terça-feira, 22 de novembro de 2016

A INTERTEXTUALIDADE NO ENSINO DA LITERATURA INGLESA


DÉBORA RIBEIRO - B70312-1, JORGE ROSA - B63GFH-0, JULIANA CAETANO - B61089-1, PAMELA SOUSA - B70AJI-8


A INTERTEXTUALIDADE NO ENSINO DA LITERATURA INGLESA

Resumo

Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar deforma concisa a obra de Jane Austen “Orgulho e Preconceito” e através de suas características romancistas da poderemos analisar através do texto a desigualdade social e o casamento como instituição religiosa e financeira. Utiliza-se como vinculo comunicativo, a intertextualidade com o cinema através do filme “Orgulho e Preconceito e Zumbis”, possibilitando a ponte textual entre o século XIX e a moda atual dos mortos vivos presente na vida dos jovens. Toda a abordagem terá como base a discussão em sala de aula do ensino médio.
Palavras-chave: Literatura Inglesa; Intertextualidade; Interpretação Critica.

Summary

This research aims to analyze deforms concisely the work of Jane Austen "Pride and Prejudice" and through its features novelists can parse through the text social inequality and marriage as a religious and financial institution. It is used as a communicative bond, intertextuality with cinema through the film "Pride and Prejudice and Zombies", allowing textual bridge between the nineteenth century and the current fashion of the living dead present in the lives of young people. The whole approach will be based on the discussion in the high school classroom.

Keywords: English Literature; Intertextuality; Critical interpretation.

INTRODUÇÃO

No Art.35, Inciso III da LDB citado nas Orientações Curriculares do Ensino Médio, pode-se entender que o ensino de literatura está para o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Desta forma o estudo do livro “orgulho e Preconceito” de Jane Austen possibilita ao aluno a abordagem sobre as principais instituições da sociedade como a família, religião e o casamento, levantando questões sobre as realidades do século XIX e a atualidade e debater o orgulho e os preconceitos presentes em ambas às épocas.
Segundo Jauss (1979), a mundivivência é o método recepcional como forma de ferramenta pedagógica para o contato com o texto literário e sua compreensão, tendo como base a crítica literária. E com base nesta teoria devemos refletir em sala de aula o amadurecimento ideológico e literário através do aprofundamento de conhecimento de mundo e bibliográfico.
Neste relatório será possível demonstrar como ocorreria uma possível aula de literatura com base na obra de Jane Austen, onde o grupo reuniu-se para definição da obra e discussão sobre suas características e iniciar a elaboração do plano de aula. O objetivo geral foi analisar de forma crítica a obra e introduzi-la ao contexto literário, usando a intertextualidade com as questões sociais atuais.
Como texto de apoio temos o artigo “A Estética da Diferença e o Ensino das Literaturas de Língua Inglesa” da autora Griselda Cielo Festino que destaca o conceito de estética e a sua relevância para o ensino das literaturas de língua inglesa, trazendo aos professores de tratar as narrativas literárias como instrumentos culturais e funcionais e não apenas como língua gramatical. 

TEXTO DE APOIO: A ESTÉTICA DA DIFERENÇA E O ENSINO DAS LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA

Fichamento de Leitura

Tipo: Artigo

Assunto/tema: Ensino da Literatura Inglesa

Referência bibliográfica: FESTINO, Cielo Griselda. A Estética da Diferença e o Ensino das Literaturas de Língua Inglesa. Gragoatá, Niterói, n.37, p. 312 -330 2 sem. 2014.

Resumo/ Conteúdo de interesse:
É preciso discutir o conceito de estética e a sua relevância para o ensino das literaturas de língua inglesa para incluir as narrativas literárias não somente de tradições literárias canônicas como a inglesa e a norte-americana, mas também das culturas que foram colônias inglesas e hoje tem suas próprias tradições literárias.

