cada discente. 
Apesar de todas as dificuldades, existem muitos docentes que fazem a diferença e trazem métodos de ensino de outras escolas ou adaptam o conteúdo em grupos de estudo, onde alunos que apresentam maior desenvoltura com a língua estrangeira ajudam os outros colegas. Isso confirma o que Jean Piaget (1972) disse: “O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas.” 
Segundo Souza& Dias (2010), esses problemas podem ser amenizado com uma educação voltada aos interesses do aluno, que se preocupe em fazer com que o educando sinta prazer em estar na escola, que se empenhe em conquistar o conhecimento.
Por isso os professores devem utilizar de inovações em sala de aula, tudo para motivar os discentes em aprender uma nova língua, não basta apenas leitura e tradução, mas o uso de musicas, atividades diferenciadas por faixa etária e o uso da tecnologia esse instrumento que muitas vezes atrapalham as aulas pode transformar-se em aplicativo de aprendizagem.


     O USO DA LÍNGUA INGLESA E OS MÉTODOS DE ENSINO

Apesar de todos os artifícios para ensinar a língua Inglesa para os alunos, ainda assim alguns alunos acham desnecessária tal modalidade na escola, como mostra essa pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (2010):




Fonte: http.//www.scielo.com


Nesse gráfico é possível observar que apenas 70% dos entrevistados em uma escola da rede estadual conseguem compreender bem a língua inglesa e deste percentual apenas 50% fazem inglês em escolas de idiomas, pois admitem que o conteúdo que aprendem na grade curricular não é o bastante para falarem fluentemente e não sentem segurança linguística para escreverem ou ouvirem qualquer palavra em inglês.
Apesar de todas as dificuldades encontradas pelos alunos e pelos professores, são utilizados em sala de aula alguns sistemas de aprendizagem para facilitar a compreensão textual que é algo muito importante para entender a Língua Inglesa. São eles:

·        Skimming: ler um texto rápido só para ver as ideias principais
·        Scanning: procurar algo específico.
·        Reading for detail: ler um texto cuidadosamente

Com estes mecanismos de leitura é possível o aluno conduzir sua compreensão da língua estrangeira, sempre lendo de acordo com seu nível de língua inglesa. Segundo a Revista Educação (2013), os grandes objetivos das escolas regulares são o desenvolvimento de estratégias e habilidades para lidar com a língua estrangeira, por meio da oralidade e da leitura, e o exercício do pensamento crítico - ou seja, o professor deve trazer para a aula temas a partir dos quais o aluno perceba outras culturas e formas de pensar que não são do próprio país.
Os alunos nem sempre têm culpa de não aprender e tão pouco os professores que saem despreparados das universidades para a função e com os salários defasados, não conseguem pagar um  curso  de  aperfeiçoamento  em  língua estrangeira  nas  escolas particulares,  no  caso,  a  Língua  Inglesa.  ALMEIDA FILHO (1993) relata a  existência  de  muitas  implicações  no  processo  ensino  aprendizagem  de  línguas  e  que  a  formação  dos  professores  é  um  dos principais  problemas  que  inferem  na  defasagem  do  desenvolvimento  dos  alunos  no  trato  ensino  aprendizagem.
Mas apesar de todos os prós e contras em relação ao ensino da Língua seja em escolas públicas ou privadas, é importante fazer a diferença como docente e ter a paciência para enfrentar as dificuldades encontradas no cotidiano, e como disse Paulo Freire: “Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.

   O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO

O termo tecnologia tem sido usado com muita frequência em todos os setores, visto a rapidez com que as informações e todas as formas de conhecimento têm chegado até as pessoas.
Embora o uso da tecnologia em educação mostre um panorama de mudança e modernização é importante salientar que não devemos atribuir ao recurso tecnológico a função da escola, isto é, a função do aparato técnico e não deve ser a de ensinar, e sim a de criar condições de aprendizagem, mudando assim até a função do professor.
O MEC disponibiliza O Guia de Tecnologias Educacionais do Ministério da Educação que, no ano de 2010 foi ampliado para a inclusão de técnicas de ensino e aprendizagem das línguas inglesa e espanhola, dirigidas a educadores e estudantes do ensino fundamental e médio das redes públicas. As tecnologias devem contemplar o desenvolvimento de quatro habilidades: ler, escrever, falar e escutar.
Existe também a plataforma MOODLE (Modular Object Oriented Distance Learning) – é um meio de integração com outros professores da Rede Estadual de Ensino seu desenvolvimento é de forma colaborativa por uma comunidade virtual, a qual reúne programadores, designers, administradores, professores e usuários do mundo inteiro e está disponível em diversos idiomas.
O Moodle vem sendo usado para apoio de cursos presencias dos professores.  Estes podem enviar arquivos para uma grande quantidade de e mails de seus alunos, basta ter uma disciplina criada no moodle para “pendurar” lá os arquivos de texto que os alunos devem ler para o acompanhamento da matéria. É uma solução fácil, que não exige muito conhecimento técnico do professor e nem mesmo do aluno.
Enfim, o sistema de ensino está crescendo junto com a tecnologia para a maior participação dos alunos. Cabe aos professores maior interação com esses novos sistemas para que a tecnologia faça integralmente parte da sala de aula e fora dela.


  A ESCOLA INTERATIVA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.

