DÉBORA RIBEIRO - B70312-1
JORGE MARCOS - B63GFH-0
JULIANA CAETANO - B6108-9
PAMELA SOUSA - B70AJI-8
RODRIGO OLIVEIRA - B82826-9
RESUMO
A pesquisa traz uma sucinta abordagem sobre o ensino
da Língua Inglesa nas escolas públicas e particulares, apontando suas
principais diferenças e os novos desafios encontrados pelos docentes em a sala
de aula.
Palavras-chave:
Ensino da Língua Inglesa; Desafios e diferenças; Atuação docente;
SUMMARY
The research
provides a succinct approach to the teaching of English in public and private
schools, pointing their main differences and new challenges faced by teachers
in the classroom.
Keywords: English Language Teaching; Challenges and differences; teaching
practice;
INTRODUÇÃO
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação) na Seção IV das disponibilidades do Ensino Médio no Artigo
36 diz que será incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina
obrigatória decidida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter
optativo dentro das disponibilidades da instituição.
A Língua estrangeira adotada pelas
instituições pública e privada de ensino é a Língua Inglesa, pois considera-se
o Inglês como dialeto universal responsável por promover conexões econômicas(
considera-se a Língua mais utilizada comercialmente ao redor do mundo),
culturalmente (promovendo o contato com falantes de outras Línguas) e
profissionalmente (as grandes empresas exigem a Língua Inglesa como principal
instrumento de interação com pessoas influentes do mundo).
Segundo o PCN-LE (1998, p 54) “o
ensino de uma língua estrangeira na escola tem um papel importante á medida que
permite aos alunos entrar em contato com outras culturas, com modos diferentes
de ver e interpretar a realidade.”
São evidentes que a maioria dos
docentes encontram dificuldades no caminho da aprendizagem de uma nova Língua,
muitos são os problemas, dentre eles estão: a falta de recursos didáticos,
leituras por parte dos discentes através apenas da decodificação de informação
presente nos textos e a falta de habilidades em manusear dicionários,
vocabulário restrito e a escassez de concentração nas aulas.
Nesta pesquisa iremos pontuar as
principais dificuldades do ensino da Língua Inglesa nas escolas públicas e suas
diferenças com as escolas da rede particular de ensino e as possíveis soluções
encontradas no uso da tecnologia em sala de aula.
O
ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES
As
escolas públicas ensinam a Língua Inglesa conforme o cronograma e mapa da aula
instituída pelo governo através do material nomeado “Caderno do Aluno”, este
material apresenta textos pequenos adaptados e questões sobre vocabulários e
gramática, o tema quase sempre consiste no ensino do verbo “tobe”. Mesmo os docentes seguindo o
mesmo padrão de ensino são permitidos incluir novas técnicas em suas aulas como
vídeos e áudios.
Nas
escolas particulares a Língua Inglesa não é vista apenas como uma aula
extracurricular, mas como ementa essencial na vida acadêmica de seus discentes
sendo que seu ensino engloba livros didáticos, laboratório oral e escrito da
Língua Inglesa e a divulgação de intercâmbios promovendo o contato como
falantes nativos.
Apesar
da língua em estudo ser a mesma as vertentes são diferentes quando o assunto
são sistemas de ensino, pois nas escolas públicas a verba é restrita e em uma
sala de aula é possível encontrar em média 38 alunos, tornando difícil adequar
o nível de Inglês e o tratamento individualizado de cada discente.
Apesar
de todas as dificuldades, existem muitos docentes que fazem a diferença e
trazem métodos de ensino de outras escolas ou adaptam o conteúdo em grupos de
estudo, onde alunos que apresentam maior desenvoltura com a língua estrangeira
ajudam os outros colegas. Isso confirma o que Jean Piaget (1972) disse: “O
professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria
situações-problemas.”
Segundo
Souza& Dias (2010), esses problemas podem ser amenizado com uma educação
voltada aos interesses do aluno, que se preocupe em fazer com que o educando
sinta prazer em estar na escola, que se empenhe em conquistar o conhecimento.
Por
isso os professores devem utilizar de inovações em sala de aula, tudo para
motivar os discentes em aprender uma nova língua, não basta apenas leitura e
tradução, mas o uso de musicas, atividades diferenciadas por faixa etária e o
uso da tecnologia esse instrumento que muitas vezes atrapalham as aulas pode
transformar-se em aplicativo de aprendizagem.
O
USO DA LÍNGUA INGLESA E OS MÉTODOS DE ENSINO
Apesar
de todos os artifícios para ensinar a língua Inglesa para os alunos, ainda
assim alguns alunos acham desnecessária tal modalidade na escola, como mostra
essa pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (2010):
Fonte:
http.//www.scielo.com
Nesse
gráfico é possível observar que apenas 70% dos entrevistados em uma escola da
rede estadual conseguem compreender bem a língua inglesa e deste percentual
apenas 50% fazem inglês em escolas de idiomas, pois admitem que o conteúdo que
aprendem na grade curricular não é o bastante para falarem fluentemente e não
sentem segurança linguística para escreverem ou ouvirem qualquer palavra em
inglês.
