DÉBORA
RIBEIRO - B70312-1, JORGE ROSA - B63GFH-0, JULIANA
CAETANO - B61089-1, PAMELA
SOUSA - B70AJI-8
A
INTERTEXTUALIDADE NO ENSINO DA LITERATURA INGLESA
Resumo
Esta
pesquisa tem como principal objetivo analisar deforma concisa a obra de Jane
Austen “Orgulho e Preconceito” e através de suas características romancistas da
poderemos analisar através do texto a desigualdade social e o casamento como
instituição religiosa e financeira. Utiliza-se como vinculo comunicativo, a
intertextualidade com o cinema através do filme “Orgulho e Preconceito e
Zumbis”, possibilitando a ponte textual entre o século XIX e a moda atual dos
mortos vivos presente na vida dos jovens. Toda a abordagem terá como base a
discussão em sala de aula do ensino médio.
Palavras-chave:
Literatura Inglesa; Intertextualidade; Interpretação Critica.
Summary
This research aims to analyze deforms concisely the
work of Jane Austen "Pride and Prejudice" and through its features
novelists can parse through the text social inequality and marriage as a
religious and financial institution. It is used as a communicative bond,
intertextuality with cinema through the film "Pride and Prejudice and Zombies",
allowing textual bridge between the nineteenth century and the current fashion
of the living dead present in the lives of young people. The whole approach
will be based on the discussion in the high school classroom.
Keywords: English Literature; Intertextuality; Critical
interpretation.
INTRODUÇÃO
No
Art.35, Inciso III da LDB citado nas Orientações Curriculares do Ensino Médio,
pode-se entender que o ensino de literatura está para o aprimoramento do
educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Desta
forma o estudo do livro “orgulho e Preconceito” de Jane Austen possibilita ao
aluno a abordagem sobre as principais instituições da sociedade como a família,
religião e o casamento, levantando questões sobre as realidades do século XIX e
a atualidade e debater o orgulho e os preconceitos presentes em ambas às
épocas.
Segundo
Jauss (1979), a mundivivência é o método recepcional como forma de ferramenta
pedagógica para o contato com o texto literário e sua compreensão, tendo como
base a crítica literária. E com base nesta teoria devemos refletir em sala de
aula o amadurecimento ideológico e literário através do aprofundamento de
conhecimento de mundo e bibliográfico.
Neste
relatório será possível demonstrar como ocorreria uma possível aula de
literatura com base na obra de Jane Austen, onde o grupo reuniu-se para
definição da obra e discussão sobre suas características e iniciar a elaboração
do plano de aula. O objetivo geral foi analisar de forma crítica a obra e
introduzi-la ao contexto literário, usando a intertextualidade com as questões
sociais atuais.
Como
texto de apoio temos o artigo “A Estética
da Diferença e o Ensino das Literaturas de Língua Inglesa” da autora
Griselda Cielo Festino que destaca o conceito de estética e a sua relevância
para o ensino das literaturas de língua inglesa, trazendo aos professores de
tratar as narrativas literárias como instrumentos culturais e funcionais e não
apenas como língua gramatical.
TEXTO DE APOIO: A ESTÉTICA DA
DIFERENÇA E O ENSINO DAS LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA
Fichamento de Leitura
Tipo:
Artigo
Assunto/tema:
Ensino da Literatura Inglesa
Referência bibliográfica:
FESTINO, Cielo Griselda. A Estética da Diferença e o Ensino das Literaturas de
Língua Inglesa. Gragoatá, Niterói, n.37, p. 312 -330 2 sem. 2014.
Resumo/ Conteúdo de interesse:
É
preciso discutir o conceito de estética e a sua relevância para o ensino das
literaturas de língua inglesa para incluir as narrativas literárias não somente
de tradições literárias canônicas como a inglesa e a norte-americana, mas
também das culturas que foram colônias inglesas e hoje tem suas próprias
tradições literárias.
Citações:
1.