O Programa Escola Interativa, um novo processo de aprendizagem que une tecnologia e pedagogia, será implantado em toda a rede municipal de ensino de São José dos Campos de forma gradual até o fim de 2016.
Cada sala de aula será equipada com os seguintes recursos tecnológicos: servidor, notebook do professor, tablet do aluno, projetor interativo integrado com os demais equipamentos e conteúdo virtual obtido por meio de acesso à internet, via wi-fi.O programa contempla a entrega de um tablet por aluno do 1º ao 9º ano, que terão conteúdos pedagógicos básicos instalados, estarão interligados via wi-fi e serão monitorados e integrados ao servidor da sala de aula e ao notebook do professor. O programa também contempla a inclusão da comunidade, permitindo o acesso das famílias às novas ferramentas tecnológicas para apoio e incentivo aos alunos.
Desta forma é possível aos professores da rede municipal desenvolver através do conteúdo didático digital aulas interativas de Língua Inglesa, levando o aluno a descobrir novos mundos e criar intertextualidade entre a vida cotidiana e o aprendizado da segunda língua.
Segundo o site oficial da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, a “Escola Interativa” permite ao professor programar uma aula já com perguntas para avaliar se os alunos entenderam o conteúdo passado. De forma simples, o professor pode usar os tabletes para aplicar testes de múltipla escolha, verdadeiro ou falso ou por preenchimento de lacunas. Ao encerrar o teste ele tem no mesmo instante a estatística completa de desempenho dos alunos e sabe, por exemplo, se precisa explicar novamente alguma parte da aula.
Este é mais exemplo de como a tecnologia pode influenciar o ensino de forma positiva, e contribuir na Língua estrangeira com a eficiência de apenas um toque acessar diversos conteúdos instrutivos e atividades de fixação.

Desta forma Caberá ao professor/mediador da aprendizagem, neste contexto virtual, o papel de auxiliar os educandos a produzir e a interpretar novas linguagens do mundo atual, fazendo com que a comunidade discursiva (virtual) propicie a aprendizagem colaborativa, criando espaço de disseminação da cultura e fazendo a integração social dos cidadãos.

    O USO DOS TABLETS NA SALA DE AULA: A EDUCAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DOS JORNAIS ELETRÔNICOS; O LETRAMENTO CRÍTICO.

Conforme foi dito nos itens anteriores, é preciso atentar-se ao ensino da Língua Inglesa não apenas como aula complementar no cotidiano acadêmico, mas como componente interdisciplinar que acarrete ao aluno características cognitivas critica através da educação continuada.
A internet, que antes era visto como inimigo em sala de aula, tornou-se um dos principais instrumentos do docente para conseguir unir o discente ao conteúdo programático das aulas de Inglês, não usam apenas o dicionário, mas também plataformas online disponibilizadas nos tabletes oferecidos aos alunos, possibilitando o uso didático funcional.
Cabe ao professor e ao futuro professor, incitar uma visão crítica de seus alunos, tornando-os seres pensantes, de opiniões e capazes de formar uma visão crítica do mundo, isto cabe também aos docentes de línguas estrangeiras.
Com a globalização e o avanço da tecnologia temos acesso a todos os tipos de notícias, com apenas um clique podemos saber o que está acontecendo no mundo inteiro. E trazendo isso para dias atuais, podemos trabalhar, por exemplo, a visão crítica dos alunos quanto à situação política atual de nosso país.
Vários veículos de informações estrangeiros estão noticiando a situação do cenário político brasileiro: CNN, NBC, The New York Times, Wall Street Journal (americanos) BBC, The Times, Financial Times, The guardian (ingleses) entre outros. Dessa maneira, os professores de línguas estrangeiras podem trabalhar a língua da maneira que, além dos alunos poderem aprendê-la, podem também ter uma visão crítica sobre atualidades, política e finanças.
Um exemplo de prática seria comparar notícias veiculadas por diferentes canais estrangeiros e formar uma opinião a respeito do assunto. Assim provocaremos os alunos a trabalhar não só a escrita e a interpretação de texto em inglês, como também os provocaremos a criar intertextos entre as diferentes notícias.








Com essas sugestões pensamos que será possível construir nas aulas de Língua Inglesa o ensino de forma critica e participativa entre alunos e professores, caracterizando uma aula atual, formando cidadãos que se interessarão por questões sociais, politicas, econômicas entre outras.   


CONCLUSÃO
Com esta sucinta pesquisa é possível desenvolver linhas de raciocínio sobre as formas de como desenvolver planos de aula de forma interativa e critica envolvendo a Língua Inglesa, e sendo possível sair do comodismo da interpretação textual escrita e criar a educação continuada através do intertexto entre imagem, som e figuras disponíveis através do uso da internet.
Mesmo que tablets não estejam disponíveis em determinadas escolas, existem as salas de informática que possibilitam a retirada dos alunos da sala de aula convencional e permite a utilização da internet como vínculo entre o conteúdo didático e a vida cotidiana.
Desta forma, a educação continuada nas aulas de Língua Inglesa consiste em trazer para o aluno aulas que não baseiam-se em traduções de textos ou “verbo to be”, mas em interpretações criticas e analises textuais de forma social, politica e econômica através da globalização das mídias online.

REFERÊNCIAS
____A Práxis na Criança. In.: Piaget. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
____Parâmetros Curriculares Nacionais(PCNS’s). http.// portal.inep.gov.br
Acesso em: 23/04/2016
____Sousa e Diaz. Os desafios do Ensino da Língua Inglesa. http.//www.uoleducação.com. Acesso em: 22/04/2016
_____Gráfico, tabela de pesquisada no site ds USP. http.:www.scielo.com
Acesso em: 22/04/2016
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