Citações:       
1. David Damrosch (2009, p. 13) assinala que sempre se deve considerar o contexto de produção de uma narrativa literária, especialmente daquelas de culturas distantes de nós em tempo e espaço, porque nos ajuda a reconhecer a pluralidade da estética e suas diferentes manifestações. Essa perspectiva, diz o autor, faz “nos deter em momentos da narrativa que parecem ilógicos ou exagerados, ou monótonos”.      
2. O primeiro evoca o que é universal, único, comum, homogêneo, natural, desinteressado, idealista, metafísico (FREITAS CATON, 2002, p. 279), enquanto o segundo aponta para o que é local, situado, contingente, múltiplo, heterogêneo, considerado de uma determinada perspectiva comunitária.
3. A estética, entendida como universal, torna-se suspeita de colaborar para uma ideologia hegemônica e precisa ser reconsiderada e qualificada em termos da nova relação entre culturas que têm se afirmado nas últimas décadas com o fluxo constante das margens para o centro, ou seja, das ex-colônias para as grandes metrópoles europeias e norte-americanas.
4. A ideia da estética como uma concepção única está associada com os valores ocidentais, como sendo uma perspectiva verdadeira e genuína.
5. Ickstadt (2002, p. 269) aponta que uma vez que um texto é marcado como estético, ele pode ser lido pelo seu conteúdo político. Contudo, o dominante principal seguirá sendo estético.
6. É isso o que a estética da diferença tem como objetivo: o amor do Outro por meio da apreciação de formas diferentes. Assim considerado, o Outro não é um inimigo, mas aquele cuja cultura marca os limites da nossa e ajuda-nos a refletir sobre a própria cultura ao mesmo tempo que contribui para nos liberar dos tabus da nossa sociedade.      
7. Essas diferentes epistemologias estéticas estão em uma relação hierárquica de poder fora e dentro dos limites da nação. Dentro, na relação que se estabelece com o que se considera como literatura canônica ou literatura regional. Fora, entre as diferentes tradições nacionais em línguas diferentes, ou na mesma língua, como no caso das línguas multiculturais como o inglês, por exemplo.  
8. Quem faz esse tipo de asseveração considera a sua estética como universal, fora de qualquer questão de lugar e tempo e ignora diferenças culturais e históricas. Por sua vez, tenta impor os valores de seu grupo de elite como universais e estáveis e julga qualquer tipo de expressão cultural e artística a partir desse paradigma.
9. No caso das línguas multiculturais, como a inglesa, muitas vezes acontece que epistemologias estéticas, de grupos considerados como mainstream ou como minorias, hegemônicos ou periféricos, distantes umas das outras, (no sentido de representar o que é conhecido como o Oriente e Ocidente), são articuladas em uma língua comum, neste caso a inglesa, o que leva a agrupá-las dentro da mesma tradição e epistemologia estética. Porém, todas essas epistemologias e culturas que as articulam estão marcadas pela diferença e estão em contraponto umas com as outras, por uma relação hierárquica de poder.
10. Ao mesmo tempo, as epistemologias estéticas nem sempre são assim transparentes. Ainda na própria cultura e língua, pode acontecer que textos escritos em outros períodos literários, em outros grupos sociais e em outros estilos literários resultam de difícil leitura para um leitor contemporâneo. Tudo isso mostra que as epistemologias estéticas, como qualquer outro sistema cognitivo, estão em um constante processo de tensão e transformação.       
11. Quando o texto literário é considerado como autossuficiente e a estética como universal, os muitos significados do texto, como aponta Freitas Caton (2002, p. 283), sempre são controlados pelo conceito de unidade e organicidade do texto (inerente a ele) e um sentido único da estética. Por outro lado, o caso de uma literatura multicultural, como a inglesa, no momento da presente globalização, revela que nenhuma epistemologia estética é pura, já que há influência mútua mostrando, em outro nível, que toda cultura é profundamente híbrida.
12. A estética entendida como uma visão universalizante pode se tornar uma prática de exclusão e dominação. Como é sabido, as narrativas literárias são uma das formas mais efetivas de persuasão cultural, como a sua contribuição para a formação de uma identidade nacional e seu uso como ferramenta de dominação colonial revelam.         
13. Essa visão social da estética leva a uma leitura que considera a maneira como a metáfora literária articula as experiências do dia a dia dos leitores mediadas por questões de classe, raça, gênero, etnia, etc., em vez de tentar escapar dos conflitos sociais pela imposição de valores morais e éticos e a transcendência a algum plano superior, abstrato e universal, possibilitado pelo caráter sublime da metáfora literária.        
14. Em outro nível, essa leitura social da arte contribui para uma sensibilização com a cultura do Outro, tanto dentro como fora das fronteiras nacionais, pela desconstrução de estereótipos culturais. Essa função da estética tem a ver com seu aspecto ético.      
15. Se, por um lado, as narrativas são singulares e são reconhecidas pelo seu autor, pelo seu título, pela estória que narram, elas pertencem a uma complexa rede de significações que mudam e se renovam com cada leitura, dentro e fora da comunidade onde foi escrita, o que revela a interpenetração entre as diferentes comunidades discursivas.
16. Assim, aspectos sociais e estéticos se complementam: a leitura dos textos literários não se reduz a aspectos culturais, nem a uma leitura puramente estética, mas são leituras em que o contexto cultural define a estética e, por sua vez, a estética ajuda a melhor formular temas culturais.