David Damrosch (2009, p. 13) assinala que sempre se deve considerar o contexto
de produção de uma narrativa literária, especialmente daquelas de culturas
distantes de nós em tempo e espaço, porque nos ajuda a reconhecer a pluralidade
da estética e suas diferentes manifestações. Essa perspectiva, diz o autor, faz
“nos deter em momentos da narrativa que parecem ilógicos ou exagerados, ou
monótonos”.
2.
O primeiro evoca o que é universal, único, comum, homogêneo, natural,
desinteressado, idealista, metafísico (FREITAS CATON, 2002, p. 279), enquanto o
segundo aponta para o que é local, situado, contingente, múltiplo, heterogêneo,
considerado de uma determinada perspectiva comunitária.
3.
A estética, entendida como universal, torna-se suspeita de colaborar para uma
ideologia hegemônica e precisa ser reconsiderada e qualificada em termos da
nova relação entre culturas que têm se afirmado nas últimas décadas com o fluxo
constante das margens para o centro, ou seja, das ex-colônias para as grandes
metrópoles europeias e norte-americanas.
4.
A ideia da estética como uma concepção única está associada com os valores
ocidentais, como sendo uma perspectiva verdadeira e genuína.
5.
Ickstadt (2002, p. 269) aponta que uma vez que um texto é marcado como
estético, ele pode ser lido pelo seu conteúdo político. Contudo, o dominante
principal seguirá sendo estético.
6.
É isso o que a estética da diferença tem como objetivo: o amor do Outro por
meio da apreciação de formas diferentes. Assim considerado, o Outro não é um
inimigo, mas aquele cuja cultura marca os limites da nossa e ajuda-nos a
refletir sobre a própria cultura ao mesmo tempo que contribui para nos liberar
dos tabus da nossa sociedade.
7.
Essas diferentes epistemologias estéticas estão em uma relação hierárquica de
poder fora e dentro dos limites da nação. Dentro, na relação que se estabelece
com o que se considera como literatura canônica ou literatura regional. Fora,
entre as diferentes tradições nacionais em línguas diferentes, ou na mesma
língua, como no caso das línguas multiculturais como o inglês, por exemplo.
8.
Quem faz esse tipo de asseveração considera a sua estética como universal, fora
de qualquer questão de lugar e tempo e ignora diferenças culturais e
históricas. Por sua vez, tenta impor os valores de seu grupo de elite como
universais e estáveis e julga qualquer tipo de expressão cultural e artística a
partir desse paradigma.
9.
No caso das línguas multiculturais, como a inglesa, muitas vezes acontece que
epistemologias estéticas, de grupos considerados como mainstream ou como
minorias, hegemônicos ou periféricos, distantes umas das outras, (no sentido de
representar o que é conhecido como o Oriente e Ocidente), são articuladas em
uma língua comum, neste caso a inglesa, o que leva a agrupá-las dentro da mesma
tradição e epistemologia estética. Porém, todas essas epistemologias e culturas
que as articulam estão marcadas pela diferença e estão em contraponto umas com
as outras, por uma relação hierárquica de poder.
10.
Ao mesmo tempo, as epistemologias estéticas nem sempre são assim transparentes.
Ainda na própria cultura e língua, pode acontecer que textos escritos em outros
períodos literários, em outros grupos sociais e em outros estilos literários
resultam de difícil leitura para um leitor contemporâneo. Tudo isso mostra que
as epistemologias estéticas, como qualquer outro sistema cognitivo, estão em um
constante processo de tensão e transformação.
11.
Quando o texto literário é considerado como autossuficiente e a estética como
universal, os muitos significados do texto, como aponta Freitas Caton (2002, p.
283), sempre são controlados pelo conceito de unidade e organicidade do texto
(inerente a ele) e um sentido único da estética. Por outro lado, o caso de uma
literatura multicultural, como a inglesa, no momento da presente globalização,
revela que nenhuma epistemologia estética é pura, já que há influência mútua
mostrando, em outro nível, que toda cultura é profundamente híbrida.
12.
A estética entendida como uma visão universalizante pode se tornar uma prática
de exclusão e dominação. Como é sabido, as narrativas literárias são uma das
formas mais efetivas de persuasão cultural, como a sua contribuição para a
formação de uma identidade nacional e seu uso como ferramenta de dominação
colonial revelam.
