segunda-feira, 23 de maio de 2016

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA: OS DESAFIOS EM SALA DE AULA

DÉBORA RIBEIRO - B70312-1
JORGE MARCOS - B63GFH-0
JULIANA CAETANO - B6108-9
PAMELA SOUSA - B70AJI-8
RODRIGO OLIVEIRA - B82826-9

         RESUMO
A pesquisa traz uma sucinta abordagem sobre o ensino da Língua Inglesa nas escolas públicas e particulares, apontando suas principais diferenças e os novos desafios encontrados pelos docentes em a sala de aula.
Palavras-chave: Ensino da Língua Inglesa; Desafios e diferenças; Atuação docente;


SUMMARY
The research provides a succinct approach to the teaching of English in public and private schools, pointing their main differences and new challenges faced by teachers in the classroom.
Keywords: English Language Teaching; Challenges and differences; teaching practice;


INTRODUÇÃO
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) na Seção IV das disponibilidades do Ensino Médio no Artigo 36 diz que será incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória decidida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo dentro das disponibilidades da instituição.
A Língua estrangeira adotada pelas instituições pública e privada de ensino é a Língua Inglesa, pois considera-se o Inglês como dialeto universal responsável por promover conexões econômicas( considera-se a Língua mais utilizada comercialmente ao redor do mundo), culturalmente (promovendo o contato com falantes de outras Línguas) e profissionalmente (as grandes empresas exigem a Língua Inglesa como principal instrumento de interação com pessoas influentes do mundo).
Segundo o PCN-LE (1998, p 54) “o ensino de uma língua estrangeira na escola tem um papel importante á medida que permite aos alunos entrar em contato com outras culturas, com modos diferentes de ver e interpretar a realidade.”
São evidentes que a maioria dos docentes encontram dificuldades no caminho da aprendizagem de uma nova Língua, muitos são os problemas, dentre eles estão: a falta de recursos didáticos, leituras por parte dos discentes através apenas da decodificação de informação presente nos textos e a falta de habilidades em manusear dicionários, vocabulário restrito e a escassez de concentração nas aulas. 
Nesta pesquisa iremos pontuar as principais dificuldades do ensino da Língua Inglesa nas escolas públicas e suas diferenças com as escolas da rede particular de ensino e as possíveis soluções encontradas no uso da tecnologia em sala de aula. 


      O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES

As escolas públicas ensinam a Língua Inglesa conforme o cronograma e mapa da aula instituída pelo governo através do material nomeado “Caderno do Aluno”, este material apresenta textos pequenos adaptados e questões sobre vocabulários e gramática, o tema quase sempre consiste no ensino do verbo “tobe”. Mesmo os docentes seguindo o mesmo padrão de ensino são permitidos incluir novas técnicas em suas aulas como vídeos e áudios.
Nas escolas particulares a Língua Inglesa não é vista apenas como uma aula extracurricular, mas como ementa essencial na vida acadêmica de seus discentes sendo que seu ensino engloba livros didáticos, laboratório oral e escrito da Língua Inglesa e a divulgação de intercâmbios promovendo o contato como falantes nativos.
Apesar da língua em estudo ser a mesma as vertentes são diferentes quando o assunto são sistemas de ensino, pois nas escolas públicas a verba é restrita e em uma sala de aula é possível encontrar em média 38 alunos, tornando difícil adequar o nível de Inglês e o tratamento individualizado de cada discente. 
Apesar de todas as dificuldades, existem muitos docentes que fazem a diferença e trazem métodos de ensino de outras escolas ou adaptam o conteúdo em grupos de estudo, onde alunos que apresentam maior desenvoltura com a língua estrangeira ajudam os outros colegas. Isso confirma o que Jean Piaget (1972) disse: “O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas.” 
Segundo Souza& Dias (2010), esses problemas podem ser amenizado com uma educação voltada aos interesses do aluno, que se preocupe em fazer com que o educando sinta prazer em estar na escola, que se empenhe em conquistar o conhecimento.
Por isso os professores devem utilizar de inovações em sala de aula, tudo para motivar os discentes em aprender uma nova língua, não basta apenas leitura e tradução, mas o uso de musicas, atividades diferenciadas por faixa etária e o uso da tecnologia esse instrumento que muitas vezes atrapalham as aulas pode transformar-se em aplicativo de aprendizagem.


