terça-feira, 19 de novembro de 2013

Variações Linguísticas

Introdução

   Até os fins do século XVIII, os estudos linguísticos eram baseados na gramática greco-latina, que partia de princípios lógicos e através deles procurava deduzir os fatos da linguagem e estabelecer normas de comportamento linguístico. Pressupunha-se uma fixidez da língua; consequentemente, as descrições gramaticais tinham caráter essencialmente normativo e filosófico.
  Originaram-se assim a gramática comparativa e a linguística histórica: a primeira comparando entre si os elementos de línguas distintas com o objetivo de depreender-lhes as origens comuns e de reconstruir a protolíngua de que se originam, e a segunda, procurando explicar a formação e evolução das línguas. As mudanças linguísticas eram consideradas como fenômenos naturais em contraposição à fixidez preconizada pela gramática greco-latina.
  Ainda no fim do século XIX e começo do século XX, embora dominasse o ponto de vista histórico-comparativo, alguns linguistas já se preocupavam com a ideia de que, ao lado de um estudo evolutivo da língua, deveria haver também um estudo sincrônico e descritivo. Quem realmente rompeu com a visão historicista e atomista dos fatos linguísticos foi Ferdinand Saussure, ao conceituar a língua como sistema  ao preconizar o estudo descritivo desse sistema. Nasce assim o estruturalismo como método linguístico.  (KOCH, 1991)
 

Exemplo: “Em um jogo de xadrez, se substituirmos as peças de madeira por marfim, a troca é indiferente, mas se aumentarmos o número de peças essa mudança atinge a gramática do jogo... O valor respectivo das peças depende de sua posição sobre o tabuleiro, da mesma forma que na língua, cada termo tem seu valor por oposição a todos os outros termos.” (SAUSSURE, 1967)