13.
Essa visão social da estética leva a uma leitura que considera a maneira como a
metáfora literária articula as experiências do dia a dia dos leitores mediadas
por questões de classe, raça, gênero, etnia, etc., em vez de tentar escapar dos
conflitos sociais pela imposição de valores morais e éticos e a transcendência
a algum plano superior, abstrato e universal, possibilitado pelo caráter
sublime da metáfora literária.
14.
Em outro nível, essa leitura social da arte contribui para uma sensibilização
com a cultura do Outro, tanto dentro como fora das fronteiras nacionais, pela
desconstrução de estereótipos culturais. Essa função da estética tem a ver com
seu aspecto ético.
15.
Se, por um lado, as narrativas são singulares e são reconhecidas pelo seu
autor, pelo seu título, pela estória que narram, elas pertencem a uma complexa
rede de significações que mudam e se renovam com cada leitura, dentro e fora da
comunidade onde foi escrita, o que revela a interpenetração entre as diferentes
comunidades discursivas.
16.
Assim, aspectos sociais e estéticos se complementam: a leitura dos textos
literários não se reduz a aspectos culturais, nem a uma leitura puramente
estética, mas são leituras em que o contexto cultural define a estética e, por
sua vez, a estética ajuda a melhor formular temas culturais.
Considerações do grupo:
É importante tornar o sujeito parte integral do contexto textual podendo o
aluno aprimorar a língua estrangeira para que possa expor sua opinião de forma
critica em diferentes temas da sociedade e ambientar-se das realidades social e
regional do país que está estudando.
Indicação do artigo:
professores de língua inglesa, estudantes de licenciatura e acadêmicos ligados à
educação.
1.
JANE
AUSTEN: VIDA E OBRA
Os
escritos de Jane Austen pertencem ao movimento romântico que se iniciou em 1798
na Inglaterra, que tinha como principal característica tornar como fundo as
situações da vida cotidiana, da vida humilde e rústica, onde as paixões
essenciais, os sentimentos elementares se mostram em estado de maior
simplicidade e, por conseguinte podem ser exatamente observados e depois
fielmente expressos; no que concerne ao estilo, tanto adotar a possível
linguagem comum, evitando a personificação de ideias abstratas e o que se chama
de linguagem poética.
Segundo
os estudos de Bandeira(1960),
Os costumes da
atualidade no fim do século XVIII e princípios do século XIX sobretudo da vida
de família, foram retratados com grande senso de realidade e simplicidade de
expressão em meia dúzia de romance de Jane Austen, os mais famosos dos quais
são Sense and Sensibility, Prideand Prejudice e Emma.
A
autora trouxe inúmeras influencias aos romancistas que vieram depois que
apresentam formas criticas em relação à sociedade e seus dons de analise
psicológicas que podem ser encontrados nas características de suas personagens.
Assim
como seus personagens, Jane Austen cresceu em uma zona rural na Inglaterra
entre a classe abastada e religiosa. Nasceu na casa da paróquia se Severton, Hampshire,
Inglaterra tendo o pai sido sacerdote e vivido maior parte de sua vida nesta
área. Ela teve seis irmãos e uma irmã mais velha, Cassandra, com a qual era
muito íntima.
Com
a morte do pai em 1805, Jane, sua irmã e a mãe mudaram-se para Chawton, onde
seu irmão lhes tinha cedido uma propriedade (uma cottage). Aos 17 anos,
escreveu seu primeiro romance, Lady Susan, uma paródia do estilo sentimental de
Samuel Richardson.
Seu
segundo livro, Pride and Prejudice (1797), em português Orgulho e Preconceito,
mas de acordo com Bandeira (1960),
Tornou-se sua obra mais conhecida,
embora, inicialmente, tenha sido malvisto pelos editores, o que levou por algum
tempo ser descriminada no meio editorial. Depois conseguiu publicar o romance
Sense and Sensibility (1811), em Português Razão e Sensibilidade, cujo sucesso
levou à publicação, ainda que sob pseudônimo, de obras anteriormente recusadas.
