Nas últimas décadas, a
preocupação com a disseminação e a democratização do acesso à educação para
atender a grande massa de educandos, evidenciou a importância da educação a
distância, realizada a princípio por meio de correspondência, posteriormente
através do uso de meios de comunicação como o rádio e a televisão associados a
materiais impressos enviados pelo correio. O advento das tecnologias de
informação e comunicação trouxe novas perspectivas para a educação a distância,
levando universidades, escolas, centros de ensino, organizações empresariais e
grupos de profissionais de educação, design e hipermídia a se dedicarem
ao desenvolvimento de cursos a distância com suporte em ambientes digitais de
aprendizagem acessados via internet, os quais assumem distintas abordagens.
Este artigo discute as abordagens usuais da educação a distância, destacando o
uso crescente das TIC para o desenvolvimento de um processo educacional
interativo que incita a evolução de competências de leitura e escrita para
enfrentar situações do cotidiano e conseqüentemente a inclusão digital.
A EaD
CHEGA AO BRASIL
No Brasil, a
metodologia EaD chegou na década de 1904, depois que países como Inglaterra,
Alemanha e os Estados Unidos já terem adotado com sucesso a modalidade de
ensino por correspondência. Nos anos que se seguiram a EaD alcançou notáveis
avanços com a introdução de tecnologias como às emissoras de educação rural, as
rádios educativas e nos últimos anos com o advento do telefone, cinema,
televisão e mais recentemente a rede mundial de computadores (internet).
A expansão da
EaD no Brasil se deu graças a uma legislação surgida nos anos 1960, com a promulgação
do Código Brasileiro de Comunicações em 1967, através do Decreto Lei nº.
236/67, e nos idos de 1970, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB,
a conhecida Lei nº. 5.692/71, que possibilitou que o ensino supletivo fosse
ministrado utilizando-se da tecnologia do rádio, da televisão e através da
correspondência, como também via outros meios de comunicação.
Muitas foram
às tentativas de emplacar a EaD. Mais recentemente, tivemos a criação das
Universidades Abertas, regulamentadas pelo Congresso Nacional, mas que
fracassaram diante das dificuldades do primeiro momento. Nos anos 1996, a nova
LDB, Lei nº. 9.394/96 contemplou novos avanços a EaD, estabelecendo a
regulamentação da modalidade de Educação a Distancia oferecidas por
instituições federais e credenciadas, dando tratamento diferenciado nos
sistemas de comunicação privados e a “concessão de canais de televisão com
finalidades exclusivamente educativas”.
A
PRÁTICA DA EAD
A modalidade
de Educação a Distancia é uma prática onde o processo é focado por vezes no
professor e outras vezes no aluno, como também nas tecnologias que são
utilizadas em etapas sucessivas no desenvolvimento das atividades didáticas.
Segundo o Profº. Moran, “Educação a Distancia é o processo de
ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão
separados espacial e/ou temporariamente”. É necessário compreender que a
prática da EaD pode ser mais adequada quando ao individuo que já tenham a
experiência de aprendizagem individualizada, pois que é um processo de educação
continuada, e já acontece nos cursos de graduação, pós-graduação e em algumas
escolas nos ensinos fundamental e médio.
As novas
tecnologias podem ser usadas na modalidade de Educação a Distancia de
diferentes maneiras, e possa trazer soluções eficazes em projetos que envolvem
a participação ativa dos alunos, na produção conjunta de textos e no
desenvolvimento de atividades comuns a prática educacional. O fundamental
nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para chegar até
as informações que são úteis no crescimento e em projetos de estudo,
desenvolvendo a criatividade, e senso crítico.
Nesta
perspectiva, as políticas para o desenvolvimento da EaD devem ser centralizadas
nos seres humanos, conforme suas necessidades e dentro de um contexto de
direitos humanos e justiça social. Os países em desenvolvimento e os atores
sociais deveriam ter um papel-chave na orientação do tal processo e das
decisões.
O
INDIVIDUO APRENDIZ
É inegável que
as novas tecnologias são muito importantes no desencadeamento de novas
informações, pois vivemos numa sociedade informatizada, onde o uso da
informação é de forma rápida e dinâmica e o individuo necessita e muito desta
ferramenta.
O individuo
que souber utilizar as novas tecnologias como apoio as atividades de
aprendizagem poderá ter uma solução eficaz na produção de texto e projetos que
serão desenvolvidos, interagindo com o meio nas suas tarefas diárias, dessa
forma, poderá o educando acabar com a distancia que existe entre ele e a
informação necessária a sua formação intelectual, social e psicológica.