 Toda língua muda com o tempo
Se tentarmos ler um texto escrito em português na Idade Média, por volta do século XII, é mais do que provável que nós tenhamos muita dificuldade de entender esse texto. Segue um teste abaixo:
“Perdud’ei madre, cuid’eu, meus amigos;
Marcar mi’el viu, sol non quis falar migo,
e mia sobervia mi-o tolheu,
que fiz o que m’el defendeu.”
(Cantiga d’amigo, século XII).
É mesmo difícil, não é? Para compreender um texto como este, que é uma cantiga de amigo, gênero de poesia praticado na Idade Média portuguesa, a pessoa tem de estudar muito, tem de se tornar um especialista em história da língua e em literatura arcaica.
Se nós avançamos um pouco mais no tempo, trezentos anos, por exemplo, e começarmos a ler o inicio da famosa carta de Pero Vaz de Caminha escrita em 1500, como reagiríamos?
Senhor,
Posto queo capitam moor desta vossa frota
E asy ou outros capitãaes screpuam avossa al-
Teza anoua do achamento desta vossa terra
Noua que ora neesta nauegaçon achou, nom
Lixarey tam bem de dar disso minha comta
Avossa alteza asy como eu milhor poder
Ajmda que perao bem contar e falar o silaba
Pior que todos fazer [...]
A dificuldade já diminuiu, comparado a idade média. A principal diferença está mais na ortografia e no estilo meio rebuscado do que propriamente no significado do texto.
Se compararmos esses dois textos antigos com qualquer texto escrito e publicado hoje, vamos chegar a uma conclusão: a língua portuguesa mudou. O poema do século XII, a carta do século XVI e qualquer texto escrito no século XXI são provas mais do que evidentes de que o rótulo “língua portuguesa” vem sendo aplicado a “coisas” bastantes diferentes. O poema do século XII foi escrito em português, a carta de Pero Vaz de Caminha também foi escrita em português e as manchetes que estão hoje nas bancas de jornal também estão escritas em português. Por que será, então, que estes textos apresentam tantas diferenças entre si, a ponto de um falante brasileiro de hoje sentir uma dificuldade cada vez maior à medida que vai recuando no tempo? A explicação é: o português, como qualquer língua viva do mundo, sofreu mudanças com a passagem do tempo.
Entretanto, para que essa mudança lingüística aconteça, é preciso que existam, dentro do próprio sistema lingüístico, aquelas tendências latentes mais profundas. Por exemplo, para que o ditongo latino AU se transformasse, numa primeira fase da língua portuguesa, em OU e, mais adiante (como é a pronuncia corrente atual), em O-como na seqüência auru - > ouro> [ôru]-, foi necessário que existisse, no próprio conjunto de combinação de sons da língua, essa possibilidade de mudança. E o fato de mudanças desse tipo ter ocorrido em outras línguas pode ser um indício de que as línguas mudam, também em parte, devido à “tendências inevitavelmente embutidas na língua por causa da constituição anatômica, fisiológica e psicológica dos seres humanos”. A monotongação AU em O se evidencia no espanhol e no italiano (ORO). Em francês também temos OR (“ouro”), além das incontáveis palavras ainda escritas com o ditongo AU, que, todavia é sempre pronunciado “ô”: faux (falso), chaud (quente), haut (alto), pronunciadas “fô”, “xô” e “ô”, respectivamente. Isso ocorre também em línguas de fora do grupo romântico, como atestam as muitas palavras do inglês, em que o que se escreve AU é pronunciado como O: author (autor) cause (causa), pause (pausa), etc. Não foi por acaso que AU veio a ser pronunciado O nessas e em tantas outras línguas mundo afora: mudança está relacionada à própria fisiologia dos órgãos que os seres humanos empregam na produção dos sons da fala.
As pesquisas empreendidas sobre número cada vez maior de línguas humanas têm demonstrado certa universalidade dos fatores inerentes que provocam a mudança lingüística. Evidentemente, como explica Aitchsison (2001: 161), “as diferentes línguas não implementam todas as tendências possíveis de uma só vez, e línguas diferentes serão afetadas de modos diferentes”. Além disso, as mudanças também ocorrem de modo diverso e em ritmo diferente dentro das muitas variedades de uma mesma língua. A mudança au > o, por exemplo, prossegue em certas variedades do português brasileiro, como demonstra a pronuncia “sodade”, para o que se escreve SAUDADE.
(BAGNO, 2003)
Pode ser que o falante não saiba que “jerimum”, palavra muito usada na Bahia, corresponde a “abóbora”, termo muito mais comum nos estados do Sul e do Sudeste de nosso país. É, contudo, inegável que, ainda que haja tais diferenças lexicais nas diversas regiões do país, que falamos a mesma língua. Falamos uma mesma língua, em São Paulo e na Bahia, com diferenças detectáveis que se consideram mais comuns num e noutro lugar, ou seja, muitas palavras, em um mesmo país, podem sofrer variações lingüísticas, possuindo o mesmo significado e desconhecidas por outras regiões do mesmo país.
Não importa se algum lugar apenas um dos termos seja usado invariavelmente- fato que dominamos uso categórico. O que importa, no estudo da variação lingüística é que ambos os vocábulos podem ser usados para fazer referência a um determinado fruto, de uma determinada planta, que tem determinado tamanho, uma determinada cor, enfim, um conjunto de características que não permite que ele seja chamado “tomate”, por exemplo.
(BELINE, 2004)
   







Variação linguística: perspectiva dialectológica

Há diferenças muito grandes.
Uma vez eu ‘tava a fala, em Portalegre. [...]
E depois eu perguntei assim:
_ Ó amigo! ‘Cê fazia favor, dizia-me aqui onde é que era o caminho ... p’ra ir ... [...] ... dizia-me o caminho aqui p’ro ... p’ra Torra de Palma [...]
Dizia-me assim uma pessoa [...]:
_ Olhe, cê não se engana. Você vai por esta carretêra fora... uma carretêra é uma estrada, lá [...]. ‘Cê acolá adiante mete p’la linda abaixo _ uma linda é uma estrema realmente é um nome bem empregado: uma linda é uma estrema; uma estrema é bonito _ ... Vá pl’ aquela linda fora... lá mais adiante encontra um arrebenta-diabos... é uma encruzilhada... encontra uma arrebenta-diabo... você volta à sua esquerda, tá uma b’ redá mal seguida, vai lá ter mêmo ao casal.
Mas depois mais tarde é que a gente foi descobrir isto: o arrebenta-diabos era um’ encruzilhada [...] e uma b’reda mal seguida era um carrêro... um caminho... um carrêozito que ia por ali fora.
Tá a ver? Como isto há diferenças de nomes de terra p’ra terras?!.
                        (Inquérito em Montalvo, Santarém – Gravações para o ALEPG, S6, cass. 4, Id. b, m. 1231)