Considerações do grupo: É importante tornar o sujeito parte integral do contexto textual podendo o aluno aprimorar a língua estrangeira para que possa expor sua opinião de forma critica em diferentes temas da sociedade e ambientar-se das realidades social e regional do país que está estudando. 
    
Indicação do artigo: professores de língua inglesa, estudantes de licenciatura e acadêmicos ligados à educação.


1.      JANE AUSTEN: VIDA E OBRA

Os escritos de Jane Austen pertencem ao movimento romântico que se iniciou em 1798 na Inglaterra, que tinha como principal característica tornar como fundo as situações da vida cotidiana, da vida humilde e rústica, onde as paixões essenciais, os sentimentos elementares se mostram em estado de maior simplicidade e, por conseguinte podem ser exatamente observados e depois fielmente expressos; no que concerne ao estilo, tanto adotar a possível linguagem comum, evitando a personificação de ideias abstratas e o que se chama de linguagem poética.
Segundo os estudos de Bandeira(1960),

Os costumes da atualidade no fim do século XVIII e princípios do século XIX sobretudo da vida de família, foram retratados com grande senso de realidade e simplicidade de expressão em meia dúzia de romance de Jane Austen, os mais famosos dos quais são Sense and Sensibility, Prideand Prejudice e Emma.

A autora trouxe inúmeras influencias aos romancistas que vieram depois que apresentam formas criticas em relação à sociedade e seus dons de analise psicológicas que podem ser encontrados nas características de suas personagens.
Assim como seus personagens, Jane Austen cresceu em uma zona rural na Inglaterra entre a classe abastada e religiosa. Nasceu na casa da paróquia se Severton, Hampshire, Inglaterra tendo o pai sido sacerdote e vivido maior parte de sua vida nesta área. Ela teve seis irmãos e uma irmã mais velha, Cassandra, com a qual era muito íntima.
Com a morte do pai em 1805, Jane, sua irmã e a mãe mudaram-se para Chawton, onde seu irmão lhes tinha cedido uma propriedade (uma cottage). Aos 17 anos, escreveu seu primeiro romance, Lady Susan, uma paródia do estilo sentimental de Samuel Richardson.
Seu segundo livro, Pride and Prejudice (1797), em português Orgulho e Preconceito, mas de acordo com Bandeira (1960),

Tornou-se sua obra mais conhecida, embora, inicialmente, tenha sido malvisto pelos editores, o que levou por algum tempo ser descriminada no meio editorial. Depois conseguiu publicar o romance Sense and Sensibility (1811), em Português Razão e Sensibilidade, cujo sucesso levou à publicação, ainda que sob pseudônimo, de obras anteriormente recusadas.