Apesar
de todas as dificuldades encontradas pelos alunos e pelos professores, são utilizados
em sala de aula alguns sistemas de aprendizagem para facilitar a compreensão
textual que é algo muito importante para entender a Língua Inglesa. São eles:
·
Skimming:
ler
um texto rápido só para ver as ideias principais
·
Scanning:
procurar algo específico.
·
Reading
for detail: ler um texto cuidadosamente
Com
estes mecanismos de leitura é possível o aluno conduzir sua compreensão da
língua estrangeira, sempre lendo de acordo com seu nível de língua inglesa.
Segundo a Revista Educação (2013), os grandes objetivos das escolas regulares
são o desenvolvimento de estratégias e habilidades para lidar com a língua
estrangeira, por meio da oralidade e da leitura, e o exercício do pensamento
crítico - ou seja, o professor deve trazer para a aula temas a partir dos quais
o aluno perceba outras culturas e formas de pensar que não são do próprio país.
Os
alunos nem sempre têm culpa de não aprender e tão pouco os professores que saem
despreparados das universidades para a função e com os salários defasados, não
conseguem pagar um curso de
aperfeiçoamento em língua estrangeira nas
escolas particulares, no caso,
a Língua Inglesa.
ALMEIDA FILHO (1993) relata a
existência de muitas
implicações no processo
ensino aprendizagem de
línguas e que
a formação dos
professores é um dos
principais problemas que
inferem na defasagem
do desenvolvimento dos
alunos no trato
ensino aprendizagem.
Mas
apesar de todos os prós e contras em relação ao ensino da Língua seja em
escolas públicas ou privadas, é importante fazer a diferença como docente e ter
a paciência para enfrentar as dificuldades encontradas no cotidiano, e como
disse Paulo Freire: “Continuo buscando,
re-procurando. Ensino porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para
conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.
O
USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO
O termo tecnologia tem sido usado
com muita frequência em todos os setores, visto a rapidez com que as
informações e todas as formas de conhecimento têm chegado até as pessoas.
Embora o uso da tecnologia em
educação mostre um panorama de mudança e modernização é importante salientar
que não devemos atribuir ao recurso tecnológico a função da escola, isto é, a
função do aparato técnico e não deve ser a de ensinar, e sim a de criar
condições de aprendizagem, mudando assim até a função do professor.
O MEC disponibiliza O Guia de Tecnologias
Educacionais do Ministério
da Educação que, no ano de 2010 foi ampliado para a inclusão de técnicas de
ensino e aprendizagem das línguas inglesa e espanhola, dirigidas a educadores e
estudantes do ensino fundamental e médio das redes públicas. As tecnologias
devem contemplar o desenvolvimento de quatro habilidades: ler, escrever, falar
e escutar.
Existe também a plataforma MOODLE
(Modular Object Oriented Distance Learning) – é um meio de integração com
outros professores da Rede Estadual de Ensino seu
desenvolvimento é de forma colaborativa por uma comunidade virtual, a qual
reúne programadores, designers, administradores, professores e usuários do
mundo inteiro e está disponível em diversos idiomas.
O Moodle vem sendo usado para apoio de cursos presencias dos professores. Estes
podem enviar arquivos para uma grande quantidade
de e mails de seus alunos, basta ter uma disciplina criada no moodle para
“pendurar” lá os arquivos de texto que os alunos devem ler para o
acompanhamento da matéria. É uma solução fácil, que não exige muito
conhecimento técnico do professor e nem mesmo do aluno.
Enfim, o sistema de ensino está crescendo junto com a tecnologia
para a maior participação dos alunos. Cabe aos professores maior interação com esses novos sistemas para que a
tecnologia faça integralmente parte da sala de aula e fora dela.
A
ESCOLA INTERATIVA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.
O Programa
Escola Interativa, um novo processo de aprendizagem que une tecnologia e
pedagogia, será implantado em toda a rede municipal de ensino de São José dos
Campos de forma gradual até o fim de 2016.
Cada sala de
aula será equipada com os seguintes recursos tecnológicos: servidor, notebook
do professor, tablet do aluno, projetor interativo integrado com os demais
equipamentos e conteúdo virtual obtido por meio de acesso à internet, via
wi-fi.O programa contempla a entrega de um tablet por aluno do 1º ao 9º ano,
que terão conteúdos pedagógicos básicos instalados, estarão interligados via
wi-fi e serão monitorados e integrados ao servidor da sala de aula e ao
notebook do professor. O programa também contempla a inclusão da comunidade,
permitindo o acesso das famílias às novas ferramentas tecnológicas para apoio e
incentivo aos alunos.