A variação – modo de a língua ser viva
A língua que usamos está sujeita a variação. No caso do trecho acima transcrito, trata-se de variação regional, noutros, será histórica, social, ou situacional. Estando todas as línguas vivas sujeita aos fatores de mudança, a variação que deles decorre faz parte integrante da linguagem humana e pode ser estudada e descrita. Por sua vez, a variação, a hesitação entre diversas formas, ocorrida num dado momento, produz a um longo termo, mudança na língua.
No entanto, só se pode estudar a variação se a relacionarmos com algo que consideremos minimamente estáveis e homogêneos. A maior parte das teorias lingüísticas que se desenvolveram no século XX faz abstração dos fenômenos de variação lingüística, por motivos teóricos e metodológicos, estudando as regularidades da língua enquanto sistema. Mas, na realidade, a língua vive através da diversidade. A lingüística estruturalista européia (da escola de Eugenio Coseriu), utilizando o prefixo dia-, que significa <ao longo de, através de>, estabeleceu uma série de compartimentos com o objetivo de delimitar os campos de estudo da variação: diacronia, diatopia, diastratia e diafasia.
Fala-se em variação diacrônica (do grego dia+Kronos, <tempo>) ou histórica, para designar as diversas manifestações de uma língua através dos tempos. As mudanças que ocorrem nunca são repentinas, não se dão em saltos bruscos. Há geralmente um período de transição, onde encontramos variação sincrônica entre duas ou mais formas concorrentes, acabando uma delas por prevalecer. A substituição de uma forma por outra é progressiva e nem sempre sistemática. Cabe à Lingüística Histórica estudar este tipo de variação.
Existem, naturalmente, vários níveis em que a variação pode operar: fonético e fonológico, morfológico, sintático, semântico e lexical. No excerto transcrito no início deste trabalho, observam-se vários casos de variação lexical – o uso de palavras diferentes por diferentes comunidades para designar os mesmos conceitos. Quando, como neste caso, a variação está relacionada com fatores geográficos – diferentes usos da língua em regiões diferentes – fala-se em variação diatópica (do grego topos, <lugar>) ou geolinguística ou ainda dialectal. Que foi citado acima no exemplo de “jerimum” e “abóbora” que são usados um no sul e outro no sudeste do Brasil. A Dialetologia é a disciplina que procura descobrir e descrever, tentando identificar áreas mais ou menos coesas, assim como determinar os fatores que levaram à sua formação.
Sabemos, por outro lado, que o homem vive integrado numa sociedade, a qual tem a sua hierarquia, a sua organização própria, os seus grupos. Cada um destes grupos sociais (etários, socioprofissionais, etc.) possui códigos de comportamento que o diferenciam dos demais e permite, dentro do grupo, a identificação mútua. O modo de falar faz parte desse conjunto de códigos. A este tipo de variação linguística, relacionada com fatores sociais, costuma chamar-se variação diastrática (do grego stratos, <camada, nível>) ou variação social. Cabe à Sociolinguística estudar este tipo de variação, tentando estabelecer correlações entre variáveis sociais e fenômenos linguísticos. Foi a Sociolinguística que permitiu observar que <a heterogeneidade faz parte integrante da economia linguística da comunidade e é necessária para satisfazer as exigências linguísticas da vida quotidiana> (Labov, 1982) e que a estratificação do uso da língua na sociedade não é caótica, obedecendo antes a determinas regularidades, por vezes extremamente subtis. Alguns linguistas chama sociolecto a uma variedade linguística que é partilhada por um grupo social, permitido demarcá-lo em relação a outros. Se a maior parte dessas variedades é, tal como toda a língua ou dialeto materno, inconscientemente adquirido, transmitindo-se no uso quotidiano e natural da palavra, existe, no entanto sociolectos que resultam do desejo de diferenciação de um grupo em relação à sua comunidade lingüística. É o caso das gírias, que se podem definir como códigos forjados por determinados grupos como o objetivo de se tornarem completamente ininteligíveis para os não iniciados. Geralmente, basta introduzir modificações no léxico ou na configuração ou ordem das sílabas para que os enunciados se tornem incompreensíveis. Por exemplo, a seguinte frase da gíria dos antigos vendedores ambulantes de Castanheira de Pera, o laínte:
Aroga os êtres leios que astram aquimes jordam enroba
Significa:
Agora os três homens que estão aqui vão embora (Barros Ferreira, 1985).
Uma gíria distingue-se de uma linguagem técnica ou tecnolecto pelo fato de afetar todo o discurso, enquanto a linguagem técnica, sendo desprovida de intenções de hermetismo, se limita a introduzir os termos de maior rigor que lhe são estritamente necessários.
Existe ainda um aspecto de variação linguística que tem merecido estudo. Conforme a situação mais ou menos formal em que se encontra ou o tipo de situação discursiva (oralidade, escrita, etc.), cada falante pode usar diversos estilos ou registros lingüísticos. Numa entrevista com o diretor de uma empresa, para obter emprego, usará certamente um nível de língua diferente daquele que usa para falar com os amigos, quando vão juntos assistir a um jogo de futebol. À variação que está relacionada com estes fatores pragmáticos e discursivos e que implica o conhecimento por parte do falante de um código socialmente estabelecido para cada situação, dá-se o nome de variação diafásica ( do grego phasis, <fala, discurso>).