Vieram ainda outros grandes sucessos como Mansfield Park (1814) e Emma (1816) em um estilo menos ágil e humorístico, porém ganhando em serenidade e sabedoria, sem perda de sua típica ironia.
Morreu em Winchester, um ano antes de serem publicadas as obras Persuasão e Abadia de Northanger, uma deliciosa sátira, escrita na juventude, ao gênero truculento da novela gótica. Seu poder de observação do cotidiano forneceu-lhe material suficiente para dar vida aos personagens de suas obras, e a crítica considerou-a a primeira romancista moderna da literatura inglesa.

Romances publicados
·         Pride and Prejudice- (1813)
·         Mansfield Park (1814)
·         Emma (1815)
·         Northanger Abbey (1818) – póstuma
·         Persuasion (1818) – póstuma

Obras curtas
·         Lady Susan (1794 1805)
·         The Watson (1804) (incompleta, sua sobrinha Catherine Hubback a finalizou, publicando-a como The Younger Sister, na metade do século XIX.)
·         Sanditon (1817) (incompleta)

A apresentação da vida do autor e suas obras aos alunos do ensino médio são necessárias para que possam entender as questões históricas e sociais que envolvem a trajetória literária do escritor para então compreender sua escola literária e o objetivo da obra na sociedade, pois criar relações entre autor, livro e os leitores, é o primeiro passo para criar uma analise critica aos discentes presentes nas aulas de literatura.