Percebemos a
utilização de alguns instrumentos nas atividades de conhecimento como:
multimídias, Pc`s, Tv´s, rádio, jornais, revistas, outdoors entre outros que,
favorecem e permitem que os indivíduos vejam de forma prática, aquilo que é
necessária a construção do conhecimento e propiciam também compreender os
significados, das teorias por meio de programas de rádio, matérias de jornais e
na televisão, informações que ajudam na construção de seus novos conceitos
sobre os conhecimentos previamente adquiridos.
A utilização
do cinema tem tido de fundamental importância, na colaboração da difusão dos
conhecimentos, como vimos nos filmes, “A guerra do fogo” onde observamos as
grandes mudanças que ocorreram com um grupo de indivíduos nos campos sociais e
tecnológicos, as suas experiências com outros grupos semelhantes. E “2001: Uma
Odisséia no espaço” foram feitos questionamentos a respeito de utilização da
chamada Inteligência Artificial em favor do conhecimento tecnológico.
Nas duas
dramatizações, foram retratadas informações acerca do passado do homem como
também do seu futuro, numa perspectiva de aprendizado, onde ao espectador
(educando) caberá o discernimento acerca da nossa origem, do nosso presente, ou
do porvir do ser humano na terra ou fora dela.
“Muito além do
Jardim” é um filme que se serve muito bem de reflexão. Até onde as informações
que recebemos podem modificar nossas vidas? Até que pontos o bombardeio de
informações influenciam na capacidade de sermos pessoas mais conscientes?
Expressar nossas idéias com base em um universo aparentemente restrito?
O filme narra
à história de Chance e suas experiências de vida. Restrito ao jardim de uma
residência onde vivera praticamente toda sua vida, e ao contato com as poucas
pessoas que por ali passavam como, por exemplo: seus patrões e os demais
colegas de trabalho. Como distração possuía as informações que conseguia pela
televisão. Seu contato mais freqüente era com as plantas, das quais ele
entendia que o crescimento se faz a partir de um processo lento.
Ao expor sua
compreensão de mundo e das coisas que o cercava, Chance expressa suas idéias
com base em seu universo aparentemente restrito. Ao ponto das pessoas passaram
a interpretá-lo como um sábio, que se expressava a partir de parábolas ou
metáforas.
Mesmo sem
nunca ter freqüentado a escola, nem tão pouco possuir documentos que o
identificasse, ou mesmo ter saído de casa, o protagonista era um homem que
possuía muitos conhecimentos diferenciados, possuía uma sabedoria desprovida de
orgulho e poderia até indicar caminhos alternativos, onde as prioridades fossem
menos ambiciosas, e mais realistas.
O ser humano é
assim, possui diferentes estímulos para aprender, antes de entrar na escola
assume uma atitude de quem procura as informações, tem uma predisposição para a
aprendizagem, ele busca informações de formas muito precoces, que vão desde o
ato de conviver com os colegas, e fazendo assas atividades ele ativa centros
cerebrais que constroem estímulos de aprendizagem.
Aprender nesse
caso, significa a capacidade do aprendiz de reproduzir a informação e a
experiência de aprender se faz de maneira prazerosa. São os desafios vencidos,
e uma vez superados abrem-se em novas perspectivas de crescimento social,
afetivo e psicossomático.
VÍDEO SOBRE EAD
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. A Guerra do Fogo. Diretor. Jean-Jaques Arnoud. 141 min.
Produção: AMLF, ICC Balstar, Staphan Films, Franca/Canadá>1981.
2. 2001: Uma
odisséia no espaço (2001
a Space Odyssey) Direção/Produção e Roteiro: Stanley Kubrick. Duração: 148
min/USA/Inglaterra: 1968.
3. Muito além de um Jardim,
Direção [Being There] EUA(1979)
4. IPAE. Os reflexos da nova
regulamentação da educação a distância. Estudo técnico sobre o
Decreto nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, elaborado pelo Instituto de
Pesquisas Avançadas em Educação. Brasília, março de 2006. Disponível em:
http://www.ipae.com.br/et/14.pdf
5. KURZ, Roberto. A
ignorância da sociedade do conhecimento. Folha de São Paulo, 13
de janeiro de 2002 – Caderno Mais, p. 14-15.
6. MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica.
Campinas, SP: Papirus, 2000 Interferências
dos meios de comunicação no nosso conhecimento. Artigo
publicado na Revista INTERCOM - Revista Brasileira de Comunicação São Paulo,
Vol. XVII, n.2, Julho/Dezembro de 1994.
7. M.U.C. Salgado
(http://tvebrasil.com.br/salto ) - boletim 2003. Série
Desafios na Escola: uma conversa com professores, Programa 2
(26 agosto)
8. Pozo, Juan Ignácio. A
sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento.
(Tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC, p.29-32)
9. Tocando em Frente, Satter, Almir & Teixeira, Renato.
Disponível em: (www.cifras.com.br). (1992)
ALUNOS
Amanda Pereira
Dayane Lima
Thaís Freire
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