Cada ser humano, por outro lado, no conjunto de todos os seus atos de fala, tem hábitos discursivos próprios, usa preferencialmente determinadas construções gramaticais, determinadas palavras que, de alguma forma, o individualizam. Cada falante tem uma maneira própria de usar a língua – o seu idiolecto.
A linguagem humana, simultaneamente uma e múltipla, decompõe-se assim numa rede de variedades. Apenas algumas delas ganham o estatuto social de língua. Houve já muitas tentativas de definir esta noção. As definições dadas pelos diferentes lingüistas muitas vezes não coincidem, já que, por um lado, as fronteiras entre estas realidades estão longe de ser estanques e, por outro, o termo <língua> é usado com vários sentidos, que aqui convém distinguir.
Língua, no uso mais comum, é uma noção político-institucional. Corresponde a um sistema linguístico abstrato que, por razões políticas, econômicas e sociais, adquiriu independência tanto funcional como psicológica para os seus falantes. Dão conta do funcionamento desse sistema instrumentos próprios, tais como gramáticas, dicionários, prontuários, etc.
Assim, deste ponto de vista, fala-se do Chinês como língua, unificado em todo o território político da China através de um sistema ideográfico de escrita comum, apesar de não existir identidade lingüística real. De fato existem múltiplos sistemas linguísticos muito diferentes – o Cantonês, o Mandarim, etc. - cujos falantes não se compreendem mutuamente, a não ser através do recurso à escrita.
Na mesma linha, referem-se também o Norueguês e o Dinamarquês como línguas diferentes, apesar de partilharem um sistema lingüístico praticamente idêntico e de haver mútua inteligibilidade entre os falantes de cada uma das variedades. Esta autonomia lingüística advém do fato de a Noruega e a Dinamarca ser Estados independentes, como peso político, econômico e cultural, próprios (e de os falantes terem assim adquirido a consciência lingüística da individualidade da variedade que usam ou querem usá-la como instrumento de poder).
Numa segunda acepção, o termo língua é usado numa perspectiva histórica, e está relacionado com a noção de dialeto. Também aqui, nem sempre é fácil estabelecer fronteiras entre estas duas realidades, porque, com o passar dos anos, aquilo que era um dialeto pode tornar-se de tal modo preponderante em relação aos dialetos seus vizinhos que passa a funcionar como língua de referência (o Romeno literário em relação ao Istro-Romeno, por exemplo). Do mesmo modo, aquilo que era inicialmente uma só língua, embora sempre com variações de alguma ordem, pode, por razões históricas e geográficas, por condições melhores ou piores de comunicação, fragmentar-se em variedades que passam a evoluir separadamente – tornando-se por sua vez dialetos ou línguas, conforme as circunstâncias.
Diferenças de valor estritamente linguístico entre língua e dialeto não existem. Existem, sim, diferenças de estatuto: o dialeto é sempre uma variedade de um determinado sistema linguístico reconhecido oficialmente como Língua. Geralmente considera-se dialeto de uma língua a variedade linguística que caracteriza uma determinada zona. Os dialetos têm, pois, um antecedente linguístico e um sistema comum. Assim, hoje, o Português está vivo na sua variante sul-americana, por exemplo, cada uma delas divisível em variedades linguísticas menores, numericamente inferiores, que ocupam zonas geográficas mais restritas. No entanto, todas elas partilham um conjunto de trações gramaticais que não difere substancialmente, embora o Português do Brasil tenda a seguir um rumo autônomo, divergente, na sua evolução (ou como dialeto ou como língua).
Estas noções são, assim, sempre relativas. O grau de semelhança entre dois dialetos pode variar bastante, mas independente dessa maior ou menor semelhança continuamos a chamar-lhes, a todos, dialeto. Alguns dialetólogos distinguem entre variedades lingüísticas mais distanciadas umas das outras ou da língua padrão – a que chama dialetos – e variedades que apresentam menor grau de afastamento – a que chama falares.
Entre as variedades faladas num território, uma delas, por diversas razões, pode adquiri maior prestígio e impom-se como norma ou língua padrão. Os fatores que determinam essa escolha são normalmente sócio-políticos, históricos, comunicativos e até pedagógicos. Nada, de um ponto de vista estritamente lingüístico, leva a que uma determinada variedade seja preferida como norma de uma língua. Só fatores extralingüísticos influem nessa escolha. A variedade proclamada padrão funcionará como língua oficial, de cultura, de ensino.
Se uma língua for falada em mais de um país, com peso político e cultural próprios, pode ter mais do uma norma. É o caso do Inglês, falado em Inglaterra, nos Estados Unidos da América, na Austrália, que possui várias normas lingüísticas. O mesmo acontece com o Português: no Português Europeu, as variedades faladas pelas camadas cultas das regiões de Lisboa e de Coimbra funcionam como norma lingüística; no Português do Brasil, foram as variedades faladas no Rio de Janeiro e S. Paulo que se impuseram.