     O USO DA LÍNGUA INGLESA E OS MÉTODOS DE ENSINO

Apesar de todos os artifícios para ensinar a língua Inglesa para os alunos, ainda assim alguns alunos acham desnecessária tal modalidade na escola, como mostra essa pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (2010):




Fonte: http.//www.scielo.com


Nesse gráfico é possível observar que apenas 70% dos entrevistados em uma escola da rede estadual conseguem compreender bem a língua inglesa e deste percentual apenas 50% fazem inglês em escolas de idiomas, pois admitem que o conteúdo que aprendem na grade curricular não é o bastante para falarem fluentemente e não sentem segurança linguística para escreverem ou ouvirem qualquer palavra em inglês.
Apesar de todas as dificuldades encontradas pelos alunos e pelos professores, são utilizados em sala de aula alguns sistemas de aprendizagem para facilitar a compreensão textual que é algo muito importante para entender a Língua Inglesa. São eles:

·        Skimming: ler um texto rápido só para ver as ideias principais
·        Scanning: procurar algo específico.
·        Reading for detail: ler um texto cuidadosamente

Com estes mecanismos de leitura é possível o aluno conduzir sua compreensão da língua estrangeira, sempre lendo de acordo com seu nível de língua inglesa. Segundo a Revista Educação (2013), os grandes objetivos das escolas regulares são o desenvolvimento de estratégias e habilidades para lidar com a língua estrangeira, por meio da oralidade e da leitura, e o exercício do pensamento crítico - ou seja, o professor deve trazer para a aula temas a partir dos quais o aluno perceba outras culturas e formas de pensar que não são do próprio país.
Os alunos nem sempre têm culpa de não aprender e tão pouco os professores que saem despreparados das universidades para a função e com os salários defasados, não conseguem pagar um  curso  de  aperfeiçoamento  em  língua estrangeira  nas  escolas particulares,  no  caso,  a  Língua  Inglesa.  ALMEIDA FILHO (1993) relata a  existência  de  muitas  implicações  no  processo  ensino  aprendizagem  de  línguas  e  que  a  formação  dos  professores  é  um  dos principais  problemas  que  inferem  na  defasagem  do  desenvolvimento  dos  alunos  no  trato  ensino  aprendizagem.
Mas apesar de todos os prós e contras em relação ao ensino da Língua seja em escolas públicas ou privadas, é importante fazer a diferença como docente e ter a paciência para enfrentar as dificuldades encontradas no cotidiano, e como disse Paulo Freire: “Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.

   O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO

O termo tecnologia tem sido usado com muita frequência em todos os setores, visto a rapidez com que as informações e todas as formas de conhecimento têm chegado até as pessoas.
Embora o uso da tecnologia em educação mostre um panorama de mudança e modernização é importante salientar que não devemos atribuir ao recurso tecnológico a função da escola, isto é, a função do aparato técnico e não deve ser a de ensinar, e sim a de criar condições de aprendizagem, mudando assim até a função do professor.
O MEC disponibiliza O Guia de Tecnologias Educacionais do Ministério da Educação que, no ano de 2010 foi ampliado para a inclusão de técnicas de ensino e aprendizagem das línguas inglesa e espanhola, dirigidas a educadores e estudantes do ensino fundamental e médio das redes públicas. As tecnologias devem contemplar o desenvolvimento de quatro habilidades: ler, escrever, falar e escutar.
Existe também a plataforma MOODLE (Modular Object Oriented Distance Learning) – é um meio de integração com outros professores da Rede Estadual de Ensino seu desenvolvimento é de forma colaborativa por uma comunidade virtual, a qual reúne programadores, designers, administradores, professores e usuários do mundo inteiro e está disponível em diversos idiomas.
O Moodle vem sendo usado para apoio de cursos presencias dos professores.  Estes podem enviar arquivos para uma grande quantidade de e mails de seus alunos, basta ter uma disciplina criada no moodle para “pendurar” lá os arquivos de texto que os alunos devem ler para o acompanhamento da matéria. É uma solução fácil, que não exige muito conhecimento técnico do professor e nem mesmo do aluno.
Enfim, o sistema de ensino está crescendo junto com a tecnologia para a maior participação dos alunos. Cabe aos professores maior interação com esses novos sistemas para que a tecnologia faça integralmente parte da sala de aula e fora dela.


  A ESCOLA INTERATIVA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.

O Programa Escola Interativa, um novo processo de aprendizagem que une tecnologia e pedagogia, será implantado em toda a rede municipal de ensino de São José dos Campos de forma gradual até o fim de 2016.
Cada sala de aula será equipada com os seguintes recursos tecnológicos: servidor, notebook do professor, tablet do aluno, projetor interativo integrado com os demais equipamentos e conteúdo virtual obtido por meio de acesso à internet, via wi-fi.O programa contempla a entrega de um tablet por aluno do 1º ao 9º ano, que terão conteúdos pedagógicos básicos instalados, estarão interligados via wi-fi e serão monitorados e integrados ao servidor da sala de aula e ao notebook do professor. O programa também contempla a inclusão da comunidade, permitindo o acesso das famílias às novas ferramentas tecnológicas para apoio e incentivo aos alunos.
Desta forma é possível aos professores da rede municipal desenvolver através do conteúdo didático digital aulas interativas de Língua Inglesa, levando o aluno a descobrir novos mundos e criar intertextualidade entre a vida cotidiana e o aprendizado da segunda língua.
Segundo o site oficial da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, a “Escola Interativa” permite ao professor programar uma aula já com perguntas para avaliar se os alunos entenderam o conteúdo passado. De forma simples, o professor pode usar os tabletes para aplicar testes de múltipla escolha, verdadeiro ou falso ou por preenchimento de lacunas. Ao encerrar o teste ele tem no mesmo instante a estatística completa de desempenho dos alunos e sabe, por exemplo, se precisa explicar novamente alguma parte da aula.
Este é mais exemplo de como a tecnologia pode influenciar o ensino de forma positiva, e contribuir na Língua estrangeira com a eficiência de apenas um toque acessar diversos conteúdos instrutivos e atividades de fixação.

Desta forma Caberá ao professor/mediador da aprendizagem, neste contexto virtual, o papel de auxiliar os educandos a produzir e a interpretar novas linguagens do mundo atual, fazendo com que a comunidade discursiva (virtual) propicie a aprendizagem colaborativa, criando espaço de disseminação da cultura e fazendo a integração social dos cidadãos.

    O USO DOS TABLETS NA SALA DE AULA: A EDUCAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DOS JORNAIS ELETRÔNICOS; O LETRAMENTO CRÍTICO.

Conforme foi dito nos itens anteriores, é preciso atentar-se ao ensino da Língua Inglesa não apenas como aula complementar no cotidiano acadêmico, mas como componente interdisciplinar que acarrete ao aluno características cognitivas critica através da educação continuada.
A internet, que antes era visto como inimigo em sala de aula, tornou-se um dos principais instrumentos do docente para conseguir unir o discente ao conteúdo programático das aulas de Inglês, não usam apenas o dicionário, mas também plataformas online disponibilizadas nos tabletes oferecidos aos alunos, possibilitando o uso didático funcional.
Cabe ao professor e ao futuro professor, incitar uma visão crítica de seus alunos, tornando-os seres pensantes, de opiniões e capazes de formar uma visão crítica do mundo, isto cabe também aos docentes de línguas estrangeiras.
Com a globalização e o avanço da tecnologia temos acesso a todos os tipos de notícias, com apenas um clique podemos saber o que está acontecendo no mundo inteiro. E trazendo isso para dias atuais, podemos trabalhar, por exemplo, a visão crítica dos alunos quanto à situação política atual de nosso país.
Vários veículos de informações estrangeiros estão noticiando a situação do cenário político brasileiro: CNN, NBC, The New York Times, Wall Street Journal (americanos) BBC, The Times, Financial Times, The guardian (ingleses) entre outros. Dessa maneira, os professores de línguas estrangeiras podem trabalhar a língua da maneira que, além dos alunos poderem aprendê-la, podem também ter uma visão crítica sobre atualidades, política e finanças.
Um exemplo de prática seria comparar notícias veiculadas por diferentes canais estrangeiros e formar uma opinião a respeito do assunto. Assim provocaremos os alunos a trabalhar não só a escrita e a interpretação de texto em inglês, como também os provocaremos a criar intertextos entre as diferentes notícias.








Com essas sugestões pensamos que será possível construir nas aulas de Língua Inglesa o ensino de forma critica e participativa entre alunos e professores, caracterizando uma aula atual, formando cidadãos que se interessarão por questões sociais, politicas, econômicas entre outras.   


CONCLUSÃO
Com esta sucinta pesquisa é possível desenvolver linhas de raciocínio sobre as formas de como desenvolver planos de aula de forma interativa e critica envolvendo a Língua Inglesa, e sendo possível sair do comodismo da interpretação textual escrita e criar a educação continuada através do intertexto entre imagem, som e figuras disponíveis através do uso da internet.
Mesmo que tablets não estejam disponíveis em determinadas escolas, existem as salas de informática que possibilitam a retirada dos alunos da sala de aula convencional e permite a utilização da internet como vínculo entre o conteúdo didático e a vida cotidiana.
Desta forma, a educação continuada nas aulas de Língua Inglesa consiste em trazer para o aluno aulas que não baseiam-se em traduções de textos ou “verbo to be”, mas em interpretações criticas e analises textuais de forma social, politica e econômica através da globalização das mídias online.

REFERÊNCIAS
____A Práxis na Criança. In.: Piaget. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
____Parâmetros Curriculares Nacionais(PCNS’s). http.// portal.inep.gov.br
Acesso em: 23/04/2016
____Sousa e Diaz. Os desafios do Ensino da Língua Inglesa. http.//www.uoleducação.com. Acesso em: 22/04/2016
_____Gráfico, tabela de pesquisada no site ds USP. http.:www.scielo.com
Acesso em: 22/04/2016
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