ORGULHO E PRECONCEITO: RESUMO E ANÁLISE DA OBRA

O livro começa em casa das irmãs Bennet, onde vive a Sra. Bennet, uma mulher que parece ter como único objetivo casar as filhas com alguém de estatuto, o Sr. Bennet, um homem calmo e culto que parece preferir ficar de lado quanto à obsessão da mulher em casar às filhas, Jane, a irmã mais velha e de coração mais doce, Elizabeth, uma mulher forte e culta com os pés bem firmes na terra, Mary, que de todas as irmãs é a mais diferente, ao ponto de ter uma obsessão por livros, Kitty e Lydia, as irmãs mais novas e que estão sempre a arranjar problemas, Kitty é colocada sempre na sombra de Lydia. 
No início do livro a família Bennet descobre que Netherfield Park foi alugada, uma grande propriedade que só pessoas ricas poderiam alugar. Logo descobrem que foi alugado por um homem chamado Bingley. 
Quando todos se conhecem, Bingley aparenta ser uma pessoa muito simpática e é facilmente aceita pelas pessoas. Enquanto que Darcy apresenta ser uma pessoa mais fechada e distante. 
Bingley e Jane rapidamente se dão bem e descobrem ter muito em comum, sendo que começam a desenvolver uma relação, sendo que Caroline, a irmã de Bingley, se mostra desde logo contra a relação dos dois pelo fato de que Jane é de um estatuto social inferior. 
Num baile Elizabeth conhece Darcy e houve este dizer que ela é bonita, mas não o suficiente para ele, depois de este recusar dançar com ela, Elizabeth cria uma ideia negativa sobre Darcy, sendo que considera que ele se acha superior a todos,
Entretanto militares chegam à zona onde eles vivem, e entre eles surge Wickham, um oficial que desde cedo se começa a dar com Elizabeth e que, mais tarde ela descobre, ele tem problemas com Darcy.
Quando lhe pergunta o porquê da reação de Darcy ao vê-lo, Wickham diz que o pai de Darcy o tratava como um filho e que chegou a preferi-lo a ele e que com a sua morte Darcy lhe tinha negado o que o seu pai tinha deixado em vida. Elizabeth desenvolve um ódio por Darcy ainda maior. 
Quando a relação de Bingley e Jane já se encontra grande e Bingley parece que vai propor Jane em casamento a qualquer momento, ele, Caroline e Darcy deixam Netherfield sem qualquer aviso. 
Entretanto o Sr. Bennet avisa que Sr. Collins, o primo das irmãs e herdeiro da casa delas, vai visitá-los. Sr. Collins mal chega manifesta a sua vontade de propor em casamento uma das irmãs Bennet, sendo que pensa em propor Jane, mas a Sra. Bennet diz que Jane está comprometida e que ele devia pedir Elizabeth em casamento. Collins pede Elizabeth em casamento, mas esta recusa uma vez que o considera um homem egoísta e com demasiada confiança em si próprio. Mais tarde Elizabeth descobre que ele pediu a sua melhor amiga em casamento, Charlotte Lucas, e que esta aceitou.
Mais tarde quando vai visitar Charlotte e Lucas, Elizabeth vai comer na casa de Lady Catherine, uma aristocrata, e uma vez lá ela descobre que Darcy é o seu sobrinho e que a foi visitar nesse mesmo dia. Mais tarde durante uma conversa com um homem, Elizabeth descobre que a ideia de trazer Bingley de volta para Londres foi de Darcy porque o queria afastar de Jane devido à diferença de estatuto social. 
Então quando Darcy pede Elizabeth em casamento, esta recusa porque diz que era incapaz de casar com um homem que achava tais coisas. Durante a discussão ela fala do que Darcy fez a Wickham. 
Perante tais acusações referentes à Wickham, Darcy escreve uma carta a Elizabeth no qual lhe diz que nunca recusou a Wickham o que o pai achava que ele tinha merecido, e que inclusive lhe tinha dado essa parte, mas que Wickham gastara todos os bens que lhe tinham sido concedidos e que o acusara quando Darcy se recusou a dar-lhe mais. Para se vingar Wickham seduziu Georgiana, a irmã de Darcy, para ganhar a fortuna que lhe tinha sido deixada, e a levou a fugir com ele e depois a abandonara. Darcy disse ainda que tinha separado Jane e Bingley, pois lhe pareceu que Jane não mostrava por ele o afeto que Bingley demonstrava. 
Alguns meses depois Elizabeth vai passar uns tempos na casa dos tios a Derbyshire. Num desses passeios os seus tios manifestam a ideia de visitar Pemberley, a mansão de Darcy. Uma vez lá eles descobrem que Darcy não se encontra em casa, mas a sua caseira faz-lhes uma visita. Essa senhora diz ter criado Darcy desde a infância e manifesta um grande orgulho na pessoa que Darcy se tornou e uma grande honra em servi-lo. Isto faz a ideia de Darcy na cabeça de Elizabeth mudar drasticamente.
Inesperadamente Darcy aparece e trata os parentes de Elizabeth muito bem. Durante esses tempos Elizabeth e Darcy aproximam-se e Elizabeth começa a manifestar sentimentos por ele. Mas esta relação é interrompida quando Elizabeth recebe uma carta a dizer que Lydia, a sua irmã mais nova, e Wickham haviam fugido e planejavam casar-se. O que na época significava vergonha para a família. Darcy visita Elizabeth pouco depois de ela ter recebido a carta e quando a vê a chorar e descobre o motivo diz ter de partir imediatamente. Elizabeth pensa que devido à vergonha da sua família as suas hipóteses com Darcy passavam a ser nenhumas. 
Entretanto devido à intervenção do seu tio, Lydia e Wickham casam-se e visitam Longbourn, onde o pai de Elizabeth se demonstra constantemente desapontado e contra aquilo. Lydia comenta por acidente com Elizabeth a presença de Darcy no seu casamento e assim, depois de várias perguntas de Elizabeth, Lydia admite que o verdadeiro responsável pelo seu casamento fora Darcy e que ele tinha pago tudo, salvando assim a honra da família Bennet. Assim Elizabeth volta a ter algumas esperanças. 
Inesperadamente Bingley e Darcy voltam para Netherfield e visitam a família Bennet, sendo que quando Jane e Bingley voltam este a pede em casamento. Entretanto vão surgindo rumores de que Darcy pediu Elizabeth em casamento e Collins manda uma carta ao pai dela a dar-lhe os parabéns, o pai dela acha que é brincadeira e ri da situação.
Mais tarde Lady Catherine vai até Longbourn e confronta Elizabeth, chegando até ameaçá-la para não aceitar. Elizabeth diz que ela não manda nela e que se ela não acreditasse naquilo como dizia não se daria ao trabalho de uma viagem tão longa só para lhe dizer aquilo. 
Quando Darcy descobre a conversa entre Elizabeth e Lady Catherine fica com esperanças de que os sentimentos de Elizabeth tenham mudado e pede-a de novo em casamento, sendo que desta vez ela aceita.
Eles decidem deixar o noivado em segredo por uns tempos, mas Elizabeth percebe que Bingley já sabe. Darcy vai então falar com o pai dela e este se mostra surpreso por Elizabeth gostar de Darcy, mas diz que se acha que ela vai ser feliz, aceita. A mãe de Elizabeth mostra-se feliz porque Elizabeth vai ter um marido ainda mais rico do que Jane. 
No final Elizabeth e Darcy casam-se e ficam a viver em Pemberley, Jane e Bingley casam-se e ficam a viver em Netherfield, sendo que continuam muito unidas.  
Elizabeth e Georgiana tornam-se grandes amigas e Darcy e Lady Catherine cortam relações por uns tempos, mas reatam-nas devido à insistência de Elizabeth.

Jane Austen serviu como um meio para a compreensão da sociedade inglesa do século XIV. A Inglaterra vivia um conjunto de superficialidades e conflitos de interesses, ambos resultando para os casamentos arranjados da época. A autora possuía uma postura bastante conservadora, mas em suas histórias já trazia a busca da mulher pelo seu lugar na sociedade. O livro veio na esteira de um período em que a figura pública da família era o homem, a afetividade das relações estava ligada às alianças e acordos familiares, sendo o homem o chefe de família. A obra Orgulho e Preconceito vêm para criticar esse tipo de comportamento da Inglaterra do século XIV, colocando assim a importância e a força da mulher em uma sociedade patriarcal.

1.      PLANO DE AULA: A INTERTEXTUALIDADE ENTRE CINEMA E LITERATURA

Alunos responsáveis pela aplicação da aula:
Débora, Juliana, Jorge e Pamela

Publico alvo:
Ensino o médio

Disciplina:
Literatura Brasileira- Prosa

Duração da aula: 50 min.

Assunto/Tema:
A intertextualidade presente entre a obra literária “Orgulho e Preconceito” e o filme “Orgulho, Preconceito e Zumbis”.

Objetivo Geral:
Analisar de forma crítica a obra “Orgulho e Preconceito” e introduzi-la ao contexto atual. Intertextualizar o livro do século XIX com uma releitura atual exibida nos cinemas.

Objetivo Específico:
·         Identificar as principais características do cenário que envolve o romance
·         Analisar o perfil de cada personagem de forma física e psicológica.
·         Contextualizar as questões sociais que aconteciam na época e apresentar as intertextualidades encontradas.

O que o aluno poderá aprender com esta aula:

O aluno terá a oportunidade de enriquecer a sua bagagem cultural por meio de um clássico da literatura inglesa e poderá conhecer os aspectos literários da narrativa de Jane Austen em “Orgulho e Preconceito”. Ao analisar a intertextualidade com o filme, o discente poderá de forma critica levantar os aspectos que se assemelham ou são contrários á narrativa. A intertextualidade com um filme de temática atual estimulará o interesse dos alunos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
É preciso conhecer elementos comuns aos textos narrativos como: cenário, tempo, personagens, espaço, etc. É importante entender o que é intertextualidade e os elementos contundentes no texto.

Conteúdo para trabalhar em sala:
·                    Livro “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen
·                    Principais características da escola literária
·                    Tipos de personagens: planos e redondos
·                    Características semióticas da obra: O cenário do romance
·                    Filme: Orgulho e Preconceito e Zumbis
·                    Atividade Prática sobre intertextualidade: fantasias, caixa de papelão e livros conhecidos ou já trabalhados em sala de aula.

Procedimentos metodológicos

Desenvolvimento da aula:
Apresentação em Power point, leitura compartilhada da obra, análise textual através de estudos dirigidos, mostra de imagens e relatos em vídeo sobre a literatura romântica da época e os moldes da sociedade. Ao final da análise literária

Atividades que serão realizadas:
Os alunos serão conduzidos até a sala de informática para responder as seguintes perguntas: conhecem Jane Austen? Sabem em que época ela viveu? Já ouviram falar de alguma obra escrita por ela?
Após responderem as perguntas, será explicado em Power point sobre o romantismo, Jane Austen e a proposta de intertextualidade.


Figura 1: Capa do Livro de Jane Austen
Fonte:http://seismilenios.blogspot.com.br/


Figura 2: Capa do filme “Orgulho e Preconceito e Zumbis
Fonte: http://www.gigantedascapas.net

Atividade 1:
Solicite que os alunos, em duplas ou trios, façam leitura compartilhada e levantem as principais características:
a)    Dados biográficos: nascimento relações familiares, formação (estudos e interesses por literaturas).
b)   Período histórico e escola literária
c)    Suas principais obras

Material Didático

·                    Livro didático sobre literatura Inglesa
·                    Livro “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen.
·                    Artigos e criticas literárias
·                    Power point para apresentação da matéria e para que os alunos possam assistir ao filme.
·                    Fantasias criadas pelos próprios alunos ou fornecidas pela unidade escolar.

Atividade 2:

a)                  Com os grupos formados e a leitura do livro em andamento, solicite sugestões sobre outras literaturas inglesas já trabalhadas em sala de aula, e coloque em uma caixa de papelão.
b)                 Os alunos deverão adaptar as obras com temas atuais para serem apresentados em sala de aula, criando intertextualidade e aprofundando seus conhecimentos na literatura inglesa.

Material Didático

·                    Caixa de papelão com os títulos sugeridos para sorteio entre os grupos
·                    Fantasias e utensílios teatrais para criar o cenário pretendido


Avaliação

·                    Participação na aula
·                    Desenvolvimento das atividades escritas em sala de aula
·                    Apresentação teatral sobre as intertextualidades

Ao final da aula espera-se do aluno a intertextualidade entre o estudo da obra e as outras matérias presentes no Ensino Médio, acarretando o aprofundamento dos conteúdos, possibilitando aos discentes o maior conhecimento de mundo e bibliográfico por meio da discussão em grupo. Como a ultima fase sendo a elaboração de um teatro, permitirá a globalização textual e ideológica entre aluno e sociedade escolar onde iniciam as considerações críticas.

CONCLUSÃO

Trabalhando esta obra com os discentes podemos levantar questões e fazê-los pensar sobre um tema que está em discussão na atualidade: O Feminismo e o poder da mulher na sociedade do século XXI. Como foi a evolução através dos tempos, fazendo-os viajarem até o século XIV e estudarem como a mulher era retratada naquela época e verem como Jane Austen, ciente do sufocamento proposto pelo pensamento machista, já traçava algumas linhas para fazer a sociedade pensar quão claustrofóbica era a vida da mulher naquele modelo de sociedade. Todavia, foi preciso quase dois séculos para essa ideia modificar-se na teoria, pois na prática a situação da mulher ainda é a pauta do dia em congressos, palestras de ONGS, temas de redação de vestibulares, filmes, letras de músicas, espetáculos POP e outras manifestações narrativas da humanidade.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

____BANDEIRA, Manuel. Noções de história das literaturas. Editora Fundo Cultural S.A. Rio de Janeiro, 1960.

_____LBD (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Fonte: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf . Acesso em: 02 de novembro de 2016.
_____ GRANJA, Fernanda. Apostila de Literatura. Fonte: Unip- Universidade Paulista. Acesso em: 02 de novembro de 2016.
______ AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. Editora Moderna. São Paulo,2010.
  

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