Desta forma é
possível aos professores da rede municipal desenvolver através do conteúdo
didático digital aulas interativas de Língua Inglesa, levando o aluno a
descobrir novos mundos e criar intertextualidade entre a vida cotidiana e o
aprendizado da segunda língua.
Segundo o site
oficial da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, a “Escola Interativa” permite
ao professor programar uma aula já com perguntas para avaliar se os alunos
entenderam o conteúdo passado. De forma simples, o professor pode usar os
tabletes para aplicar testes de múltipla escolha, verdadeiro ou falso ou por
preenchimento de lacunas. Ao encerrar o teste ele tem no mesmo instante a
estatística completa de desempenho dos alunos e sabe, por exemplo, se precisa
explicar novamente alguma parte da aula.
Este é mais
exemplo de como a tecnologia pode influenciar o ensino de forma positiva, e
contribuir na Língua estrangeira com a eficiência de apenas um toque acessar
diversos conteúdos instrutivos e atividades de fixação.
Desta forma
Caberá ao professor/mediador da aprendizagem, neste contexto virtual, o papel
de auxiliar os educandos a produzir e a interpretar novas linguagens do mundo
atual, fazendo com que a comunidade discursiva (virtual) propicie a
aprendizagem colaborativa, criando espaço de disseminação da cultura e fazendo
a integração social dos cidadãos.
O USO DOS TABLETS NA SALA DE AULA:
A EDUCAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DOS JORNAIS ELETRÔNICOS; O LETRAMENTO CRÍTICO.
Conforme foi dito nos itens anteriores, é preciso
atentar-se ao ensino da Língua Inglesa não apenas como aula complementar no
cotidiano acadêmico, mas como componente interdisciplinar que acarrete ao aluno
características cognitivas critica através da educação continuada.
A internet, que antes era visto como inimigo em sala
de aula, tornou-se um dos principais instrumentos do docente para conseguir
unir o discente ao conteúdo programático das aulas de Inglês, não usam apenas o
dicionário, mas também plataformas online disponibilizadas nos tabletes
oferecidos aos alunos, possibilitando o uso didático funcional.
Cabe ao professor e ao
futuro professor, incitar uma visão crítica de seus alunos, tornando-os seres
pensantes, de opiniões e capazes de formar uma visão crítica do mundo, isto
cabe também aos docentes de línguas estrangeiras.
Com a
globalização e o avanço da tecnologia temos acesso a todos os tipos de
notícias, com apenas um clique podemos saber o que está acontecendo no mundo
inteiro. E trazendo isso para dias atuais, podemos trabalhar, por exemplo, a
visão crítica dos alunos quanto à situação política atual de nosso país.
Vários veículos
de informações estrangeiros estão noticiando a situação do cenário político
brasileiro: CNN, NBC, The New York Times, Wall Street Journal (americanos) BBC,
The Times, Financial Times, The guardian (ingleses) entre outros. Dessa
maneira, os professores de línguas estrangeiras podem trabalhar a língua da
maneira que, além dos alunos poderem aprendê-la, podem também ter uma visão crítica sobre atualidades, política e finanças.
Um exemplo de
prática seria comparar notícias veiculadas por diferentes canais estrangeiros e
formar uma opinião a respeito do assunto. Assim provocaremos os alunos a
trabalhar não só a escrita e a interpretação de texto em inglês, como também os
provocaremos a criar intertextos entre as diferentes notícias.
Com
essas sugestões pensamos que será possível construir nas aulas de Língua
Inglesa o ensino de forma critica e participativa entre alunos e professores,
caracterizando uma aula atual, formando cidadãos que se interessarão por
questões sociais, politicas, econômicas entre outras.
CONCLUSÃO
Com esta sucinta pesquisa é
possível desenvolver linhas de raciocínio sobre as formas de como desenvolver
planos de aula de forma interativa e critica envolvendo a Língua Inglesa, e
sendo possível sair do comodismo da interpretação textual escrita e criar a educação
continuada através do intertexto entre imagem, som e figuras disponíveis
através do uso da internet.
Mesmo que tablets não estejam
disponíveis em determinadas escolas, existem as salas de informática que
possibilitam a retirada dos alunos da sala de aula convencional e permite a
utilização da internet como vínculo entre o conteúdo didático e a vida
cotidiana.
Desta forma, a educação continuada
nas aulas de Língua Inglesa consiste em trazer para o aluno aulas que não
baseiam-se em traduções de textos ou “verbo to be”, mas em interpretações
criticas e analises textuais de forma social, politica e econômica através da
globalização das mídias online.
REFERÊNCIAS
____A Práxis na Criança.
In.: Piaget. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
____Parâmetros
Curriculares Nacionais(PCNS’s). http.// portal.inep.gov.br
Acesso em: 23/04/2016
____Sousa e
Diaz. Os desafios do Ensino da Língua Inglesa. http.//www.uoleducação.com.
Acesso em: 22/04/2016
_____Gráfico, tabela de pesquisada no site ds USP.
http.:www.scielo.com
Acesso em: 22/04/2016
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