Vieram
ainda outros grandes sucessos como Mansfield Park (1814) e Emma (1816) em um
estilo menos ágil e humorístico, porém ganhando em serenidade e sabedoria, sem perda
de sua típica ironia.
Morreu
em Winchester, um ano antes de serem publicadas as obras Persuasão e Abadia de
Northanger, uma deliciosa sátira, escrita na juventude, ao gênero truculento da
novela gótica. Seu poder de observação do cotidiano forneceu-lhe material
suficiente para dar vida aos personagens de suas obras, e a crítica considerou-a
a primeira romancista moderna da literatura inglesa.
Romances publicados
·
Pride and Prejudice- (1813)
·
Mansfield Park (1814)
·
Northanger Abbey (1818) – póstuma
·
Persuasion (1818) – póstuma
Obras curtas
·
Lady Susan (1794 1805)
·
The Watson (1804) (incompleta, sua
sobrinha Catherine Hubback a finalizou, publicando-a como The Younger
Sister, na metade do século XIX.)
·
Sanditon (1817) (incompleta)
A apresentação da vida do autor e suas obras aos alunos do ensino médio
são necessárias para que possam entender as questões históricas e sociais que
envolvem a trajetória literária do escritor para então compreender sua escola
literária e o objetivo da obra na sociedade, pois criar relações entre autor,
livro e os leitores, é o primeiro passo para criar uma analise critica aos
discentes presentes nas aulas de literatura.
ORGULHO E PRECONCEITO: RESUMO E ANÁLISE DA OBRA
O livro
começa em casa das irmãs Bennet, onde vive a Sra. Bennet, uma mulher que parece
ter como único objetivo casar as filhas com alguém de estatuto, o Sr. Bennet,
um homem calmo e culto que parece preferir ficar de lado quanto à obsessão da
mulher em casar às filhas, Jane, a irmã mais velha e de coração mais doce,
Elizabeth, uma mulher forte e culta com os pés bem firmes na terra, Mary, que
de todas as irmãs é a mais diferente, ao ponto de ter uma obsessão por livros,
Kitty e Lydia, as irmãs mais novas e que estão sempre a arranjar problemas,
Kitty é colocada sempre na sombra de Lydia.
No início
do livro a família Bennet descobre que Netherfield Park foi alugada, uma grande
propriedade que só pessoas ricas poderiam alugar. Logo descobrem que foi alugado
por um homem chamado Bingley.
Quando
todos se conhecem, Bingley aparenta ser uma pessoa muito simpática e é
facilmente aceita pelas pessoas. Enquanto que Darcy apresenta ser uma pessoa
mais fechada e distante.
Bingley e
Jane rapidamente se dão bem e descobrem ter muito em comum, sendo que começam a
desenvolver uma relação, sendo que Caroline, a irmã de Bingley, se mostra desde
logo contra a relação dos dois pelo fato de que Jane é de um estatuto social
inferior.
Num baile
Elizabeth conhece Darcy e houve este dizer que ela é bonita, mas não o
suficiente para ele, depois de este recusar dançar com ela, Elizabeth cria uma
ideia negativa sobre Darcy, sendo que considera que ele se acha superior a
todos,
Entretanto
militares chegam à zona onde eles vivem, e entre eles surge Wickham, um oficial
que desde cedo se começa a dar com Elizabeth e que, mais tarde ela descobre,
ele tem problemas com Darcy.
Quando
lhe pergunta o porquê da reação de Darcy ao vê-lo, Wickham diz que o pai de
Darcy o tratava como um filho e que chegou a preferi-lo a ele e que com a sua
morte Darcy lhe tinha negado o que o seu pai tinha deixado em vida. Elizabeth
desenvolve um ódio por Darcy ainda maior.
Quando a
relação de Bingley e Jane já se encontra grande e Bingley parece que vai propor
Jane em casamento a qualquer momento, ele, Caroline e Darcy deixam Netherfield
sem qualquer aviso.
Entretanto o Sr. Bennet avisa que Sr. Collins, o
primo das irmãs e herdeiro da casa delas, vai visitá-los. Sr. Collins mal chega
manifesta a sua vontade de propor em casamento uma das irmãs Bennet, sendo que
pensa em propor Jane, mas a Sra. Bennet diz que Jane está comprometida
e que ele devia pedir Elizabeth em casamento. Collins pede Elizabeth em
casamento, mas esta recusa uma vez que o considera um homem egoísta e com
demasiada confiança em si próprio. Mais tarde Elizabeth descobre que ele pediu
a sua melhor amiga em casamento, Charlotte Lucas, e que esta aceitou.
Mais
tarde quando vai visitar Charlotte e Lucas, Elizabeth vai comer na casa de Lady
Catherine, uma aristocrata, e uma vez lá ela descobre que Darcy é o seu
sobrinho e que a foi visitar nesse mesmo dia. Mais tarde durante uma conversa
com um homem, Elizabeth descobre que a ideia de trazer Bingley de volta para
Londres foi de Darcy porque o queria afastar de Jane devido à diferença de
estatuto social.
Então
quando Darcy pede Elizabeth em casamento, esta recusa porque diz que era
incapaz de casar com um homem que achava tais coisas. Durante a discussão ela
fala do que Darcy fez a Wickham.
Perante
tais acusações referentes à Wickham, Darcy escreve uma carta a Elizabeth no
qual lhe diz que nunca recusou a Wickham o que o pai achava que ele tinha
merecido, e que inclusive lhe tinha dado essa parte, mas que Wickham gastara
todos os bens que lhe tinham sido concedidos e que o acusara quando Darcy se
recusou a dar-lhe mais. Para se vingar Wickham seduziu Georgiana, a irmã de
Darcy, para ganhar a fortuna que lhe tinha sido deixada, e a levou a fugir com
ele e depois a abandonara. Darcy disse ainda que tinha separado Jane e Bingley,
pois lhe pareceu que Jane não mostrava por ele o afeto que Bingley demonstrava.
Alguns
meses depois Elizabeth vai passar uns tempos na casa dos tios a Derbyshire. Num
desses passeios os seus tios manifestam a ideia de visitar Pemberley, a mansão
de Darcy. Uma vez lá eles descobrem que Darcy não se encontra em casa, mas a
sua caseira faz-lhes uma visita. Essa senhora diz ter criado Darcy desde a
infância e manifesta um grande orgulho na pessoa que Darcy se tornou e uma
grande honra em servi-lo. Isto faz a ideia de Darcy na cabeça de Elizabeth
mudar drasticamente.
Inesperadamente
Darcy aparece e trata os parentes de Elizabeth muito bem. Durante esses tempos
Elizabeth e Darcy aproximam-se e Elizabeth começa a manifestar sentimentos por
ele. Mas esta relação é interrompida quando Elizabeth recebe uma carta a dizer
que Lydia, a sua irmã mais nova, e Wickham haviam fugido e planejavam casar-se.
O que na época significava vergonha para a família. Darcy visita Elizabeth
pouco depois de ela ter recebido a carta e quando a vê a chorar e descobre o
motivo diz ter de partir imediatamente. Elizabeth pensa que devido à vergonha
da sua família as suas hipóteses com Darcy passavam a ser nenhumas.
Entretanto
devido à intervenção do seu tio, Lydia e Wickham casam-se e visitam Longbourn,
onde o pai de Elizabeth se demonstra constantemente desapontado e contra
aquilo. Lydia comenta por acidente com Elizabeth a presença de Darcy no seu
casamento e assim, depois de várias perguntas de Elizabeth, Lydia admite que o
verdadeiro responsável pelo seu casamento fora Darcy e que ele tinha pago tudo,
salvando assim a honra da família Bennet. Assim Elizabeth volta a ter algumas
esperanças.
Inesperadamente
Bingley e Darcy voltam para Netherfield e visitam a família Bennet, sendo que
quando Jane e Bingley voltam este a pede em casamento. Entretanto vão surgindo
rumores de que Darcy pediu Elizabeth em casamento e Collins manda uma carta ao
pai dela a dar-lhe os parabéns, o pai dela acha que é brincadeira e ri da
situação.
Mais
tarde Lady Catherine vai até Longbourn e confronta Elizabeth, chegando até
ameaçá-la para não aceitar. Elizabeth diz que ela não manda nela e que se ela
não acreditasse naquilo como dizia não se daria ao trabalho de uma viagem tão
longa só para lhe dizer aquilo.
Quando
Darcy descobre a conversa entre Elizabeth e Lady Catherine fica com esperanças
de que os sentimentos de Elizabeth tenham mudado e pede-a de novo em casamento,
sendo que desta vez ela aceita.
Eles
decidem deixar o noivado em segredo por uns tempos, mas Elizabeth percebe que
Bingley já sabe. Darcy vai então falar com o pai dela e este se mostra surpreso
por Elizabeth gostar de Darcy, mas diz que se acha que ela vai ser feliz,
aceita. A mãe de Elizabeth mostra-se feliz porque Elizabeth vai ter um marido
ainda mais rico do que Jane.
No final
Elizabeth e Darcy casam-se e ficam a viver em Pemberley, Jane e Bingley
casam-se e ficam a viver em Netherfield, sendo que continuam muito unidas.
Elizabeth
e Georgiana tornam-se grandes amigas e Darcy e Lady Catherine cortam relações
por uns tempos, mas reatam-nas devido à insistência de Elizabeth.
Jane Austen serviu como um meio para a
compreensão da sociedade inglesa do século XIV. A Inglaterra vivia um conjunto
de superficialidades e conflitos de interesses, ambos resultando para os
casamentos arranjados da época. A autora possuía uma postura bastante
conservadora, mas em suas histórias já trazia a busca da mulher pelo seu lugar
na sociedade. O livro veio na esteira de um período em que a figura pública da
família era o homem, a afetividade das relações estava ligada às alianças e
acordos familiares, sendo o homem o chefe de família. A obra Orgulho e
Preconceito vêm para criticar esse tipo de comportamento da Inglaterra do século XIV, colocando assim a importância e a força da
mulher em uma sociedade patriarcal.
1.
PLANO
DE AULA: A INTERTEXTUALIDADE ENTRE CINEMA E LITERATURA
Alunos responsáveis
pela aplicação da aula:
Débora, Juliana, Jorge e Pamela
Publico alvo:
Ensino o médio
Disciplina:
Literatura Brasileira- Prosa
Duração da aula: 50
min.
Assunto/Tema:
A
intertextualidade presente entre a obra literária “Orgulho e Preconceito” e o
filme “Orgulho, Preconceito e Zumbis”.
Objetivo
Geral:
Analisar
de forma crítica a obra “Orgulho e Preconceito” e introduzi-la ao contexto atual.
Intertextualizar o livro do século XIX com uma releitura atual exibida nos
cinemas.
Objetivo Específico:
·
Identificar as principais
características do cenário que envolve o romance
·
Analisar o perfil de cada personagem de
forma física e psicológica.
·
Contextualizar as questões sociais que
aconteciam na época e apresentar as intertextualidades encontradas.
O que o aluno poderá aprender com
esta aula:
O
aluno terá a oportunidade de enriquecer a sua bagagem cultural por meio de um
clássico da literatura inglesa e poderá conhecer os aspectos literários da
narrativa de Jane Austen em “Orgulho e Preconceito”. Ao analisar a
intertextualidade com o filme, o discente poderá de forma critica levantar os
aspectos que se assemelham ou são contrários á narrativa. A intertextualidade
com um filme de temática atual estimulará o interesse dos alunos.
Conhecimentos prévios trabalhados
pelo professor com o aluno:
É
preciso conhecer elementos comuns aos textos narrativos como: cenário, tempo,
personagens, espaço, etc. É importante entender o que é intertextualidade e os
elementos contundentes no texto.
Conteúdo
para trabalhar em sala:
·
Livro “Orgulho e Preconceito” de Jane
Austen
·
Principais características da escola
literária
·
Tipos de personagens: planos e redondos
·
Características semióticas da obra: O
cenário do romance
·
Filme: Orgulho e Preconceito e Zumbis
·
Atividade Prática sobre
intertextualidade: fantasias, caixa de papelão e livros conhecidos ou já
trabalhados em sala de aula.
Procedimentos
metodológicos
Desenvolvimento
da aula:
Apresentação
em Power point, leitura compartilhada da obra, análise textual através de
estudos dirigidos, mostra de imagens e relatos em vídeo sobre a literatura
romântica da época e os moldes da sociedade. Ao final da análise literária
Atividades
que serão realizadas:
Os
alunos serão conduzidos até a sala de informática para responder as seguintes
perguntas: conhecem Jane Austen? Sabem em que época ela viveu? Já ouviram falar
de alguma obra escrita por ela?
Após
responderem as perguntas, será explicado em Power point sobre o romantismo,
Jane Austen e a proposta de intertextualidade.
Figura
1:
Capa do Livro de Jane Austen
Fonte:http://seismilenios.blogspot.com.br/
Figura 2: Capa do filme “Orgulho e Preconceito e
Zumbis
Fonte: http://www.gigantedascapas.net
Atividade 1:
Solicite que os alunos, em duplas ou trios, façam
leitura compartilhada e levantem as principais características:
a) Dados biográficos: nascimento relações familiares,
formação (estudos e interesses por literaturas).
b) Período histórico e escola literária
c) Suas principais obras
Material Didático
·
Livro didático sobre literatura Inglesa
·
Livro “Orgulho e Preconceito” de Jane
Austen.
·
Artigos e criticas literárias
·
Power point para apresentação da matéria
e para que os alunos possam assistir ao filme.
·
Fantasias criadas pelos próprios alunos
ou fornecidas pela unidade escolar.
Atividade
2:
a)
Com os grupos formados e a leitura do
livro em andamento, solicite sugestões sobre outras literaturas inglesas já
trabalhadas em sala de aula, e coloque em uma caixa de papelão.
b)
Os alunos deverão adaptar as obras com
temas atuais para serem apresentados em sala de aula, criando intertextualidade
e aprofundando seus conhecimentos na literatura inglesa.
Material
Didático
·
Caixa de papelão com os títulos
sugeridos para sorteio entre os grupos
·
Fantasias e utensílios teatrais para
criar o cenário pretendido
Avaliação
·
Participação na aula
·
Desenvolvimento das atividades escritas
em sala de aula
·
Apresentação teatral sobre as
intertextualidades
Ao
final da aula espera-se do aluno a intertextualidade entre o estudo da obra e
as outras matérias presentes no Ensino Médio, acarretando o aprofundamento dos
conteúdos, possibilitando aos discentes o maior conhecimento de mundo e
bibliográfico por meio da discussão em grupo. Como a ultima fase sendo a
elaboração de um teatro, permitirá a globalização textual e ideológica entre
aluno e sociedade escolar onde iniciam as considerações críticas.
CONCLUSÃO
Trabalhando
esta obra com os discentes podemos levantar questões e fazê-los pensar sobre um
tema que está em discussão na atualidade: O Feminismo e o poder da mulher na
sociedade do século XXI. Como foi a evolução através dos tempos, fazendo-os
viajarem até o século XIV e estudarem como a mulher era retratada naquela época
e verem como Jane Austen, ciente do sufocamento proposto pelo pensamento
machista, já traçava algumas linhas para fazer a sociedade pensar quão
claustrofóbica era a vida da mulher naquele modelo de sociedade. Todavia, foi
preciso quase dois séculos para essa ideia modificar-se na teoria, pois na prática
a situação da mulher ainda é a pauta do dia em congressos, palestras de ONGS,
temas de redação de vestibulares, filmes, letras de músicas, espetáculos POP e
outras manifestações narrativas da humanidade.
REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS
____BANDEIRA,
Manuel. Noções de história das literaturas. Editora Fundo Cultural S.A. Rio de
Janeiro, 1960.
_____LBD
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Fonte: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf
. Acesso em: 02 de novembro de 2016.
_____
GRANJA, Fernanda. Apostila de Literatura. Fonte: Unip- Universidade Paulista.
Acesso em: 02 de novembro de 2016.
______
AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. Editora Moderna. São Paulo,2010.
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