Conclusão
Iniciamos o estudo das variações linguísticas explicando um pouco da diferença entre gramática comparativa e a linguística histórica. Mas ao lado de um estudo evolutivo, foi necessário trabalhar junto a um estudo descritivo, onde o estruturalismo é visto como método lingüístico.
O texto de antigamente é difícil de depreender hoje em dia, o que mostra claramente como a língua portuguesa sofreu alterações. Essas alterações acontecerem dentro do próprio sistema lingüístico, com tendências latentes, dependendo da origem da palavra e da pronúncia, entre outras coisas, para uma mudança.
A língua que usamos está sujeita à variação, assim como todas as outras existentes, e essa variação faz parte integrante da linguagem humana. Assim possuímos diversas formas que se dão as variações linguísticas, podendo ser elas regional, histórica, social ou situacional, todas estudadas no trabalho.
A língua pode ser entendida como correspondente a um sistema linguístico que por razões políticas, econômicas e sociais adquiriu independência funcional e psicológica dos falantes. Também é aceita como um dialeto, este sendo uma variedade de um determinado sistema linguístico reconhecido como língua.

Os dialetos  um antecedente linguístico e um sistema comum, assim, mesmo a língua portuguesa sendo utilizada na América do sul, Europa e áfrica, cada uma delas possui um nível de variação linguística entre a língua portuguesa que a originou. Dessa forma, todas elas partilham um conjunto de trações gramaticais que continuam iguais, mesmo se um dos países seguir um rumo diferente na sua evolução linguística. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário